Fanfic: derrepente pai [aya]

Cap. 09

 Anahí  caiu na armadilha, seduzida pela paixão tórrida a que fora submetida, pelo amor que tinha pela filha, pelo terrível ciúme que experimentava duas vezes por semana, quando o marido partia para Taormina, só retornando tarde da noite.
 Estavam naquela situação havia um mês. Alfonso não voltara a viajar. Trabalhava em seu escritório na villa, onde passava a maior parte do dia, aparecendo apenas no almoço, do qual Anahi não participava, e no jantar, para o qual ela era aguardada. Da sala de jantar, levava-a ao quarto, para noites ardentes de amor, ou depedia-se e ia a Taormina. Nessas ocasiões Anahí se trancava no quarto e chorava.
 Certa noite, amargurada, explodiu quando o marido tentou tocá-la.
 __ Tire suas mãos de mim! __ esbravejou. __ Se quer sexo, peça à sua amante!
 __ Minha... o quê? __ Ele parou, o corpo apoiado num dos cotovelos. __ Amante?
 __ Sabe exatamente de que... e de quem... estou falando!
 Alfonso a fitou com o olhar zangado.
 __ Essa amante... tem um nome?
 Anahi recusou-se a responder. Ele sorriu e segurou-lhe o pulso delicado.
 __ Posso forçá-la a me dizer...
 __ Queime no inferno, Alfonso Herrera!
 __ Prefiro queimar dentro de você, cara...
 __ Ou de sua amante! Só depende do dia da semana, não é?
 Ele arregalou os olhos, surpreso.
 __ Como?
 __ Sabe que estou me referindo a Mayte. A mulher que você visita duas vezes por semana. Agora, tire as mãos de mim! __ Tentou afastá-lo, inutilmente. __ Se a deseja, se entregue a ela! Mas não terá também a mim!
 Alfonso ficou repentinamente sério.
 __ Não? Você pôde ter um amante. Por que eu não posso?
 Ela fechou os olhos, engolfada pela angústia.
 __ Não suporto mais isso __ sussurrou.
 __ Suporta, sim __ ele disse entre os dentes. __ Terá que suportar muito mais. Portanto, deite-se e, se preciso, pense na Inglaterra, cara! __ escarneceu. __ Quando a desejar, eu a terei!
 Possuiu-a com tanta sensualidade que Anahi não conseguiu pensar em nada.

 Bem mais tarde, imaginando que ela dormia, Alfonso se levantou, vestiu o robe branco e saiu para o terraço. Ficou lá por um longo tempo. Anahí  acordada, perguntava-se se ele estaria se odiando novamente por desejá-la. Fechou os olhos, desesperada com aquela situação.
 Ao ouvir o marido retornar ao quarto, não se mexeu. Viu-o deitar-se silenciosamente, e o silêncio era uma tortura. Mas um grito foi ouvido, e ambos ergueram-se.
 __ Aninha!