Fanfic:  Amor bandido ♠♣♠ Vondy [TERMINADA]

Christopher ficou em silêncio
como se considerando a pergunta.
Chris: Vc tira suas conclusões rápido demais. Eu nunca estive envolvido nas
tramóias do Tony, pelo contrário.
Dul: Vc é amigo dele. Ou vai negar?
Chris: Não vou negar que o conheço. Mas isso não quer dizer que eu seja amigo
dele.
Dul: De qualquer maneira está envolvido com ele. Por que me mandou sair do
caso? Vc sabia que isso ia acontecer, não sabia?
Chris: Sabia. (ele se aproximou mais dela, que se esquivou) Todo mundo sabe que
o Tony odeia vc Dulce.
Dul: E então?
Chris: Eu nunca a odiei. Pelo contrário. (ele deu um sorriso) Mas eu sei que vc
jamais acreditaria em mim.
Pude saber isso da primeira vez que a vi. Então, tentei
dissadí-la a participar do caso, mas... foi impossível.
Dul: No que vc está metido? O que exatamente vc e Tony estão fazendo?
Chris: Ele quer te destruir. Eu estou tentando ajudá-la, mas confesso, está
ficando cada vez mais complicado.
Dul: Vc quer me ajudar? (ela riu) E quer que eu acredite nisso? Vc quer me confundir,
isso sim.
Chris: Pensei em confundí-la no início, para fazer vc sair do caso, mas não deu
certo. Agora apenas quero ajudar vc. Tem muitas coisas que vc não sabe.
Dul: Como?
Chris: (suspirou) É complicado demais... se eu lhe contar, nós dois podemos
acabar mal. É melhor vc saber que por hora está tudo bem, mas que em breve...
as coisas podem se complicar.
Dul: Mais uma frase de duplo sentido... sim, vc está apenas querendo me
confundir. (ela se moveu em direção à area de serviço assim que ouviu o barulho
da máquina parar)
Chris: Por que vc sempre pensa o pior das pessoas? (ele a seguiu e ficou
encostado na porta da área de serviço)
Dul: Porque as pessoas não são boa coisa... pelo contrário, somos piores do que
os animais mais perversos.
Chris: Bela filosofia de vida. (ele riu) Parece a minha.

Dul: Compreensível. (ela abriu a
máquina e começou a tirar as roupas)

Ao se inclinar para pegar as roupas, a toalha, que já não era muito comprida,
subiu um pouco e mostrou claramente as coxas de Dulce. Christopher a olhou sem
nenhum pudor e começou a se inquietar. Dulce era linda e possuía um corpo
incrivelmente sexy. Ele tentou se controlar, mas não conseguiu. A visão parcial
do corpo de Dulce estava lhe deixando louco. Ele se lembrou das duas vezes que
a teve nos braços. Se perguntou como seria tê-la por inteiro.

Dul: (encarando Chris e percebendo a situação) Homens... só pensam com a cabeça
de baixo... vem cá, nunca viu uma mulher nua? Faça-me o favor. (pegando as
roupas e jogando no cesto)
Chris: Já disse, já vi várias mulheres em situações semelhantes, mas nenhuma
como vc. (ele a olhou de cima abaixo mais uma vez) Mas se vc estivesse na minha
situação, também estaria se queimando por dentro... vc é provocativa demais.
Dul: O termo correto é safada. (ela lhe lançou um olhar irônico) Mas não se
anime, não estou tentando provocá-lo. Estamos assim por causa da situação... e
depois, se vc, que não é de se jogar fora, aparecesse na minha frente sem
camisa, eu não estaria nesse desespero todo.
Chris: Quer fazer o teste?
Dul: Como?
Chris: Perguntei se quer fazer o teste... quero ver se vc é tão controlada como
diz.
Dulce pensa em uma resposta mas nada lhe vem a mente. Christopher, encarando o
silêncio como consentimento, tirou a camisa e a jogou em cima da mesa da cozinha.
Ela o encarou e dessa vez foi ela quem o percorreu com o olhar de cima abaixo.
Christopher era lindo, a pele bronzeada, o corpo másculo. Ela o encarou mais
uma vez e achou melhor desviar o olhar.

Dul: (pensando) Quis brincar com o fogo Dulce... se queimou. E que queimada,
ainda por cima. (engoliu em seco)
Chris: O que foi? Não era vc aquela que não ficaria no desespero total se me
visse sem camisa?

Dul: Não estou desesperada.
(ainda de costas para ele, tentando encontrar algo para fazer na máquina)
Chris: Ah é? Deixou de me encarar por quê?
Dulce: Estou ocupada. (mexendo levemente nos cabelos molhados)
Chris: (dando dois passos e se postando atrás dela) Vc não consegue resistir...
admita.
Dul: E vc é um convencido... não sei o tipo de mulher com quem vc sai... mas
óbviamente, nunca saiu com uma mulher como eu.
Chris: Definitivamente não. Vc é única.

A proximidade dos corpos era desconcertante. Christopher estava a um centímetro
de distância. Dulce não tinha como sair dali, ele havia colocado os braços um
de cada lado impedindo qualquer meio de fuga, e na frente estava a secadora de
roupas. Dulce desejou poder beber um copo de água gelado, para se acalmar, mas
viu que seria impossível. Ela sentiu um vento em seus cabelos e se deu conta
que Christopher os estava cheirando.

Dul: Quer sair daí? (a voz fraca)
Chris: Por quê? Está tão bom aqui... (ele começou a acariciar os ombros nus,
onde a toalha não os cobria)
Dul: Vc por acaso esqueceu que eu quase te mandei para a cadeia? Vc se esqueceu
que não me conhece? O que vc quer comigo?
Chris: Muitas coisas... algumas a curto, outras a longo prazo... quanto ao fato
de vc ter sido a promotora... não sou rancoroso e sei que no fundo vc ia
lamentar muito me colocar na cadeia. (ainda acariciando os ombros e aspirando a
fragância dos cabelos)
Dulce soltou uma mistura de suspiro e bufar. Ele era convencido, mas tinha
razão. Ela ia lamentar e muito colocá-lo na cadeia. Sabia disso. E também sabia
o que Christooher queria dizer com coisas a curto prazo.
Dul: (pensando) Bom, eu não sou exatamente uma santa... e quem vc quer enganar,
vc está querendo isso desde quando?

Ele a virou e a puxou para um
beijo. As mãos percorriam todo o corpo por cima da toalha, os braços a
envolviam. Ele a prensou contra a secadora e começou a beijá-la com mais
voracidade, arrancando alguns suspiros. Ela o enlaçou e com as duas mãos
começou a percorrer todo o seu peito nu. Christopher a apertou contra o seu
corpo e Dulce soltou um gemido baixo ao sentir a pele quente do corpo dele em
contato com a sua, que estava ainda um pouco molhada. Ele começou a beijar o
pescoço dela de leve, ora dando beijos calmos, ora dando chupões intensos.
Christopher a ergueu e a colocou sentada em cima da secadora. Ele a olhou e
voltou a beijá-la nos lábios, enquanto com as mãos desfazia o nó na toalha.

Alguém estava batendo na porta desesperadamente.
Derrick: Dulce! Dulce! Pode abrir a porta por favor?
Dul: (se separou de Chris e voltou a dar um nó na toalha) Vc fica aí. (com a
respiração ofegante e o corpo tremendo)
Chris: (tentando se acalmar) Quem é?
Dul: Melhor vc não saber. Não saia daí ou hoje terei que responder um
inquérito. (ela procurou forças na voz falha e berrou) Já vou estrupício.
Chris: (rindo) Estrupício?
Dul: Sim. Trastes são o que mais aparecem na minha vida. (ela sai e vai abrir a
porta)

Christopher ficou intrigado e resolveu seguí-la. Não queria lhe causar
constrangimentos, mas queria ouvir a conversa. Ele se postou atrás da porta da
cozinha onde poderia escutar sem ser visto.

Dul: (após abrir a porta, ainda de toalha) Que vc quer heim traste?
Derrick: Dulce. Vista alguma coisa.
Dul: Como se vc não tivesse visto isso antes... o que vc quer heim? (ainda um
pouco ofegante)
Derrick: Está tudo bem com vc? (entrando e se sentando no sofá)
Dul: (pensando) Estaria bem se não fosse vc... (voltando a falar) Estou na
mesma, e pode acreditar, sua visita não melhorou nada. Que vc quer Derrick? Me
fale em entrevista e eu juro que te mato.
Derrick: Eu e a Maite brigamos. Dul: (dando de ombros) E eu com isso? Pega ela
de jeito e seja feliz.
Christopher deu uma risada baixa. Dulce era impossível.
Derrick: Brigamos por sua causa. Ela não quer mais falar comigo porque eu disse
para ela o que pensava de vc.
Dul: VC pensar é um milagre... e sim, eu sei o que vc acha ao meu respeito.
Tudo o que há de ruim nessa terra e mais um pouco.
Da cozinha Christopher franziu a testa.
Derrick: De qualquer maneira, ela se ofendeu.
Dul: A Maite é sensível Derrick... é necessário ter tato com ela. VC foi mais
beep do que o normal dizer o que acha de mim para ela. Ela já anda com remorso
por estar com vc, e vc ainda vai falar mal de mim? Depois diz que pensa...
Derrick: O que eu faço? Dulce, eu amo a Maite. Sei que eu e vc não nos damos
bem, mas eu amo ela.
Dul: Já disse o que vc faz: pega ela de jeito e seja feliz. Nem tudo se resolve
no romantismo Derrick.
Derrick: Ela não é vc... preciso pensar em algo diferente...
Dul: Sim, ela não é eu. E sei no que vc está pensando: flores, champagne,
música, palavras lindas... depois vai pegar ela de jeito. Enfim, o fim é o
mesmo.
Derrick: Vc é prepotente e convencida Dulce. Isso nunca vai mudar. (dando de
ombros)
Dul: Mas é para a prepotente e convencida que vc veio pedir conselhos
Derrick... (rindo sem parar) e não sei nem porque os dou, já que de acordo com
vc, quando terminamos: "meu orgulho seria a minha maior ruína."
Derrick: Tem razão. Acho que a conheço muito pouco Dulce..
Dul: Vc não me conhece Derrick. Por isso não damos certo. Bom, além disso vc é
um estrupício... e agora o meu encosto.
Derrick: Começou com os elogios. De qualquer maneira obrigado. (ele lhe deu um
beijo no rosto) Vou ver se me ajeito com a Maite.
Dul: Último conselho: pega ela de jeito...
Derrick: Estou pensando em seguí-lo. (ele saiu e fechou a porta)
Dul: (se voltando para a cozinha) Já pode sair atrás a porta da cozinha se
quiser.