Fanfic:  Amor bandido ♠♣♠ Vondy [TERMINADA]

Capítulo 10

Any e Poncho se separaram do
beijo. Não se sabia quem estava mais constrangido. Poncho estava acostumado a
comprar o amor e nunca dera um beijo onde nada foi exigido em troca. Em contrapartida,
Any, que conhecia o seu coração, sabia que poderia sofrer muito se deixasse a
situação continuar. Ela sabia que Poncho não seguiria seu coração, pelo menos
no começo.

Any: Agora eu realmente devo ir.
(ela empurra Poncho  e se levanta mais uma vez)
Poncho: Eu sinto muito... vc tentou ser legal comigo e eu acabei fazendo isso.
Any: Não se preocupe. Não estou chateada por causa do beijo.
Poncho: Então?
Any: Estou chateada porque vc sabe o que deve fazer e irá seguir o caminho
errado por comodidade... e o que mais me indigna, é que vc vai fazer isso
sabendo o quanto irá sofrer.
Poncho: Any, veja bem, eu nasci rico, vivo até hoje rico. Não posso me
acostumar com a pobreza.
Any: Entendo. (ela olha para ele com aquele olhar de duplo sentido: decepção ou
tristeza?) De qualquer maneira, foi um prazer te conhecer. Ou conhecer a sua
alma, não sei.
Poncho: Eu vou te ver de novo?
Any: No que depender de mim não. Não ficarei aqui muito tempo... pelo menos
pretendo e eu já sei da sua decisão. Qualquer reencontro pode nos causar apenas
sofrimento.
Poncho: Por que está dizendo isso?
Any: Porque também tenho talento para adivinhar os sentimentos, inclusive os
meus. Adeus Poncho, e espero que seja feliz com a sua escolha... (completou o
resto da frase em pensamento) mas eu sei que vc não será e não sei porque, mas
vamos nos reencontrar independente da minha vontade.
Poncho: Até logo Any.
Dulce estava avaliando a sua situação. Sabia que Christopher não faria nada que
pudesse colocar em risco a sua liberdade, ms também sabia que seu amigo Tony
era poderoso. Apesar de estar assustada, Dulce  estava encantada com a
beleza de Poncho. Se ela o tinha achado lindo da primeira vez que o viu, agora
estava achando ele um verdadeiro deus. Ele estava lindo naquele conjunto de
jeans e camisa social. Dulce tentou afastar os seus pensamentos da beleza de
Poncho e se lembrar que ele era o homem que ela planeja colocar na cadeia, mas
a proximidade dos corpos e a maneira como ele a segurava e olhava, estava
tornando tudo muito complicado.

Dulce: Não vai fazer nada que eu
não queira? Já está fazendo, me segurando. Me solta!
Christopher: Ahhh não solto não. Sabe Dulce, acho que vc merece uma lição por
ter rido de mim naquele dia na prisão... feriu meus sentimentos sabia?
Dulce: Mas por favor, eu feri seus sentimentos? Essa é a minha função criatura
e depois vc requisitou minha presença. Achou que eu ia ouvir sua história,
soltar umas lágrimas e acreditar em vc? Por favor, não estou aonde eu estou por
acreditar em balelas. E
para vc é Srta. Savinon.
Christopher: Tá nervosinha é? Fale mais devagar meu bem... nunca pensei que eu
veria a intimidadora promotora nervosa porque está sendo prensada por um homem.
Dulce: (ficando muito irritada) Geralmente os homens é que ficam nervosos
comigo meu caro. Mas já que estou acuada por um assassino, tenho todo o direito
de ficar nervosa... ainda mais quando o assassino sabe que eu irei condená-lo.
Christopher: (começando a ficar bravo) Eu já falei que eu não matei ninguém!
Dulce: (aproveitando a vantagem) Ah não? E está sendo acusado do que mesmo? É
amigo de quem mesmo?
Christopher: Um dia vc vai entender... (ele fixa os olhos nos lábios de Dulce
que começa a se assustar novamente) mas não vai ser hoje, não vai ser agora.
Dulce: Que lindo. Pode me soltar agora?
Christopher: Não. (ele começa a aproximar os lábios do rosto de Dulce) E
acredite meu bem, vc se sentirá feliz por não soltá-la.
Dulce: Não faça o que eu estou pensando que vai fazer. (ela tenta se esquivar
nas só encontra uma parede, ficando totalmente a mercê de Christopher)
Christopher: E o que vc pode fazer para impedir? Gritar? (ele deu uma
risadinha)

Christopher respirou fundo e
começa a roçar os lábios no rosto de Dulce, delicadamente e com calma. Ele
percorre todo o rosto dela, descendo para o pescoço e voltando para os lábios,
sem chegar a beijá-la de fato. A despeito da mente que continuava a pensar com
racionalidade, o corpo de Dulce  involuntariamente começa a relaxar,
ficando um pouco mais mole nos braços de Poncho. Ele continua apenas roçando os
lábios, apertando-a contra o seu corpo, sentindo aos poucos a mudança que
operava em Dulce.
Dulce: (pensando) Droga, meu corpo simplesmente não reage... agora já sei
porque ele é requisitado pela mulherada, além de lindo sabe como deixar
qualquer uma maluca. E também é um assassino e é nisso que eu devo pensar... eu
não posso gostar disso, eu estou odiando... ele é um assassino e vc Dulce é
quem vai colocá-lo na cadeia... vc não está gostando, não está... quem vc está
querendo enganar? Vc está amando. Aproveite e depois dê uma de ofendida.
Christopher: (pensando) Uau que mulher. Se estivéssemos em outra situação, se
eu não fosse acusado de um crime ou ela não fosse a promotora que dupla nos
formaríamos... mas infelizmente a vida é assim e acho melhor eu aproveitar esta
oportunidade.
Após ver que Dulce já estava mais calma em seus braços, Christopher começa a
beijá-la com lentidão e paixão, relaxando o aperto para Dulce poder
corresponder melhor ao beijo. A mente de Dulce já não funcionava mais, ela
pensou em empurrá-lo, mas acabou simplesmente colocando as mãos no peito de
Christopher e as deixou ficar ali, enquanto correspondia ao beijo. Christopher,
retirou uma das mãos da cintura de Dulce e começou a fazer carinho em seu
pescoço, constatando com prazer que ela se arrepiava toda ao seu toque. Eles
continuaram se beijando até que ambos se afastaram com a falta de ar iminente.

Aquela pequena pausa foi o
suficiente para Dulce ísair do transe. Ela aproveitou que Christopher não a
segurava com tanta força e o empurrou com muita força, fazendo com que ele
quase caísse no chão.

Dulce: (recuperando o fôlego)
Qual é a sua? Por acaso enloqueceu?
Christopher: Ahh nem vem que não tem, vc gostou do beijo que eu sei... (ele riu
da cara de Dulce) ou vc acha que eu não conheço as reações femininas? Eu sou
bom no que eu faço.
Dulce: Tá bom gostosão... vc beija bem, tenho certeza que qualquer mulher no
meu lugar já estaria na sua cama mas... vc me agarrou contra a minha vontade.
Eu não pedi por essa situação.
Christopher: Não pediu mas gostou... vem cá, que a gente pode repetir...
Dulce: Sai pra lá. Vc se esquece quem sou eu por acaso? Nunca mais ouse se
aproximar de mim ou eu juro que te processo por danos morais e mais qualquer
coisa que venha na minha mente.
Christopher: (rindo) Sem dúvida eu te causei algum dano meu bem... mas não foi
bem moral.
Dulce: Me faz um favor? Cala a boca! (dando a volta e começando a sair dali)
Christopher: Calo sim Srta. Savinon... ou melhor Dulce . Depois desse momento,
acho que já possuímos intimidade suficiente não acha? (olhando-a com uma
expressão muito divertida)
Dulce sequer se dignou a responder a provocação. Ela simplesmente ergueu os
braços em direção ao céu, como se pedisse misericóridia.
Dulce viu Maite e Christian conversando e tomando umas cervejas. Usando todos
os seus recursos para disfarçar a ansiedade, ela foi em direção a eles,
torcendo para parecer convincente.

Dulce: Mas o que que é isso? Eu
sei que eu sou liberal e tudo, mas nem mesmo eu aprovo o incesto. Desde quando
irmãozinhos bebem juntos em festa? Vcs piraram?
Maite: Ai Dulce eu não sirvo para essas coisas... sei lá, me sinto mal em sair
beijando o primeiro que aparece, acho estranho. O único homem que eu tive foi o
meu marido.
Dulce: Tá bom santa Maite, vc eu estou tentando compreender. Mas e vc priminho
querido, que está fazendo aqui? Vai virar santo também?
Christian: Claro que não... bom, eu cantei a menina errada... ela tinha
namorado...
Dulce: Meu primo está criando consciência? Antigamente isso não te impedia...
Christian: Ei, ela me deu o fora tá?
Maite: Gente, vamos embora? Estou achando isso aqui um porre... Dulce, se vc
quiser vc pode voltar mais tarde...
Dulce: Não, essa festa tá parada... vamos embora.
Christian e Maite se olharam.
Maite: Quem é vc e o que fez com a minha prima?
Christian: Dulce... vc não é a Dulce, é um ET invadindo a terra!
Dulce: (rindo) A irônica aqui sou eu e apenas eu. Não tenho nada priminhos,
apenas não vi ninguém do meu agrado e não estou afim de ficar sozinha... algum
problema?
Maite: Claro que não, apenas estranhei... vc é tão festeira...
Dulce : Eu sei, mas essa não é a minha noite... amanhã poderá ser, quem sabe?
Christian: Então vamos embora.
Os três pedem a conta, pagam e vão embora.
Christopher saiu em direção ao bar depois que Dulce ergueu os braços e sumiu na
boate. Ele se sentou em uma mesa e a localizou conversando com Maite e
Christian. Christopher ainda estava revivendo aquele momento que teve com
Dulce. Ele era um galinha nato, nunca tinha tido um relacionamento que durasse
mais de um mês, mas tinha a sensação de que Dulce era uma pessoa boa demais
para servir apenas como mais de um dos seus casos. Ele pediu uma tequila e
bebeu, contemplando Dulce pagar a conta e sair com os outros dois. Logo após a
saída de Dulce, uma mulher se aproximou dele e começou a assediá-lo, mas ele a
dispensou. Não estava interessado em ninguém naquela noite, exceto na jovem
promotora que jurara colocar ele na cadeia.