Fanfic: Volver AyA (FINALIZADA)

Beatriz: Sim. Nós temos que fazer o exame.
Anny: Mas meningite é grave. 
Beatriz: É sim! Por isso que temos que fazer o exame o mais rápido possível. 


A médica pegou o telefone, ligou para outro médico que também estava na clinica e explicou o estado de Lara.Ele pediu que a levasse ao laboratório o mais rápido possível.

Beatriz:Venham comigo por favor.

A médica saiu pelos corredores do hospital e Poncho e Anny foram atrás dela.

Anny: Eu to com medo Poncho. Isso é muito grave.
Poncho: Calma Anny. (abraçando-a) Vai dar tudo certo. Vc vai ver. Não vai acontecer nada de mal com a nossa pequena.

A médica entrou em outra sala e chamou mais duas enfermeiras. Pediu q a acompanhasse até o laboratório. Anny e Poncho as seguiram.

Chegando ao laboratório Beatriz pediu a Anny que colocasse Lara na maca novamente e que as enfermeiras tirassem a roupinha dela. Um outro medico chegou para falar com eles. Beatriz os apresentou.

Beatriz: esse é o doutor Rodrigo. Ele vai fazer o exame na Lara e vai nos ajudar.
Poncho: Que exame é esse que vcs vão fazer nela? Vcs poderiam me explicar direito tudo isso?
Rodrigo: Bom! Há a suspeita de que a criança esteja com meningite. E para termos certeza é preciso que seja feita a função lombar.
Anny: O quê?
Rodrigo: A meningite é uma doença causada por um vírus que afeta a região do cérebro e da medula espinal. Há um inflamação na membranas que recobrem o sistema nervoso, e pra saber se ela está realmente com meningite, é necessário fazer a função lombar, que é a retirada do liquido da coluna, para que possamos ver qual o tipo de agente ou bactéria que está causando a doença, pois sabendo o tipo de bactéria poderemos passar a medicação correta e ver qual o antibiótico mais adequado.
Anny: Vão tirar um liquido da coluna da minha filha? Isso deve doer muito.
Beatriz: Esse exame é dolorido. Mas é necessário. Não podemos começar o tratamento com antibióticos se não soubermos que bactéria devemos atacar.
Rodrigo: E quanto mais rápido a gente começar o tratamento e descobrir que agente é esse, mas chances temos de combatê-lo.
Anny: Não. Ela vai sentir muita dor. 
Poncho: Anny, é necessário. Tem que fazer o exame pra ela ficar boa.
Anny: Ela é muito pequenininha Poncho. (com lágrimas escorrendo por toda a sua face)
Poncho: Eu sei.. vem cá. (abraçando ela) Vamos deixar eles fazerem o exame tá? (segurando o rosto dela e a encarando) Quanto mais rápido eles fizerem melhor.

Anny: Tá bom.
Ele deu um beijo na testa dela e a abraçou novamente.

Beatriz: É melhor vcs saírem pra podermos fazer o exame.
Anny: Não. Eu quero ficar. Quero ficar com a minha filha.
Rodrigo: Tudo bem. Mas fiquem aí por favor.
Anny: umhum...

O médico lavou as mãos, colocou as luvas e pegou todos os aparelhos necessários pra fazer o exame. As enfermeiras seguravam Lara e tentavam acalma-la. A menina ainda chorava um pouco. Colocaram ela sentadinha segurando-a e o médico foi com uma seringa para tirar o liquido. Anny ao ver a cena, virou-se e abraçou-se a Poncho. Chorava muito. 

Anny: Minha bebê Poncho! Minha bebê.

Poncho abraçou ela e acariciava seus cabelos. Nem ele estava agüentando ver a filha sofrer daquele jeito. A menina começou a gritar e a chorar muito. Ele fechou os olhos e as lágrimas caiam.

Anny: Ela tá sofrendo Poncho. Nossa pequena tá sofrendo. (falava com o som abafado pelas lágrimas)

Poncho não conseguia falar nada. A dor que estava sentindo ao ver sua filha daquele jeito estava “rasgando” seu coração. Um serzinho tão frágil como aquele não poderia sofrer tanto. Ele abraçou-se mais ainda Anny.
O médico colheu o liquido e colocou no tubo de ensaio para que fosse analizado. As enfermeiras vestiram Lara. Anny correu foi até a filha e a pegou. Ficou abraçada a ela tentando acalma-la.Beatriz: Nós temos que interna-la. Temos que coloca-la num quarto e deixa-la em obeservação.

Beatriz levou Anny e Poncho até onde Lara iria ficar internada, depois pediu a Poncho que preenchesse a ficha da menina. Ele foi até a recepção preencher enquanto Anny acompanhava a filha.
Estava muito nervoso e preocupado. Acabou errando a ficha duas vezes. Consertou e voltou para onde Anny estava.

Anny: Eles não querem me deixar ficar com ela Poncho.(chorando)
Poncho: Por quê?
Anny: Não sei. A levaram pra esse quarto e me pediram que ficasse aqui fora.


Dentro do quarto a médica e a enfermeira tentavam acalmar lara que chorava muito ainda. Anny estava desesperada do lado de fora sem saber o que fazer. A febre não cessava. A criança gemia de dor, estava molinha, quase não abria os olhos. 

Anny: Ela não está bem não. (limpando as lágrimas)
Poncho: Vai ficar tudo bem Anny.
Anny: Poncho, crianças morrem com meningite. É uma doença muito grave. Eu já ouvi falar.Tem casos que ficam seqüelas. Tem crianças que ficam surdas ou com algum tipo de paralisia. E tem crianças que não resitem à doença. E se a nossa filha não agüentar? E se a nossa filha...

Ela não conseguiu terminar a frase. Voltou a chorar compulsivamente.

Ela não conseguiu terminar a frase. Voltou a chorar compulsivamente.

Poncho: Ela vai ficar bem Anny. Não fala isso. Ela vai ficar bem. Ela é forte. É pequenininha, mas é forte. Nisso ela puxou a mãe. Vc vai ver. A nossa pequena vai conseguir sair disso tudo.


Os dois se abraçaram e ficaram na porta do quarto esperando que alguém saísse para poder explicar o que estava acontecendo.
A médica saiu do quarto e os dois perguntaram logo sobre Lara.

AyA: Cadê a nossa filha?
Beatriz: Ela vai ficar em observação.
Anny: Quero entrar pra ver ela.
Beatriz: Nós temos que tomar agora o máximo de cuidado, pois a meningite é uma doença infecto-contagiosa. Então vcs não poderão ficar com ela.
Anny: Eu não vou deixar a minha filha sozinha. Ela é muito pequena.
Beatriz: Mas vai ser necessário Anahí. Vc não poderá ficar.
Anny: Não. Não vou deixar minha pequena só, não.
Beatriz: A Lara tem que ficar isolada. Ninguém a não ser os médicos e as enfermeiras poderão ficar com ela.
Anny: Eu tomo todos os cuidados necessários. (limpando as lágrimas)
Beatriz: Sinto muito Anahí. Mas vcs não poderão entrar.

Anny se desesperou. Como ela não podia ficar com a filha? Não poderia deixa-la só. Era apenas um bebê. 

Anny: Eu não vou deixar minha filha nas mãos de pessoas que eu nem conheço!
Beatriz: São profissionais. Elas vão cuidar bem da Lara. E eu vou estar sempre com ela.
Poncho: Anny, calma...
Anny: Como vc quer que eu fique calma? É a minha filha que está aí dentro desse quarto. Minha filha sozinha, sem a mãe dela. (chorando muito)
Poncho: Calma. (abraçando-a) Hei... eles vão cuidar dela. Eles sabem o que fazem.
Anny: Nossa bebê Poncho. Nossa bebê...
Beatriz: Não se preocupe Anahí. Todos vamos cuidar bem dela. Agora vcs precisam descansar. Tem uma pequena sala aqui de junto, vcs podem ficar lá. Ninguém vai encomodar vcs não.
Anny: Não vou sair daqui. 
Beatriz: Não vai adiantar nada vc ficar aqui em pé. Vamos pra lá.
Poncho: Vamos Anny.

Poncho foi conduzindo ela e a médica os levou até a sala. Tinha um sofá ali onde eles poderiam descansar.

Beatriz: Eu estou no meu consultório. Qualquer coisa vcs podem ir me procurar, ou eu venho informar.
Poncho: Tudo bem.

Anny se sentou no sofá, colocou os cotovelos sobre os joelhos, as mãos na cabeça e ficou ali calada. Poncho se aproximou dela e se sentou. Ver Anny daquele jeito lhe partia o coração, saber que a filha estava mal, o deixava muito mal. Poncho não se segurou também. As lágrimas passeavam pela sua face. Anny levantou a cabeça e ao ver ele chorando se abraçou a ele e os dois choraram juntos.