Fanfic: x Amarga Traição (Aya)

Annie pensou notar algum tipo de emoção nos olhos dele que, se existiu, desapareceu instantaneamente. .

- Você está segura de si. Já disse o que queria, mas eu não pretendo trabalhar com uma secretária que olha para mim desse jeito. Por isso, se eu fosse você, procuraria mudar de idéia. - Indo em direção à porta, continuou: - Pelo menos uma coisa não mudou, se é que as fofocas são verdadeiras. Parece que você ainda sente prazer em chutar os homens, com uma única e notável exceção.

Annie engoliu em seco ao ouvir aquela acusação e ao perceber o sorriso cínico que acompanhou as últimas palavras dele. Ia pedir uma explicação, quando Alfonso prosseguiu:

- Parece que você não vai mudar em relação a mim, Annie. Você me odeia e me despreza, certo?


Como ela não respondesse, ele perguntou:

- Por isso você acabou escolhendo Christopher? Ele não é um homem... é um palerma! [lixa* Quem tá dizendo é ele! ;x aksoaksoaksk]


Annie empalideceu, e ao erguer o olhar viu Alfonso saindo da sala. Não conseguiu conter as lágrimas.

Já passava das sete horas da noite quando Annie desceu do ônibus. No último minuto surgiu um artigo urgente, e ela precisou trabalhar até mais tarde.

O caminho até sua casa era longo, mas havia três anos a tinha comprado justamente por ser fora da cidade. A propriedade era dividida em dois apartamentos independentes.

Annie morava na parte de baixo e a outra era habitada por um casal de italianos. Eles tinham uma filhinha, Caterina, e Annie se dava muito bem com essa família, principalmente com Maite, esposa de Christian que era de sua idade. Maite a esperava quando ela abriu a porta, e isso a deixou assustada.

- Aconteceu alguma coisa?

- Calma, está tudo bem - disse Maite. - Nunca conheci uma mãe tão aflita! Só vim apanhar o pijama dele. Parece que já está cansado de brincar no jardim.

Aliviada, Annie se encostou na porta. Esse era o preço que tinha de pagar por trabalhar fora. Sabia que a amiga cuidava de Nick como se fosse seu próprio filho, mas sempre temia que ele precisasse dela enquanto estivesse ausente.

A sorte era ter Maite por perto. O casal havia chegado em sua casa desesperado e Annie deixou que ocupassem o apartamento por um modesto aluguel. Como Maite não trabalhava, era ela quem tomava conta do menino.