Fanfic: Fanfic sem Título

Jennifer`s Body

"Inferno! É uma adolescente. Acho que não sou exatamente perfeita, mas ao menos eu tenho meus fãs. Digo, eu recebo cartas todos os dias. A maioria de pervertidos e pedófilos, mas ainda assim... eu sou do tipo famosa."

- A gravação começou há cinco minutos, Needy. - disse o inspetor daquele péssimo lugar, enquanto eu fazia algumas costuras com agulha grande.

- Obrigada, Jacob. - disse sem me virar e me incomodar. Jacob saiu e assim pude me trocar, de roupa de louca, eu coloquei uma de presidiária. 

"Às vezes as cartas são de pessoas que dizem estarem rezando por mim. Me dizem que tudo vai ficar bem... Se eu aceitar Jesus Cristo em meu coração. Eu digo as palavras, mas nada nunca acontece, ninguém volta. Ninguém sai da cruz."

Terminei de colocar aquela roupa mais parecida como um macacão laranja, e coloquei minhas pantufas de ursinho. 

"Bem-vindos às Olimpíadas dos Maluquetes. Aqui eles são ótimos em recreação. Suponho que seja para ajudar a canalizar a nossa agressividade. Pessoalmente, acho que estão tentando nos esgotar. Mantendo-nos ocupados, para que não ocorra nenhuma revolta. Bem, essas táticas não funcionam contra mim. Sou uma chutadora, C-H-U-TA-D-O-R-A. Até no meu gráfico diz isto."

- Só uma torrada? - perguntou a outra inspetora irritante. Creio que é a que eu mais detesto naquele lugar. A mirei, sem reação alguma.

- Gosto de torradas!

- Isso é bom. Mas acho que a torrada não te dará energia suficiente durante o dia. Recomendo mais carboidratos complexos. - sem ao menos respirar, a chutei com força, fazendo-a voar por cima das mesas do refeitório, bater a cabeça e cair de costas.

- Oh! Jesus! - alguém murmurou.

- Eu recomendo que você cale a boca. - cuspi as palavras, até seguranças me agarrarem com força, e a gritaria começou. Eu gritava, ordenava para que me soltassem e tentava chutar qualquer pessoa que estivesse à minha frente. Enquanto a inspetora cuspia sangue pela boca e deixava que sangue escorresse por suas narinas. 

Me levaram até a sala da "loucura". Onde ela era grande em sentido de altura, mas não havia muito ar, a janela pequena era muito no alto, ninguém jamais conseguiu alcançar aquela janela. Eles bateram a porta de ferro com força, enquanto eu gritava muito, muito furiosa.

Me sentei como se estivesse pronta para meditar, com a respiração rápida.

"Nem sempre fui tão doida. Costumava ser normal. Bem, tão normal quanto qualquer garota sobre influência de hormônios adolescentes. Mas depois que começaram as mortes, comecei a sentir... Eu não sei. Que algo não se encaixava."

Um som irritante começou à tocar, olhei para cima e vi que o pequeno "rádio" de lá, começava a tocar uma música muito estressante para mim.

"Oh, Deus! - tampei os ouvidos como se estivesse enlouquecendo. - Odeio essa droga de música." - me deitei de lado, e fiquei pensando, relembrando de tudo, exatamente tudo o que aconteceu até aquele instante.