Fanfic: derrepente pai [aya]

Ela o fitou com uma ponta de compaixão. O pai significava tudo para Alfonso.
 __ Portanto, as suítes dos convidados agora ficam no mesmo nível da piscina. Esta __ Alfonso  fez um gesto que abrangia todo o andar __ é minha ala privativa.
 __ Ah, agora entendo __ ela disse com um sorriso amargo. __ Você deseja que Aninha e eu nos mudemos para a ala dos hóspedes.
 __ Não __ ele respondeu, estreitando os olhos. __ Sua filha fica exatamente onde está. É você que está se mudando. Para esta suíte, comigo.
 Silêncio. Alfonso  observou e esperou que ela assimilasse as palavras, os olhos dourados deslizando pelas pernas nuas e perfeitas, agora levemente bronzeadas. O short folgado, cor-de-rosa, não conseguia disfarçar a cintura fina e os quadris arredondados, assim como a camiseta curta não escondia que ela não usava sutiã.
 Alfonso  sentiu o corpo reagir ao recordar o sabor que tinham aqueles mamilos, a forma como reagiam quando tocados. Contemplou a aliança de ouro, que ele próprio colocara naquele dedo delgado... e que se tornara a marca da traição. Angustiado, desviou o olhar da figura tentadora, desprezando a si mesmo por desejá-la tanto.
 __ Não! __ ele a ouviu protestar. __ Ficarei com Aninha.
 Alfonso  voltou-se, o rosto crispado, uma expressão perturbadora.
 __ Teremos que voltar a discutir sobre suas escolhas? __ ele indagou rispidamente. __ Fará exatamente o que eu disser enquanto estiver sob este teto!
 __ Exceto dormir na sua cama!
 __ Está enganada. Você me deve isso __ ele replicou o tom cortante.
 __ Mas você me odeia e me despreza! E odiou a si mesmo pelo que aconteceu na última noite que passamos juntos!
 __ Não vou negar. Mas, para o mundo e para esta casa, ainda somos marido e mulher. E marido e mulher dormem na mesma cama, desfrutam de uma privacidade que não inclui uma criança.
 __ Como poderemos fingir que temos um casamento normal com uma separação de três anos? __ ela ironizou.
 Um brilho matreiro iluminou os olhos dele.
 __ Ora, simplesmente minha esposa prefere morar em Londres, na minha casa, onde vou vê-la regularmente...
 __ Céus! __ Anahi ofegou ao perceber a fachada de felicidade que ele conseguira manter. __ Consegue ser tão falso quanto seu pai!
 __ Deixemos meu pai fora disso, por favor.
 __ Se ao menos fosso possível! Mas, uma vez que ele também mora nesta casa, não achará estranho se voltarmos a ...
 __ Ele não dirá nada __ Alfonso  declarou friamente. __ Não deseja ver o orgulho de seu filho abalado por causa desta maldita situação.
 __ E Franco  fingirá que tolera a sugestão obscena que está me fazendo?
 __ Não é uma sugestão obscena. Aos olhos do mundo você ainda é minha mulher, e manterá as aparências a qualquer custo. Ou fica aqui sob meus termos, ou vai embora. Sem sua filha.
 Era o plano de franco! Anahi não sabia se gritava de raiva ou se chorava de desespero.
 __ Não dormirei com você __ explodiu, dando-lhe as costas, pronta para sair.
 __ Aonde pensa que vai?
 __ É hora de Aninha dormir __ ela informou secamente.
 __ Fábia cuidará dela. Ainda temos muito a discutir.
 __ Mas eu preciso cuidar de minha filha!
 __ Estou lhe dizendo para ficar! __ ele esbravejou, tentando se controlar em seguida. __ Isso é mais importante. A criança está segura com Fábia.
 Ela se voltou, com lágrimas nos olhos.
 __ Esta é outra punição, não é? __ acusou amargamente. __ Como pode ser cruel a ponto de me separar de minha filha?
 __ Está me enfrentando, cara? __ ele indagou, o tom perigosamente sedutor.
 Anahí  respirou fundo.