Fanfic: derrepente pai [aya]

__ Oh, não faça isso! Sua filha jamais o perdoará. Ela ama aquele velho terrível.
 __ Minha filha... A criança que rejeitei antes mesmo que nascesse, por causa dele!
 Sara posou os dedos delicados sobre os lábios do homem que amava.
 __ Culpá-lo apenas o deixará mais amargo. E não quero que se torne uma pessoa amarga.
 __ Não estou culpando meu pai. Estou culpando a mim!
 __ Não percebe que isso agora não importa mais? Eu o amo, sabia?
 Alfonso suspirou, deitando a cabeça sobre o travesseiro.
 __ Que tipo de pessoa é você? Uma santa, que consegue perdoar o imperdoável? Fiz pouco de seu amor, de sua confiança, de sua honestidade! Até rejeitei nossa filha!
 __ Mas voltou, mesmo não acreditando em mim. Quis tentar novamente. Creio até que me perdoou.
 __ Por permanecer fiel a seus princípios apesar do que os Herrera lhe fizeram? __ Ele balançou a cabeça. __ Bem, se quer saber, levará muito tempo até que eu possa me perdoar.
 __ Vingando-se de si mesmo, desta vez? __ ela o repreendeu docemente, enquanto se ajoelhava na cama. __ Sabe de uma coisa? Enquanto você não se perdoar, e a seu pai, recuso-me a dar-lhe o meu perdão.
 Dito isso, ela saiu da cama.
 __ Foi um ultimato?
 __ Sim. Não consigo conviver com vinganças. Se seu capaz de colocar minhas mágoas de lado, você também pode fazê-lo.
 __ E conseguiu isso?
 Ele olhou para o chão.
 __ Posso perdoar Franco porque ele é velho, doente e está realmente arrependido. E posso perdoar você porque foi levado a acreditar o pior sobre mim. Mas...
 __ Mas?
 Anahi ergueu o queixo, os olhos frios, os lábios determinados.
 __ Eu o vi, no baile do prefeito, com Mayte. Não posso perdoar isso. Não depois de você ter declarado que já a abandonara.
 __ E o que você viu? __ Ele sentou-se, a sobrancelha franzida, como se não soubesse de que a esposa falava.
 __ Eu o vi conversando com ela. __ Anahidesviou o olhar. __ Eu o vi abraçá-la e... beijá-la.
 __ Foi por isso que voltou para casa sem mim? Por que ficou magoada com que viu?
 __ Exatamente.
 __ Meu pai não lhe contou sobre Mayte? __ ele perguntou, incrédulo.
 __ Disse apenas que eu deveria ouvi-lo antes de fazer meu julgamento.
 __ Quer me ouvir agora?
 __ Acho... que não.
 __ Por que não?
 Ela sentiu os olhos molhados novamente.
 __ Por que estou morrendo de medo da resposta. ___ respondeu, a voz entrecortada.
 __ Assim como eu tinha medo do teste de DNA __ ele murmurou. __ Também tinha medo da resposta...
 Ela o fitou, incrédula. Ao ver lágrimas nos lindos olhos azuis, Alfonso abraçou-a com ternura.
 __ MAyte... Bem, não é minha amante. Nunca foi.
 __ Como assim?