Fanfic: Remember-me – AyA

Alfonso e Dulce chegaram ao café e fizeram o seu pedido. Estavam sentados em frente a uma mesa que tinha vista para a praça central London Park. O tempo estava nublado, frio e havia previsão de neve, mas assim mesmo havia por todos os lados pessoas fazendo caminhada, corrida diária ente outros exercícios físicos. 

Dulce mirou o irmão. Ele olhava entre o vidro da janela grande a paisagem do parque, com um pensamento e olhar perdido. Dulce sorriu, revirando os olhos.

— Um café descafeinado pelo seu pensamento! — Alfonso mirou a irmã miúda, que sorria. Sorriu envergonhado.

— Ah, um café descafeinado? — fez uma expressão de não agradável. — Prefiro um capuccino! 

— Certo, eu também prefiro a segunda opção. Mas.. sobre o que pensava tanto, enquanto olhava o London Park?

— Hum, nada demais. Só pensando nos problemas de cada dia.

— Poncho, acha que sou idiota a ponto de acreditar nisto? — Dulce perguntou sarcástica. 

— Não mas.. é que.. não é muito legal isso.

— Não quer conversar sobre isso? Posso resolver o seu problema! — Dulce continuou encarando Alfonso, que se sentiu sem saída. Suspirou.

— Tudo bem. Você se lembra daquela minha antiga e ex noiva, a Anahí Portilla? — Dulce fez um esforço para se lembrar da moça.

— Ah, sim, eu me lembro dela. Ótima amiga para mim, e ex ótima noiva para você!

— Ótima noiva? Tem certeza? — Alfonso perguntou irônico. Dulce franziu a testa, não entendendo.

— Porque está sendo irônico? O que aconteceu?

— Ela nunca me amou, Dulce.

— O quê?

— Ela sempre mentiu para mim, ela tinha caso com outro, que acho que foi até o ex noivo dela. Ela jamais me amou de verdade, foi uma falsa que só esteve comigo porque eu estava doente. — Dulce colocou as mãos na boca, e arregalou os olhos. Impressionada? Chocada? Talvez, mas sim, Raivosa. 

— Como é? Aquela.. aquela vagabunda te traia e ainda te usava? Não posso acreditar que fui amiga daquela traíra. Argh! Me sinto estúpida por um dia ter sido tão amiga dela.

— Não é culpa sua, Dul. Eu que fui estúpido e idiota o suficiente para acreditar em todas as mentiras dela, e ainda sem desconfiar de nada. 

— Certo, ela mente bem! — Dulce disse descotraidamente. Alfonso a olhou e revirou os olhos.

— Não devia ter te contado isso!

— Devia sim, essa vagabunda que volte à tentar se resolver com você, ela verá quem é Dulce Maria Saviñón Herrera.

— Dul, não faça nada de idiota. Por favor!

— Não vou fazer nada de idiota, Poncho. Apenas conversarei com ela e até quem sabe dar-lhe umas boa bufetadas naquelas.. — Dulce ia terminar a frase quando Alfonso a interrompeu.

— Isso não é nada idiota? Francamente Dulce, isso já faz quase quatro anos. 

— Alfonso, como pode esconder isso de mim e de todos?

— Não havia necessidade de contar isso à vocês. Era um problema meu, que já é passado. Então, bico calado!

— Bico calado? Está maluco, todos saberão disso, Poncho. Não seja idiota, pare de tentar esquecer isso, não está vendo que à cada minuto se tortura mais com essas lembranças? Você não é assim, esqueça apenas essa mulher, deixe que as lembranças se torne apenas páginas viradas, rasgadas e com um ponto final em tudo!

Alfonso queria tentar fazer a irmã calar a boca, mas ela tinha razão. Ele se torturava com as lembranças dela, com ela. E não deveria deixar isso acontecer, iria esquecê-la de uma vez por todas e como a irmã disse: Deixar que as lembranças se torne apenas páginas viradas, rasgadas e com um ponto final em tudo!

Deixe ela quieta, Poncho. Pense apenas em você. Você não precisa dela para viver, pode muito bem ser feliz com outras mulheres!

Alfonso ficou quieto, enquanto ele e a irmã terminavam de tomar o café da manhã. 

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