Fanfic: Se Houver Amanhã

A manhã passou voando. Dulce planejava aproveitar a hora do almoço para ir ao salão fazer o cabelo e tinha uma hora marcada com Larry Stella Botte. Ele cobrava caro, mas valia a pena, pois ela queria que os pais de Poncho a conhecessem em sua melhor aparência. “Tenho que fazer com que eles gostem de mim. Não me importo com quem escolheram para Poncho”, Pensou Dulce. “Ninguém pode fazer Poncho tão feliz quanto eu farei.”

As 23 horas, quando Dulce pegava sua capa, Clarence Desmond convocou-a a seu gabinete. Desmond era a própria imagem de um executivo importante. Se o banco fizesse comerciais de televisão, ele seria o porta-voz perfeito. Vestia-se de modo conservador, com um ar de autoridade sólida e antiquada, parecia uma pessoa em que se podia confiar.

- Sente-se Dulce. – Ele se orgulhava de conhecer o primeiro nome de cada empregado. – Um tempo horrível, não é mesmo?

- É, sim.

- Mas as pessoas precisam cuidar de seus problemas bancários. – Desmond esgotara todo o seu estoque de conversa amena. Inclinou-se sobre a mesa e acrescentou: - Soube que você e Alfonso Herrera estão noivos.

Dulce ficou surpresa.

- Ainda não anunciamos. Como...

Desmond sorriu.

- Qualquer coisa que os Herrera fazem é noticia. Estou muito feliz por você. Presumo que voltara a trabalhar conosco. Depois da lua de mel, é claro. Não gostaríamos de perde-la. Você é uma das nossas funcionarias mais valiosa.

- Poncho e eu conversamos a respeito e concordamos que eu seria mais feliz se continuasse a trabalhar aqui.

Desmond sorriu, satisfeito. Herrera & Sons era uma das casas de investimentos mais importantes da comunidade financeira e seria maravilhoso se obtivesse sua conta exclusiva para a sucursal que dirigia. Ele recostou-se na cadeira.

- Quando voltar da lua de mel, Dulce, haverá uma boa promoção à sua espera, assim como um aumento substancial.

- Puxa, obrigada! Isso é sensacional!

Ela sabia que merecia e experimentou um sentimento de orgulho. Ficou ansiada a contar a Poncho. Parecia a Dulce que os deuses conspiravam para fazer tudo o que podiam para inunda-la de felicidade.