Fanfic: Desejo & Reparação (TV ABREV - Novela 04) (FINALIZADA)
Júlio fazia sinal para que Fernanda pudesse entrar. Ela abria a porta do quarto e se aproximava sutilmente... Tentando mostrar-se ser uma mulher tímida e simpática. Mas estava de olho mesmo, na herança do pai.
Fernanda (voz baixa): Olá...
Flávio (emocionado): Então você é a minha filha...
Júlio: Ao que tudo indica sim. Mas não se precipite... Temos que fazer o teste de DNA.
Julieta: Bem... Numa hora dessas, a gente não sabe nem o que falar. Ao menos posso dizer, prazer Fernanda. Se for mesmo minha irmã, espero nos darmos muito bem. (abraça-a).
Fernanda (tímida): Muito obrigada pela recepção. Qual é o seu nome mesmo?
Julieta: Julieta, querida.
Fernanda (vira-se): Você deve ser o senhor Flávio Amorim.
Flávio: Mesmo eu não merecendo... (pausa) Será que pode me chamar de pai?
Fernanda: Me desculpe, mas não me sinto bem chamando o senhor de pai. Confirmado ou não que sou sua filha, é muito difícil para mim. (pausa) Minha vida foi sofrida... Desde que nasci não conheci meu pai e nem ao menos minha mãe. Já que ela me largou quando eu ainda era um bebê ainda. (finge chorar) Se não fossem meus pais adotivos... Não sei o que seria de mim.
Flávio: Imagino que tenha sido difícil querida... Mas eu apenas queria me redimir do pouco tempo que me sobra. Eu nunca poderia te recompensar o que perdemos no passado, mas eu queria lhe deixar pelo menos uma vida digna.
Fernanda (limpa as lágrimas fingidas): Eu tento compreender... Mas preciso de um tempo para absorver essa história e ver mesmo que o senhor é meu pai.
Julieta: Desculpe-me interromper, mas quando será esse exame?
Júlio: Amanhã mesmo. Estejam preparados.
Fernanda: Eu estarei... Mas preciso ir agora. Com licença... (abre a porta).
Flávio: Espere Fernanda.
Fernanda (vira-se): Sim...
Flávio: Até mais... Minha filha.
Fernanda (finge-se de sofrida): Até...
Ela fechava a porta, andava alguns passos e sorria.
Bairro da Barra...
Neuza saia de sua casa apressada, entrava em seu carro e o ligava. O velho fusca custava a pegar, e com sua pressa, resolveu pegar um táxi. Sem sorte pelas esquinas movimentadas da orla de Salvador, era surpreendida quando Carlos, filho de Betty, lhe via e passava com seu carro na calçada.
Carlos: Eae coroa?
Neuza: Olha só quem está aqui... Acho que é meu dia de sorte.
Carlos: Quer uma carona?
Neuza: Com certeza meu bad boy.
Carlos: Não sou de tirar onda de taxista, mas vai pra onde coroa?
Neuza: Hospital Aliança. Coisa rápido rapaz.
Carlos (coloca os óculos escuros): Pode deixar.
Enquanto isso...
Marinalva andava no gramado do Farol da Barra, olhando para o grande mar azul da cidade, quando era surpreendida por um pivete, que tentava lhe tirar a bolsa. Ela tentava se defender, mas a sua situação piorava quando o malandro mostrava-lhe um canivete. Cacá via a cena de longe pelo retrovisor do carro e corria para ajudá-la.
Marinalva (gritando): Socorro!
Cacá (aproxima-se): Êpa! Solta a moça rapaz!
Pivete (aponta o canivete): O quê que é? Perdeu a noção do perigo rapa?!
Cacá: Larga ela agora!
Cacá começava uma luta com o pivete, enquanto segurava o braço dele, que lhe ameaçava com a faca. Ele torcia o pulso do jovem malandro, que acabava soltando sua arma e caia no chão, após levar um soco na cara. Espantado, ele fugia, enquanto Cacá gritava.
Cacá: Isso! Vai embora seu pivete desgraçado!
Marinalva (chocada): Ai meu Deus... Graças a Deus tudo acabou bem.
Cacá (vira-se): A senhora está bem?
Marinalva: Estou sim. Muito obrigada pela ajuda. Não sabe o quanto lhe agradeço.
Cacá: Que é isso... É o que eu podia fazer por uma pessoa vitima da violência dessa cidade.
Marinalva: Pois é... E pensar que mesmo com todas essas pessoas em volta, ninguém fez absolutamente nada.
Cacá: É mesmo um absurdo. Mas para eles, iam acabar salvando sua vida, mas perdendo a deles. É assim que pensam...
Marinalva: Esqueça isso. Mas uma vez muito obrigada.
Cacá: Espere. Você deve estar muito abalada. Quer que eu te leve para sua casa?
Marinalva: Não precisa de tanta gentileza...
Cacá: É sério. Meu táxi está bem ali.
Marinalva (sorri): Está bem.
Hospital Aliança...
Carlos chegava ao hospital e Neuza abria a porta do carro correndo.
Carlos: Falou aí tia...
Neuza (vira-se): Ah sim! Me desculpe rapaz... Obrigada por me trazer até aqui. Vou ter que vazar. (pisca o olho) Falou! (sai correndo).
Carlos (fala sozinho): Sinistro aí...
ALGUNS DIAS SE PASSAM
Era final de tarde, quando Fernanda, Julieta, Júlio, Flávio e Marcos se reuniam novamente, após terem feito o teste de DNA. O resultado era aguardado por todos no quarto onde Flávio estava internado. O médico abria a porta em silêncio, enquanto lia o documento. Todos se levantavam.
Flávio: E então doutor?
O médico respirava fundo e dizia...
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Dr. Paulo Neves (respira fundo): Positivo... Fernanda Oliveira de Jesus é sua filha biológica. Fernanda finge estar emocionada e chora. Julieta (aproxima-se): Eu não sei exatamente o que dizer... Mas, bem vinda à família. Fernanda (enxuga as lágrimas): Obrigada. Não sabe o quanto é importante para mim, ter descoberto ...
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