Fanfics Brasil - 4 - Complicações Voltar a Viver

Fanfic: Voltar a Viver


Capítulo: 4 - Complicações

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Capítulo IV – Complicações


 


Emmett correu para a
porta da sala bloqueando a visão de Edward enquanto Alice empurrava Bella de
volta para o banheiro. Na ânsia de escondê-la do irmão, Alice bateu a porta com
força demais chamando a atenção de Edward para o barulho.


_ O que foi isso, Emmett?
– perguntou curioso.


_ Não é nada, Edward.
Você queria falar comigo? Eu estava de saída para fazer uma inspeção pelo
hospital. Pode me acompanhar? Conversaremos no caminho.


Edward deu um sorriso
matreiro para o irmão. Pensou que, na certa, Emmett estaria escondendo algum
rabo de saia em seu banheiro.  Somente
por isso não insistiu em entrar. Não queria se intrometer em sua vida e achou
melhor acompanhá-lo para fora da sala embora tivesse ficado curioso.


Ao ouvir a porta da sala
de Emmett sendo fechada e as vozes dos irmãos se tornando cada vez mais
distantes no corredor, Alice respirou aliviada. Abriu vagarosamente a porta do
banheiro esgueirando-se até a ante-sala onde Jéssica trabalhava e certificou-se
de que o perigo não mais existia. Bella, assustada e confusa, aguardava de
dentro da sala do diretor que Alice a liberasse para sair. As duas aguardaram
alguns minutos até que Emmett enviasse uma mensagem para o celular de Alice
informando que Edward já havia partido.


Por volta do meio dia,
Esme e Carlisle chegaram ao hospital a pedido de Emmett que, junto com Alice,
lhes contou sobre o enorme problema que tinham nas mãos. Ainda que tivessem
sido avisados a respeito da espantosa semelhança entre Bella e a falecida nora,
os dois não puderam evitar que seus rostos transparecessem o choque diante da
visão da moça adentrando a sala. Ela não poderia almoçar com os Cullens porque
um paciente em estado grave exigia sua atenção constante. Após uma longa
conversa na sala da diretoria, Bella retornou à pediatria enquanto os Cullens
saíam para almoçar no Arnies. Durante o almoço, tentariam pensar em uma forma
de preparar o espírito de Edward para conhecer Bella. Isso deveria ser feito o
mais rápido possível, pois a data do almoço de confraternização se aproximava e
eles fatalmente se conheceriam.


Todos já comiam a
sobremesa quando ouviram uma voz que os deixou sobressaltados.


_ Que bonito, não? Quer
dizer que agora eu e Brian estamos excluídos da família? Perdemos o direito de
almoçar fora com vocês? – brincou Edward fingindo-se magoado.


Os quatro se entreolharam
assustados com a figura de Edward com o filho no colo. Sabiam perfeitamente o
que se passava nas cabeças uns dos outros. Tinham tido muita sorte por Bella
não ter ido com eles, senão a confusão estaria armada. Haviam escapado por
pouco daquela vez, mas eles não poderiam contar sempre com a sorte. Edward
ainda esperava uma resposta quando Alice perguntou visivelmente perturbada:


_ Edward? Como soube que
estávamos aqui?


_ Eu precisava falar com
Emmett. Quando liguei para o hospital, Jéssica me disse que vocês tinham saído
para almoçar. Não precisava ser um gênio pra descobrir que estariam aqui. Nossa
mãe simplesmente adorou este lugar! Mas me digam, por que não nos convidaram
também?


_ Foi uma decisão de
última hora, filho. Perdoe-nos, não pensamos que você quisesse sair de casa.
Você passou a noite toda no hospital e achamos que gostaria de ficar em casa
curtindo o Brian. – Esme explicou enquanto se levantava da mesa abraçando
Edward e beijando a testa do neto. – Você já almoçou? Podemos lhe fazer
companhia!


_ Não precisa, mãe! Na
verdade nós já almoçamos. Eu só estava passeando com Brian na praia quando vi
os carros de vocês estacionados aqui em frente e resolvi dar um “olá”. – disse
Edward retribuindo ao abraço da mãe.


Após saírem do
restaurante, Brian voltou com Esme e Carlisle para casa. Alice voltou para o
hospital. Edward e Emmett foram dar uma volta na praia. Edward queria falar com
o irmão sobre um projeto que tinha em mente para ampliar a ala da pediatria,
mas precisava do aval financeiro do diretor. Pediu para Emmett marcar, ainda
para aquela semana, uma reunião com todos os médicos e enfermeiros do setor
para que pudessem falar sobre a ampliação e reformular os horários dos plantões.
Emmett se viu acuado. Uma reunião com todos os médicos e enfermeiros da
pediatria significaria colocar Edward e Bella na mesma sala antes do fim de
semana. Precisava falar com Alice. Eles tinham que agir rapidamente ou seus
esforços teriam sido em vão.


Depois de se despedir de
Emmett, Edward ainda ficou um tempo sentado num banco em frente à praia olhando
para o mar. Pensava em como sua vida havia mudado depois do nascimento do
filho. O menino havia lhe devolvido as forças para continuar a viver sem Isa.
Era por ele que ainda respirava apesar da saudade sufocante que sentia da
mulher.


Naquele mesmo dia
completavam-se sete anos desde a morte dos pais de Bella. Como fazia todos os
anos naquela data, Bella saiu do hospital após o fim de seu turno dirigindo-se
para a praia. Gostava de se sentar em seu banco favorito de frente para o mar e
pensar nos pais. Estacionou seu carro em frente ao Arnies, mas percebeu que seu
lugar cativo já estava ocupado. Do outro lado da rua, de costas para ela, um
homem aparentemente alto, de ombros largos e cabelos cor de cobre
estrategicamente bagunçados fitava o mar. Bella cogitou a possibilidade de
sentar-se na outra extremidade do banco, mas ele poderia tentar puxar uma
conversa e ela queria ficar sozinha. Sem outra opção, decidiu tomar um sorvete,
acionando o alarme de seu
Aston Martin V12
Vanquish
e entrando no
restaurante de seu amigo.  Distraiu-se
conversando com Arnie enquanto tomava seu sorvete de flocos com calda de
caramelo. Haviam se conhecido e se tornado amigos depois que Bella retornou a
Edmonds e sempre que se encontravam a conversa fluía descontraidamente. Bella
despediu-se do amigo e saindo do restaurante atravessou a rua sentando-se em
seu banco favorito, então vazio. Agora sim, poderia pensar sossegada em sua
vida.


Naquela noite Bella
sonhou com a irmã, mas ao contrário dos pesadelos que costumava ter, nos quais
ela a culpava pela morte dos pais, Dorinha trazia no rosto uma expressão
preocupada. Seus olhos não mais carregavam o ódio nem o rancor de sempre. Apenas
se aproximou de Bella com uma lágrima solitária correndo pela face, tocou-lhe
os ombros e sussurrou em seu ouvido: “Cuide
deles por mim, Bella. Eles são tudo o que eu mais amo.”


Bella acordou no meio da
madrugada ofegante e confusa. Que sonho havia sido aquele? De quem ela deveria
cuidar? Levantou-se num pulo e acendeu a luz do quarto fitando a fotografia das
gêmeas felizes e sorridentes que se abraçavam no porta-retratos sobre o criado
mudo ao lado da cama. Tomou o retrato nas mãos acariciando o rosto delicado da
menina de olhos verdes. Como sentia falta da irmã e das confidências que
costumavam trocar nas madrugadas de insônia! Sentia falta da sua gargalhada
sonora e dos longos passeios que faziam pela praia logo pela manhã.  Ainda intrigada com o sonho que tivera, Bella
desceu ao andar inferior da casa, encheu uma taça com vinho tinto e sentando-se
na varanda de frente para o mar ficou observando as estrelas e ouvindo o
barulho das ondas que se quebravam suavemente na beira da praia. Não conseguiria
mais dormir naquela noite.


As primeiras luzes do dia
surgiam no horizonte quando Bella entrou em casa, subindo de volta para o
quarto. Precisava tomar um bom banho frio para espantar o sono e o cansaço que
ameaçavam tomar conta de seu corpo. Sabia que teria um dia longo de trabalho.
Seu paciente mais recente permanecia em estado grave exigindo dela concentração
e dedicação absolutas, sem falar que teria que se esconder de Edward até que
seus irmãos tivessem conseguido prepará-lo para conhecê-la. Após tomar um café
da manhã reforçado, Bella foi para o hospital. Adorava dirigir pela Admiral Way
vendo o mar a sua direita e os barcos dos pescadores saindo para mais um dia
duro de trabalho. Sentia-se viva com o cheiro da água salgada invadindo suas
narinas, despertando-lhe os sentidos. A lembrança do sonho que tivera durante a
noite lhe enchia o coração de esperança. Talvez fosse um sinal de que a irmã a
tivesse perdoado.


Bella estacionou seu
carro ao lado de um Volvo prata e foi direto para a UTI pediátrica. Constatou
satisfeita que seu pequeno paciente havia melhorado consideravelmente durante a
madrugada e, se continuasse progredindo daquela forma, em poucos dias poderia
ser transferido para o quarto. Passou boa parte da manhã visitando as outras
crianças sob sua responsabilidade e, por volta do meio dia, desceu até o
refeitório para comer alguma coisa. Seu estômago já protestava de fome.
Sentou-se com Alice em uma mesinha mais afastada e ficou sabendo que ao final
daquele mesmo dia ela e Emmett conversariam com Edward. O celular de Bella
tocou. Sorriu ao ver o nome de Ângela, sua grande amiga de infância, no visor
do aparelho.


_ Oi Angie, sua sumida!
Resolveu se lembrar dos amigos?


A voz de Ângela do outro
lado da linha estava estressada.


_ Bella, eu preciso da
sua ajuda. Um aluno meu está passando mal e já estou a caminho. Por favor, me
espere na porta do hospital. Parece ser coisa séria. A diretora da escola está
tentando falar com a família, mas ninguém atende ao telefone de casa.


Bella despediu-se de
Alice, apressando-se em direção à entrada do hospital. Ângela já descia do
carro carregando nos braços um menino de cinco anos que se contorcia de dor.
Correram com ele para a sala de emergências onde Bella poderia examiná-lo
melhor.


_ Olá, meu anjo. Eu me
chamo Bella. Eu sou médica e vou ajudar você a sarar, está bem? – Bella sorria
para o menino enquanto o examinava. – Como você se chama?


_ Brian.


_ Ok, Brian. Diga pra tia
Bella o que você está sentindo.


_ Minha barriguinha está
doendo muito e eu não consigo mexer a minha perna. Dói mais quando eu tento.


Bella examinou o menino
diagnosticando uma crise de apendicite. O menino precisava ser operado o mais
rápido possível ou o apêndice poderia estourar causando uma infecção
generalizada, e isso seria fatal.    A família
do garoto ainda não havia sido localizada e Bella não podia mais esperar.
Mandou que preparassem a sala de cirurgia e comunicou à amiga o que teria que
fazer. Ângela estava assustada, com medo de que a família do menino a
processasse por permitir que a cirurgia fosse realizada sem sua autorização,
mas Bella lhe explicou que, como se tratava de um procedimento de emergência, a
família não poderia processá-la. Era um caso que envolvia risco de morte.


 A cirurgia para a retirada do apêndice ocorreu
de forma rápida e tranquila. Ângela aguardava na sala de espera quando Bella
surgiu para tranquilizá-la. O menino passava bem e logo seria transferido para
o quarto. A professora informou que a família já havia sido avisada e que o
responsável pelo garoto já estava a caminho do hospital.


Um carro rasgava as ruas
de Edmonds em alta velocidade. Parou bruscamente fritando o asfalto no
estacionamento do hospital. O motorista saltou disparado do veículo sem nem
mesmo se preocupar em trancá-lo, largando a chave na ignição e o motor ainda
ligado. Correu pelos corredores até a ala pediátrica a procura de notícias do
menino que havia dado entrada havia poucas horas. Com o coração acelerado
entrou no quarto do garoto que dormia serenamente ainda sob o efeito da anestesia.
Com a ponta dos dedos, afastou-lhe os cabelos que caiam sobre a testa numa leve
carícia e ali permaneceu segurando-lhe a delicada mãozinha até que seu coração
se aquietasse.


Ângela entrou no quarto
minutos mais tarde para ver o menino, avistando o belo homem sentado na
poltrona ao lado da cama.  De olhos
fechados, parecia adormecido. Ela se aproximou silenciosamente do menino,
acariciou-lhe a face e já se preparava para sair quando o homem lhe falou:


_ Obrigado! Eu não tenho
palavras para lhe agradecer por tê-lo trazido rapidamente pra cá. Se você
tivesse esperado por mim, talvez eu tivesse chegado tarde demais. – ele disse
acariciando o rosto do menino.


_ Não agradeça a mim.
Agradeça à Dra. MacCalister. Foi ela quem salvou a vida dele. – respondeu a
professora novamente ao lado do garoto.


Os dois ainda conversaram
por mais alguns minutos. O homem pediu a Ângela que ficasse com o menino
enquanto ele iria procurar a médica para lhe agradecer por salvar Brian.


Alice e Emmett corriam
pelos corredores do hospital completamente desnorteados. Esme os tinha avisado
que Brian havia sido internado com crise de apendicite. Sabiam que Edward não
estava no hospital e queriam saber o estado do sobrinho antes que o pai fosse
informado e surtasse de vez. Entraram no quarto dando de cara com Ângela que
lhes tranquilizou quanto à saúde do garoto que já havia acordado. O menino
contava como a tia Bella tinha cuidado dele quando Emmett se lembrou de Edward.
Ele estava demorando muito para chegar.


_ Na verdade, ele já
esteve aqui. Pediu para que eu ficasse com Brian enquanto ia agradecer à Dra.
MacCalister por ter salvado a vida do filho. – disse Ângela despreocupadamente.


Alice e Emmett sentiram
um frio na espinha. Entreolharam-se apavorados. Tinham que correr. Os
corredores do hospital nunca pareceram tão longos e o tempo nunca pareceu tão
lento, pensavam enquanto disparavam esbarrando em todos pelo caminho até a
entrada da pediatria.


No berçário, Bella
depositava um lindo bebê recém-nascido de volta no berço. Havia examinado a
criança que já estava fora de perigo após o parto prematuro. Seu dia estava
sendo muito bom, pensava enquanto se inclinava sobre o berço. Havia tido um
sonho bom com a irmã, seu paciente mais recente tinha melhorado
consideravelmente, salvara a vida de Brian em uma cirurgia de emergência e o
bebê em seus braços estava bem.  Sorriu
com esses pensamentos. Ainda acariciava o rostinho do bebê quando se sentiu
observada. Levantou o olhar em direção à parede de vidro que separava o
berçário do corredor e seus olhos chocolates avistaram o mais lindo par de
olhos azuis cravados nela. Bella sorriu timidamente para o homem que a
encarava... sofrendo?


Alice e Emmett fizeram a
última curva dos corredores do hospital parando ofegantes em frente ao
berçário, ao lado de Edward. Do lado de dentro do vidro, o sorriso de Bella
desmoronou com o olhar angustiado dos dois. Ela havia compreendido o que estava
acontecendo. O estrago estava feito.


 



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Autor(a): bonno

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 125



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  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
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  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
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  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11

    Bonno,sua web é demais,continua plisss
    Adorei essa história de amor !
    parabéns por ela
    Abraçosss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11

    Bonno,sua web é demais,continua plisss
    Adorei essa história de amor !
    parabéns por ela
    Abraçosss

  • mallu Postado em 17/10/2010 - 18:29:10

    Bonno, eu iria amar se algum dia você resolvesse criar outra web aqui, ou até mesmo se fizesse uma temporada contando tudo mais o que aconteceu na vida do Brian.
    Sem dúvidas eu iria lê-la com orgulho!
    Beijos, admiro muito a sua capacidade imensa de saber escrever histórias com tanta perfeição assim! =D

  • mallu Postado em 17/10/2010 - 18:28:48

    OMG! Não sei se consigo conviver sem mais alguns capítulos da sua web.
    Céus, ela é sem dúvidas a melhor web que eu já li aqui neste site. Você escreve tão bem que realmente parece que estamos dentro da web, que fazemos parte dos personagens, como se estivéssemos viajando por toda a história!
    Estou tão encantada que até penso em reler a web, cada capítulo que eu via que você havia postado me fazia delirar, porque eu sabia que você melhoraria a história em cada capítulo postado! Me sinto tão orgulhosa de estar comentando e te agradeço por ter postado essa web aqui, porque web's assim como a sua, é completamente difícil de aparecer por aqui, você escreve tão bem que eu fico impressionada demais.
    Hoje posso dizer que eu fui uma leitora fiel, mas antes não comentei porque ficava cada vez vidrada com seus capítulos e iria esperar até o último capítulo para comentar e dizer o quanto eu amei sua web. Parabéns, e muito obrigado por ter usado esse dom aqui só para nos fazer enlouquecer com essa história perfeita!


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