Fanfic: Te Amar.

Los Angeles, Califórnia,
Estados Unidos da América.

14/09/2007.

Mas deixa pra lá, eu quero esquecer isso. Somente tirar as
amargas lembranças de tudo o que eu já vivi. Abri a gaveta do criado-mudo, e
tirei de lá um foto. A única que eu tinha dela.

Dulce: Mamãe... Ahh mamãe, você me faz tanta falta! Tanta!
Você não sabe o quanto eu queria que estivesse aqui agora... – falei com a voz
embargada – Você me entenderia. Eu sei que sim. – fechei os olhos e beijei a
foto, tornando a abri-los logo depois.

Guardei-a novamente no mesmo lugar em que estava, e voltei a
olhar a carta, ainda fechada. Ela vinha do México... México! Ahh, México. O
país do qual eu menos queria saber. Virei a carta para ver o remetente.

Dulce: Marie Christina Alexandra von Uckerman Karlsson. – li
e respirei fundo pelo nome grande, e fiquei confusa.

Quem era aquela mulher? Suspirei e decidi abrir o envelope,
nada poderia ficar pior do que já estava, certo? Errado.

Tirei a carta de dentro do envelope branco e comecei a lê-la.

“México,
14 de setembro de 2007.

Querida Dulce,

você deve estar se perguntando quem sou eu e o porquê da carta. Pois
bem, acho que não recorda-se de mim, mas sou muito amiga de sua mãe. Éramos
praticamente irmãs. Enfim, acho que você nem ao menos sabe que sou sua
madrinha, não é? – ela é minha o quê?! Arregalei aos olhos ao ler isso – Pois
é, eu sou. Eu e minha família morávamos nos EUA, por isso eu mal visitava sua
mãe, a última vez que a visitei você era recém-nascida, por isso não deve
recordar-se de mim. Nos falávamos apenas por telefone, ou por e-mail. Voltei
para o México quando soube da morte dela, fiquei realmente muito abalada, pois
Blanca era muito importante para mim. A propósito, meus pêsames. Mas, olha só
como é a vida, eu voltei pro México, mas nunca consegui achar você. E agora
depois de anos você foi para os Estados Unidos, e só agora, depois de três
meses eu fiquei sabendo! – ri lendo isso.

Bem, agora que já me apresentei, sem mais delongas, deixe-me
explicar o porquê da carta: provavelmente você não quis ver o testamento de
Blanca. – realmente, eu não quis, naquele tempo eu não queria pensar em nada
relacionada à minha mãe. Já nem me lembrava mais que ela tinha um testamento – Bom,
enfim, vou parar logo de enrolar, pois eu não sou disso... No testamento falava
que quando você completasse dezesseis anos, iria vir morar comigo e com minha
família. – QUÊ? Não, isso não podia ser verdade! Não, não! Eu não volto
mais para aquela cidade, EU NÃO VOU! Mas que droga! – E como você ainda não
é maior de idade, terá que vir querendo ou não. Mas olhe, tenho certeza que irá
adorar!Vou aí para os EUA lhe buscar no sábado. Já sei onde você mora. Estou
com muitas saudades, Dulce, e espero que aceite de bom grado isso.

Beijos,
querida.

Marie
Christina Alexandra.”