Fanfic: Te Amar.

Amor... Qual o real significado dessa palavra?
Será apenas dizer um “eu te amo”, da boca pra fora? Para alguns, o amor é o
sentimento mais precioso que se pode existir. Ele traz alegria, felicidade...
Mas, será que não se esqueceram da outra parte desse sentimento? Ele pode
trazer alegrias, mas nos dá muitas tristezas, muitas dores. Amar é bom, é um
sentimento ótimo, mas do que adianta se ele destruir seu coração em mil
pedaçinhos? Do que adianta se ele acabar com toda a felicidade que restava em
você, levando junto toda a confiança que você tinha nas pessoas... Tirando seu
sorriso... Tirando a pessoa alegre que restava em você. Trazendo uma pessoa
fria, e sem sentimentos, uma pessoa que não acredita no amor. No amor de
irmãos, no amor de amigos, no amor de família, e no amor de homem e mulher.

Bem, foi isso o que eu me tornei. Dulce María, dezesseis
anos, sem amigos. Sem família. Sem amor. Eu poderia dizer que estou muito bem
assim para todas as outras pessoas. Mas não. A realidade é que a cada dia eu
morro mais e mais, por dentro. Vendo pessoas felizes, conversando animadamente
com seus amigos. Passando um tempo com sua família... e sendo feliz com o
verdadeiro amor.

Verdadeiro amor? Isso realmente existe? Para muitos sim. E
eu já fiz parte desses “muitos”, um dia. Mas agora... ah, agora... eu não acredito
mais. Experiências da vida me fizeram crescer, da pior maneira possível, mas
fizeram.

Me fizeram enxergar que contos de fada não existem, e que
castelos de cristais um dia de quebram. Que príncipes nunca vem nos buscar em
um cavalo branco, para um lugar mágico. Que sonhos só nos iludem, e que pessoas
algum dia se vão. Aprendi que à vida é boa pra uns, e ruim para outros. Aprendi
que chorar não resolve problemas. Que demonstrar seus sentimentos só serve para
nos dar o papel de idiota na história. Aprendi também que verdadeiras amizades
não existem, porque algum dia aquele amigo que disse que sempre ficaria
contigo, parte. Que não se pode confiar nas pessoas.

“E agora a minha companheira é a solidão, minha melhor amiga
é a amargura e minha irmã é a dor. Sempre foi assim... então, porque isso algum
dia seria diferente? Minha vida nunca irá mudar...” – Bom, pelo menos era isso
o que eu pensava. Pensei alto, olhando aquela carta em minha mão.

E como eu queria voltar a ser aquela criança feliz, pura e
inocente. Que brincava com suas bonecas, e tinha um mundo só seu. Um mundo em
que ninguém podia fazer-me sofrer, um mundo que era só e apenas meu, onde nada
e ninguém podia entrar. Eu era a criança que não sabia a verdadeira realidade
da vida. Mas a minha felicidade quando criança durou pouco. Muito pouco.