Fanfics Brasil - derrepente pai [aya]

Fanfic: derrepente pai [aya]


Capítulo: 14? Capítulo

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Cap. 03


 Quando Anahí  finalmente desceu para a sala de jantar, encontrou Alfonso parado diante da janela, pensativo. Era verão, o sol começava a se pôr e o jardim estava banhado de uma tonalidade coral que fazia tudo resplandecer.
 Uma emoção agitou o interior de anahi: o desejo de uma mulher pelo homem que amara. Durante alguns segundos, não conseguia falar ou mover-se. Não queria deixá-lo perceber que ainda de sentia atraída. Mas não pela pessoa que ele era agora, e sim pelo amante terno que se perdera em algum ponto do passado.
 As lágrimas toldaram a visão de Anahi, como gotas de chuva numa janela de vidro. Lembrou-se de que chovia quando conhecera Alfonso. Uma pancada forte, que fizera as pessoas correr à procura de abrigo. Ela, então assistente num grande centro de jardinagem londrino, tinha vinte e um anos e era tão tímida que ruborizava sempre que um estranho a fitava. Por isso, preferia passar seu tempo entre as plantas a atender clientes. Mas uma de suas funções era atender escritórios, o que fazia com muito esforço, em virtude de sua natureza reservada.
 Justamente por isso, estava na rua quando a chuva começara, por volta do meio-dia. Em meio ao tumulto, correndo com a cabeça baixa, Anahi não viu um táxi parar no meio-fio. A porta se abriu repentinamente e um homem saiu do veículo, trombando com ela, desequilibrando-a.
 __ Oh, desculpe-me! __ foi tudo que ele disse.
 Alfonso, porém, deixara a carteira cair antes de desaparecer dentro de um edifício. Sara percebeu, agachou-se, pegou-a. E não teve escolha senão seguir aquele estranho, para devolver-lhe o porta-notas.
 Felizmente, encontrou-o ao lado do balcão de recepção, trocando apertos de mãos com outros homens. Aproximou-se timidamente e tocou-o no braço.
 __ Com licença...
 Ele se voltou e a fitou de maneira intensa. A camiseta verde-pálida de Anahi a logomarca do centro de jardinagem, estava totalmente molhada. Os cabelos presos numa trança, pingavam água em suas costas. A calça jeans e o par de tênis não estavam em melhor estado. Ele observou tudo, incluindo o rosto enrubescido e molhado.
 __ Sim?
 __ Você deixou cair isso. __ Estendeu-lhe a carteira com a mão trêmula. __ Quer verificar se é sua?
 Instintivamente, Alfonso apalpou os bolsos. Como fosse muito alto, ela precisou erguer a cabeça para fitá-lo. Ele retribuía o olhar de uma forma fixa, profunda, sem emitir uma palavra.
 Anahí  ainda não sabia, naquele momento, que o grande Alfonso  Herrera estava calado porque se apaixonara instantaneamente. Ele viria a admitir isso semanas mais tarde, quando conseguiu derrubar-lhe as barreiras. Foi na noite em que, abraçados em meio a lençóis de cetim, os corpos suados, descansavam de um ato de amor. Ela ainda era tímida, ainda enrubescia, mas amava perdidamente aquele homem. O suficiente para se entregar a ele.
 Uma semana depois, casaram-se num cartório de Londres. Uncker comparecera, como testemunha de Alfonso. Anahi ainda se lembrava da maneira como o assistente a fitara. Era como se não pudesse acreditar no tipo de mulher que o patrão escolhera para esposa. A conversa em tom baixo que os dois homens tiveram ao final da cerimônia confirmou isso.
 __ Está brincando, Poncho? __ murmurou Uncker __ Ela não parece forte a ponto de saber lidar com você, muito menos com seu pai!
 Anahi começou a ficar preocupada. Não exatamente preocupada, mas apavorada. Alfonso, porém, sorriu.
 __ Ela sabe muito bem como me tratar. É o meu oposto nos aspectos mais importantes, e por isso me completa. Aprenderá a lidar com meu pai, você verá.
 Estava enganado. Anahi jamais aprendeu a lidar com o sogro. Na verdade, sentiu-se intimidada desde o primeiro encontro. Franco era um velho desagradável, egocêntrico e sedento de poder que a via como obstáculo aos planos gloriosos que traçara para o único filho. Mas era inteligente o bastante para não deixar que Alfonso  desconfiasse disso.
 Oh, não escondeu seu desapontamento inicial, criticando os ingleses e duvidando da capacidade de Anahi de adotar o estilo de vida que a família Herrera levava. Entretanto, ao notar a determinação do filho, ficara de lado, observando, tramando, esperando pelo momento certo de agir.
 Implicara logo de início com a timidez de Anahi e a explorava impiedosamente, forçando-a a enfrentar situações nas quais ela se sentia totalmente vulnerável. Sabia que o poder e o dinheiro do grande Herrera a intimidavam. Sabia que ela só ficava à vontade com Alfonso  por perto.
 Por isso, cuidou para que o filho passasse a maior parte do tempo viajando. E arvorou-se o papel de acompanhante da nora, disfarçando a hostilidade na presença de Alfonso e propondo-se a ser uma espécie de mentor, para ensinar-lhe o comportamento social esperado de uma mulher de alta-roda.
 Como conseqüência, Anahí passou o primeiro ano de casamento em meio a um atordoante mundo de roupas elegantes, carros do ano e pessoas fúteis, que adoravam beijar o chão em que Franco Herrera  pisava e zombar de sua nora simplória.
 A parte mais triste era que, nas poucas vezes em que ficava a sós com Alfonso e decidia desabafar, o marido se zangava, tomava as dores do pai. Isso a deixava ainda mais infeliz e isolada.
 O casamento começou a sofrer desgastes.
 Quando Alfonso estava em casa, Alfredo era um encanto de pessoa, o que deixava Sara num estado de tensão que o marido não conseguia compreender. E, quando ele se encontrava por perto, as pessoas que escarneciam dela tratavam-na com a mais absoluta simpatia.
 Um homem, o inglês Jason Castell, começou a lhe dar uma atenção especial. Sempre que ela saía com Alfredo, Castell se aproximava para conversar ou dançar, monopolizando toda a sua atenção. Por outro lado, quando Alfonso  estava por perto, jamais aparecia.
 __ Quem é esse inglês? __ ele viria a perguntar certa noite, quando estavam se preparando para dormir.
 __ Jason? __ ela indagara. __ É um amigo de seu pai.
 __ Não foi o que ouvi. Corte essa amizade __ advertiu Alfonso. __ Ou prefere que eu o faça?
 Estressada com a tensão gerada pelo jogo de Franco Herrera, Anahi desabafou:
 __ Se você não se dá ao trabalho de passar mais tempo comigo, que direito tem de determinar com quem posso me relacionar?
 __ O direito de um marido! __ ele respondeu com arrogância.
 __ Você se denomina marido? Pois não passa do homem que ocasionalmente dorme em minha cama! Quanto tempo ficou fora dessa vez? Duas, quase três semanas? O que devo fazer quando você não estiver por perto? Um retiro espiritual? Se quer saber o que faço de cada minuto de minha vida, fique em casa e descubra!
 __ Tenho que cuidar dos negócios! __ ele retrucou com rispidez. __ Os mesmos negócios que pagam suas roupas caras e o nível de vida luxuoso que lhe permite usá-las!
 __ Por acaso lhe pedi alguma roupa? Acomodações luxuosas? Quando me apaixonei por você, apaixonei-me pelo homem, não pelo dinheiro! Mas eu quase nunca vejo o homem!
 __ Pois está vendo agora.
 Anahi contemplou o corpo bronzeado e musculoso, em gloriosa nudez. Entretanto, pela primeira vez viria a recusar o convite que a voz rouca lhe fizera.
 __ Estamos casados há quase um ano __ disse __ Posso contar nos dedos de uma das mãos as semanas que efetivamente passamos juntos. E esta não é a minha casa. É a de seu pai! Nas poucas ocasiões em que você fica aqui, dá prioridade a Alfredo.
 __ É doentio o ciúme que você tem de meu relacionamento com meu pai!
 __ Odeio morar aqui! Se não pode passar mais tempo comigo, prefiro voltar a Londres. Preciso de trabalho para preencher meus dias. Quero ter vida própria, e isso não inclui passar o dia em cabeleireiros, fazendo compras e sentindo-me uma estranha no meio desses sicilianos!
 __ Talvez prefira um inglês...
 Ela suspirou, irritada.
 __ Isso não tem nada a ver com Jason.
 __ Não?
 __ Não! Isso tem a ver apenas conosco e com um casamento que não anda porque você não tem tempo! Tem a ver com o fato de eu estar infeliz aqui! __ As lágrimas toldaram a visão de Anahí  __ Será que não percebe que não posso continuar assim? Eles... seu pai, seus amigos, todos me sufocam! Fico assustada quando você parte!
 Aquela súplica, vinda do fundo do coração, deveria tê-lo sensibilizado, tê-lo lembrado da criatura doce e suave por quem se apaixonara. Mas Nicolas era, acima de tudo, um homem possessivo.
 __ Venha para a cama! __ ele ordenou.
 __ Não! __ Ela começou a tremer ao perceber a expressão exasperada naquele rosto. __ Quero discutir isso até o fim!
 Ele começou a se aproximar. Anahi recuou, as mãos trêmulas estendidas para afastá-lo.
 __ Não, por favor. Você está me assustando. Não quero ter medo de você também...
 Mas ele não ouviu. E então a feriu. Não fisicamente, mas com sua sensualidade crua e impiedosa.
 __ Aproxime-se daquele inglês e mato os dois! __ ameaçou, brutal e ofegante. __ O que é meu, eu protejo, e você é minha!
 “O que é meu, eu protejo”...
 Ele nunca voltara atrás na palavra dada, nem durante o mês seguinte, quando simplesmente desaparecera. Enquanto isso, Anahí sequer suspeitava da armadilha que Franco armara. Certa noite, ele lhe entregou uma mensagem de Nicolas, pedindo-lhe que o encontrasse num hotel em Catânia, no qual haviam se hospedado algumas vezes.
 Ela entrou na suíte reservada, nervosa, assustada, rezando para que finalmente pudessem ter uma conversa a sós. Abriu a porta com a chave que lhe fora entregue, levou a pequena mala até o quarto e voltou para a sala, onde ficou esperando.
 Ele não veio. Por volta das dez horas da noite, Anahí  já estava deprimida e zangada. Por volta das onze, decidiu preparar-se para dormir. À meia-noite, ainda rolava na cama quando ouviu o som de outra chave na porta. A felicidade fez com que saltasse da cama, com sua adorável camisola de seda creme, e corresse até a entrada da suíte.
 Foi quando teve início o choque, o horror, a confusão. Não foi Alfonso que encontrou, mas Jason, que sorriu e murmurou:
 __ Querida, você está encantadora... como sempre!




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Autor(a): iloveaya

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Anahi ficou paralisada. Não conseguia abrir a boca. Ele se aproximou e a abraçou. Ela não conseguia reagir. No instante seguinte, alguém escancarou a porta. Então Alfonso entrou, o rosto petrificado pelo ódio. __ Então meu pai estava certo! __ esbravejou, furioso. Anahi emudeceu, enrubesceu. Jason escapou pela porta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 06/07/2015 - 01:05:17

    Boa fic! Gostei

  • iloveaya Postado em 29/06/2008 - 20:59:22

    ñ esquece de comentar

  • gabyzitah Postado em 29/06/2008 - 20:54:55

    brigada amour...
    bjOoz

  • iloveaya Postado em 29/06/2008 - 20:53:21

    gaby acabei de postar os primeiros capitulos

    beijinhos

  • gabyzitah Postado em 29/06/2008 - 20:47:13

    ok amigahhhh
    ah..postei na minha web, passa por lá..e comanta pra mim saber se vc gostou..
    bjinhozz

  • iloveaya Postado em 29/06/2008 - 20:44:30

    gaby eu ta bom vou postar os dois primeiro capitulos e posto o resto amanhã

    beijinhos

  • raissar Postado em 29/06/2008 - 20:34:24

    posta mais, tudo seu cap
    bjos

  • gabyzitah Postado em 29/06/2008 - 20:03:30

    valeu amiga.. to posando na minha ja..=D promessa eh divida!!!
    mas amouuuuur posta hj sim..plissssssssssssssssss
    e eu vou matar kem rapitou a Aninha..eu pego ele assim e pucho o cabelo assim e dou um chute..Q raiva amiga..chorei tanto nessa web...
    bjOoz e espero a nova web eiim

  • iloveaya Postado em 29/06/2008 - 19:13:06

    gabizytah respondendo sua pergunta

    sim foram os inimigos do alfonso

    OBS:talvez eu posto o primeiro capitulo da nova web hj,mais ñ garanto nd se eu ñ posta hj posto amanhã

    beijinhos amigaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • gabyzitah Postado em 29/06/2008 - 18:53:12

    ai q linda essa web amigahhhhhhhhhhhhhhhhhh!!
    ameii!! chorei tanto quando li..eh lindaaaa!!!
    posta a otra tahh.... plissssssssssssssssss
    Ai Amiga..to emocionada com esta web agora..=D
    mas tenho 1 pergunta: quem rapitou Aninha???
    foi uns caras maus q queriam mal ao Alfonso nun eh?! =[
    bjOoz amigaaaaaaa


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