Fanfics Brasil - Capítulo 2 - A Tempestade Chamada Aoi Memories - Primeira Temporada

Fanfic: Memories - Primeira Temporada


Capítulo: Capítulo 2 - A Tempestade Chamada Aoi

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Passaram-se semanas desde a morte de minha mãe, de certa forma ela havia levado uma parte do coração de Yohei. Mas se por um lado tudo era negativo, por outro era extremamente positivo. Ele estava sem motivos para sequer sorrir e também não era por menos, perdera a mulher que amava bem na frente de seus olhos. Sempre se culpava por não ter sido rápido para puxá-la de volta e impedir o acontecido. Depois de alguns dias, ainda deprimido voltou a pensar sobre a família Azukamori – minha família – e percebeu que Katsui o havia deixado em paz, talvez tivesse visto que já estava sofrendo bastante. Yohei voltou para cuidar de meus ferimentos, sentia-se na obrigação de garantir que eu ficasse bem. Fazia isso por Iromi e por ele mesmo, ele sentia que devia fazer isso. Eu nunca saía daquele porão, sempre permaneci trancada e já estava me acostumando á tal idéia. Katsui jamais foi até mim para conversar ou coisa parecida, apenas me mantinha lá.
Como eu havia dito antes, mesmo que tudo estivesse em uma forma negativa existia algo de positivo. Yohei que estava com uma vida vazia começara a cuidar do sobrinho, Aoi Hajitsu. Era um garoto de pele muito branca, cabelos negros e a pessoa mais otimista que qualquer outra pessoa. Ele era a salvação para a vida de Yohei que começava a cuidar dele por causa de seus pais estarem sempre viajando.
- Aoi, se comporte enquanto eu estiver fora, tudo bem? – falou andando até a porta, o garoto correu até o tio.
- Aonde vai?
- Vou à casa de Katsui, é melhor você ficar aqui.
- Katsui? – Aoi falou com expressão de nojo, mostrava grande aversão á ele desde que o conhecera, antes de tudo acontecer.
- Volto mais tarde, tudo bem?
Aoi fechou a cara.
- Por que vai lá? Ele é uma pessoa horrível de tão narcisista... – falava.
- Eu vou para cuidar da filha de... Iromi. – falava, estava superando, mas ainda era difícil lembrar-se de minha mãe. Aoi aproximou-se do tio e o abraçou.
- Isso só torna a sua superação mais difícil. Deixa-me ir também.
Yohei deu um sorriso forçado, parecia que o garoto percebia que aquela situação era ainda mais difícil para ele. Yohei precisava de apoio e Aoi, apesar de ser criança, era como correnteza que lhe levava até que arrastado para um caminho diferente na qual você estaria querendo trilhar. E tudo melhoraria se seu tio melhorasse. Quando entraram na casa já que Yohei já tinha uma cópia da chave, andavam pelo corredor vendo os porta-retratos que mais pareciam motivos de sofrimento para Yohei colocadas de propósito por meu pai. Aoi balançou a cabeça e segurou a mão do tio o encarando e fazendo sinal negativo.
- Não se afete. Não quer dar o gosto de vitória para ele. Eu sei que não quer.
- Aoi, do que está falando? – perguntava.
- Está na cara que ele te odeia e quer te ver no fundo do poço.
Yohei balançou a cabeça vendo como o sobrinho havia percebido tanto, bagunçou o cabelo do garoto.
- Fique aqui, vou ter que pegar um medicamento no carro. – falava dando as costas e saindo da casa.
O garoto olhou em volta, viu somente os retratos. Andava pelo corredor arrumando o cabelo e cantarolando “I’ll Stand By You” enquanto prestava atenção em cada porta, parou de frente á porta que ia para o porão, sentiu algo estranho e empurrou a porta. Ainda cantarolando parte da música e descia as escadas.
Eu estava deitada no chão do porão, abri os olhos e os fechei rapidamente sentindo uma luz forte ir sobre mim, virei o rosto coloquei a mão em meu braço que ainda tinha um grande machucado causado por Katsui. Ao me acostumar um pouco com a luz, vi Aoi parado na escada, havia parado de cantar e agora me encarava paralisado, não acreditava que meu pai havia me batido e me trancado ali. Sentei-me sem saber o que fazer e em um ato impulsivo levantei-me e corri para perto do armário onde era escuro e tentei me esconder. Ele tentara falar algo, mas era como se não soubesse nenhuma palavra certa, corria procurando-me até me ver encolhida ao lado de um armário antigo. Respirou fundo e andou lentamente até mim fazendo sinal para que eu ficasse parada. Sentou-se na minha frente ainda me encarando.
- Meu nome é Aoi Hajitsu... Sobrinho de Yohei. Não precisa ter medo... – falava dando um leve sorriso.
- O Katsui disse que não posso ver ninguém... O que faz aqui...?
- As coisas vão mudar um pouco. – falava.
Eu balancei a cabeça de forma negativa.
- Acho melhor você ir...
- Foi ele que te machucou? – perguntou com o tom de voz calma.
- Não... – respondi.
Ele me encarou.
- Não se preocupe, não vou contar a ninguém... – falava dando o mesmo sorriso de antes, eu olhei para o chão, ainda insegura.
- A Iromi nunca vai vir me buscar... Não é?
Aoi olhou para o lado sem saber o que fazer, ele forçou um sorriso e me abraçou encostando minha cabeça em seu ombro. Parecia perceber que não existia nada para se falar naquele momento.
- Ela era sua mãe? – perguntou tentando não ficar com a voz trêmula.
- Sim, ela era.
- Qual... É o seu nome? – perguntou ainda sentindo um nó na garganta como se pudesse sentir toda a minha dor.
- Satsuki. – respondi.
- Existem coisas ruins acontecem comigo. Eu apenas fechava os olhos e fingia não ouvir nada, se você fizer isso durante um tempo... Tudo passa.
Eu fechei os olhos o abraçando fortemente.
- Por que ela me deixou aqui? – perguntei com a voz trêmula.
- Não, ela não te deixou aqui... Ás vezes nós temos de nos sacrificar pelas pessoas que amamos, ela teve de se sacrificar por que te amava muito. Mas, ela só fez isso por que sabia que não ficaria sozinha. Nunca se esqueça disso, tudo bem? – falava ainda me encarando, de certa forma aquelas simples palavras fizeram com que meus olhos se enchessem de lágrimas, eu senti um nó na garganta. No fundo, eu sabia que Iromi não voltaria mais, segurei nas mãos de Aoi.
- Tudo bem, você já agüentou o bastante... Agora você pode chorar, gritar. O que você quiser. – disse ele me abraçando novamente, lembro que eu chorei como nunca havia chorado. Talvez fosse daquilo que eu precisasse, chorar sem medo. Tanto as palavras quanto a própria presença de Aoi tornaram-se meu principal apoio. Pelo menos até quando eu não precisasse mais deste apoio. Assim eu acabei conhecendo o melhor amigo que eu já tivera.
O tempo se passara, eu já não tinha mais meus machucados e já não vivia mais trancada no porão. Voltei para meu quarto, eu evitava a qualquer custo ver ou falar com meu próprio pai. Tanto eu quanto Aoi tínhamos 13 anos e mesmo que eu estivesse livre do porão mesmo assim eu permanecia trancada em casa, tendo somente aulas particulares. Eu superava cada vez mais rápido a morte de minha mãe, mas eu percebia um pouco do que ela sentia. Estando presa, com medo de criticar Katsui. Eu não queria ser igual á ela, eu nunca desistiria tão fácil da minha própria vida. Quando realmente me dei conta que ela havia partido, fui tomada por um inacreditável sentimento de ódio e às vezes uma sensação de inferioridade me abatia. Quem sabe se eu não existisse, ela não tivesse desistido de tudo? Realmente era muito triste ver uma criança tendo pensamentos tão pesados e obscuros. Mas, Aoi nunca me deixava ir adiante com tais pensamentos. Era como se eu estivesse olhando para baixo e á beira de um precipício e ele fosse um vento forte que me afastava dali. Mas, se eu não o tivesse talvez eu já tivesse desistido á muito tempo.
Já era de tarde, Aoi correra até o portão de casa, o pulava e ia até uma janela do corredor e entrava por ela. Ao entrar no corredor, parou para descansar. Estalava os dedos e olhava para seu lado demonstrando uma expressão de irritação.
- Você cresce depressa demais, moleque. – Katsui comentava enquanto dobrava o jornal que lia.
- Bom dia para você também. – falou lançando um olhar frio para ele.
Katsui riu.
- Pelo visto você não mudou nada. Que feia, um garoto tão exemplar e mesmo assim com tanto ódio no olhar...
- Feios não são sentimentos, mas sim as atitudes das pessoas que não possuem nenhum sentimento.
- Ora, não sabia que você era rápido nas respostas. – ia com a mão até o ombro do garoto.
- Não me encoste. – Aoi falava com um tom de voz seco.
- Você tem um gênio forte, geralmente ninguém gosta de me enfrentar.
Aoi o encarou seriamente.
- A diferença entre eu e as outras pessoas é que eu nunca abaixo a cabeça pra gente podre como você. – falava, dando as costas e andando pelo corredor até chegar á porta de meu quarto, bateu na porta e a abria.
Eu estava sentada na cama e olhando a vista da janela, o olhei entrar e se sentar ao meu lado, dei um leve sorriso e baguncei o cabelo de Aoi.
- Demorou.
- A aula demorou a acabar e ainda encontrei seu pai no corredor. – falava olhando a vista da janela também.
- Discutiu com ele de novo? Ele odeia quando você não entra pela porta da frente. – comentei.
Ele riu.
- Eu e Katsui nos odiamos, não há nada para se fazer. Ele vai ter que me agüentar.
- Não fique o confrontando, por favor. – pedi, ele olhou-me dando uma leve risada.
- Não me olhe assim, o que ele pode fazer comigo?
- Pára com isso! – falei já irritada.
- Ele não pode fazer nada comigo, ele pode ser o trovão. Mas, eu sou a tempestade.
- O trovão pode fazer mais estragos.
Aoi bagunçou o meu cabelo.
- O trovão pode fazer estragos permanentes, mas a tempestade é mais forte. Depois dela que vem o sol.
- Fico preocupada com você, tenho medo que Katsui te consiga te atingir como fez com a minha mãe e com o Yohei. – falei tentando arrumar meu cabelo.
- Ele não vai conseguir, eu vou ficar aqui por muito tempo. Não me importa o quanto você me fale mal ou me bata.
- A única tempestade daqui é você, eu sou apenas uma brisa comparada á você.
- Não se preocupe, eu sei o que faço. – ele falou tentando não me preocupar.
- Aoi.
- Sim? – falou voltando a olhar para mim.
Eu fiquei em silêncio por algum tempo.
- Por que você me protege? – perguntei.
- Assim como o meu tio protegia a sua mãe, eu também te protejo pelo mesmo motivo. Eu simplesmente não sei.
- Yohei amava a minha mãe e a protegia por que achava que era o certo a se fazer. Mas, ela cometeu suicídio... – relembrei.
- Não, ele apenas a fez feliz pelo tempo que ela ainda tinha. Iromi estava doente... Isso eu sei.
- Então, foi por piedade?
Ele balançou a cabeça.
- Não, ele a amava. Qualquer um deixaria de gostar de Iromi pelas complicações, mas se ele a deixasse então isso quer dizer que ele não a amava. Por ele nunca tê-la deixado, isso demonstrou o quanto era grande o seu sentimento. – falava.
- Yohei realmente a amava...
- Mas ele o estrago que Katsui fez foi pior.
Fiz que sim com a cabeça.
- Espero que eu não cometa suicídio. – falei brincando.
- E não vai, por que você não é Iromi. Ela não teve apoio, apenas uma válvula de escape. De qualquer forma todos seriam machucados. – comentava suspirando profundamente.
- Katsui conseguiu machucar a todos...
- Eu vou te proteger para que você não tenha o mesmo destino que Iromi.
- É uma promessa? – perguntei.
Ele fez que sim com a cabeça, eu dei um leve sorriso me sentindo cada vez mais leve sabendo que ele estaria ali me protegendo de Katsui. Porém, às vezes eu pensava que ele estaria se arriscando muito ao enfrentar meu pai. Afinal, foi Katsui que acertou o ponto fraco de Iromi. E se ele descobrisse o ponto fraco de Aoi? Como ele protegia-me, comecei a pensar seriamente se por acaso eu seria um dos pontos fracos dele como aconteceu com a minha mãe. E mesmo que ele conseguisse me proteger, eu estaria sendo ingrata demais se apenas ele se sacrificasse. Era assim que eu pensava, mas tudo estaria bem desde que ele estivesse ali.
Aoi sempre dizia que era como uma tempestade, algo realmente forte e que poderia mudar tudo, remexer tudo que estaria de pé. Era a única pessoa que enfrentava meu pai sem pensar nas conseqüências e era exatamente isso que me deixava preocupada. Katsui gostava de descobrir o ponto fraco das pessoas para poder atingi-las de forma completa e fatal, eu odiaria se ele descobrisse o de Aoi. E assim que era a minha vida, composta somente de observá-lo me proteger. Meu mundo girava em torno dele, era meu apoio e o que me mantinha de pé.
Ele estava voltando do colégio, arrumava seus cabelos negros enquanto andava rapidamente até minha casa com o mesmo meio sorriso que sempre tinha no rosto. Na metade do caminho parou de repente e olhou o hospital em que Yohei trabalhava, encarou e conseguiu ver o tio sentado em um banco na frente do hospital. Correu até ele, sentando-se ao lado do tio.
- Yohei!
- Não me assuste desse jeito, Aoi... Está indo ver a Satsuki? – perguntava olhando o sobrinho.
- Sim, claro. Que bom que eu te achei, tinha algo para te perguntar.
- E o que é? – falava enquanto encarava a porta do hospital.
- Qual o principal motivo que te fez proteger a Iromi? Desculpe, sei que não gosta de falar dela... – falava encarando o céu.
Ele riu.
- Por que olha pro céu, Aoi?
- O que isso tem haver?!
- Responda. – falava.
- Ah, bem... Por que eu gosto de olhar, não sei. Que pergunta!
- É exatamente esse o motivo.
Aoi o olhou sem entender.
- Por que você gosta do céu?
- Não. É exatamente por que eu não sei, é automático. – explicava.
- Yohei... Foi tudo culpa do Katsui. Você não me conta, mas eu sei.
- Ele sempre me detestou e outra coisa que ele detesta é ser enganado. E querendo que alguém pagasse o preço, fez Iromi “pagar”. No fundo, acho que ele saberia o que viria a acontecer... – falava com um nó na garganta, parecia que só de lembrar seu coração já doía.
- Ele é injusto e cruel, sempre vou odiá-lo. Sempre.
- Não odeie, você é jovem demais pra isso.
- Ele fez com que Iromi se sentisse tão oprimida a ponto de cometer suicídio. Não vou deixar que ele faça o mesmo com Satsuki! – falava olhando o tio.
- Você sabe pelo menos o motivo para querer protegê-la?
- A única coisa que você pode fazer é o que acha ser certo. E eu acho que é certo lutar pelas pessoas que eu acho que valem a pena. – explicava, levantava-se agora se espreguiçando.
Yohei o encarou seriamente.
- Você está em uma corda bamba, não vale à pena.
- O que está dizendo?
- Não está querendo protegê-la. Está obcecado em protegê-la, como se esse fosse o seu principal objetivo, Aoi.
- Não estou entendendo, quer que eu pare de protegê-la? – o olhava intrigado.
- Eu amei Iromi com todas as minhas forças e esse sentimento se transformou na minha fraqueza. A partir do momento em que não sabemos mais viver sem algo... Seja um amor, a força ou de proteger uma pessoa. Aí que seremos destruídos.
- Quer dizer que a Satsuki é meu ponto fraco... Assim como a Iromi era a sua fraqueza?
- Me escute, precisa pensar direito. Está tão obcecado em protegê-la que não vê que ela poderá ficar dependente de você.
O garoto o olhou com estranheza.
- Não serei destruído por aquilo que acho ser certo e se a pessoa que protejo vier a ser o meu ponto fraco... Então que seja, eu nunca desistirei dela. Esse é o único objetivo de minha jornada. E se eu for destruído, que assim seja.
Aoi deixara o tio ali e enquanto andava pensava nas palavras dele. E se Katsui realmente soubesse de seu ponto fraco? Ele balançou a cabeça tentando não pensar no pior. Andou mais um pouco chegando até á minha casa, parou e olhou fixamente para a porta. Ela estava completamente aberta, ele suspirou fundo e procurou ter pensamentos positivos. Desta vez entrava pela porta da frente, quando entrara na casa olhou para o lado e viu um porta-retrato quebrado, sentiu um nó na garganta e olhou para o final do corredor. Largara a mochila ali mesmo e correra até meu quarto, abria a porta rapidamente. Eu não estava lá e para o desespero de Aoi tudo estava remexido, ele olhou em volta do quarto e sentindo o sangue ferver correra para a sala onde Katsui estava sentado no sofá lendo seu jornal como sempre fazia. Ficava na frente de meu pai e fechando os punhos o encarava com uma cara fechada.
- Onde ela está?
- Bom dia para você, Aoi. – falava abaixando o jornal.
- Onde ela está? Não vou perguntar de novo. Fala.
- Sabe, Aoi... Mesmo eu não gostando do seu gênio forte e irritante, uma coisa eu tenho de confessar. Você é realmente uma pessoa divertida... Falando “onde ela está? Onde?” parece até uma cena de anos atrás. Pena que eu não lembro quem que falara isso para mim... Ah! Lembrei. Era a Iromi. – falava com um sorriso sarcástico.
- Seu desgraçado, você pode afetar Yohei e ter afetado á Iromi... Mas, você está se esquecendo de uma coisa. Eu não sou nenhum deles e se por acaso eu ver um só arranhão em Satsuki... – falava com tom seco.
- Vai o quê? Poso fazer o que bem entendo, ela é minha filha.
Aoi deu uma leve risada, andara até um armário e tirara dele um taco de beisebol.
- Yohei me contou que você é narcisista e ama seus bens materiais não é? Bem, então vou fazer com os seus bens o que você fez com Satsuki. – batia o taco contra o mesmo armário.
- Pare já com isso! – Katsui levantava-se assustado.
- Me diga onde Satsuki está!
- Quer mesmo protegê-la a qualquer custo, não é? Mas se esqueceu que não está e nem ficará todo o tempo aqui e eu sim.
- O que quer dizer?
- Tenho um trato a fazer. Se aceitar, eu irei embora e nunca mais verei e nem encostarei-me a ela. Satsuki viverá bem, morará com um tio.
Aoi ficara quieto.
- Quais são as condições...?
- Desista dela e vá embora. Não poderá vê-la, nem falar com ela. Esta é a única condição.
O destino fora muito engraçado, Iromi cometeu suicídio quando Katsui tocou em seu ponto fraco, que era o sofrimento das pessoas que amava. E com Aoi não seria diferente, ele apenas olhou para meu pai ainda com tristeza nos olhos e fez que sim com a cabeça, ele iria embora desde que eu ficasse livre.
Eu estava novamente jogada no porão, deitada e tentando não me lembrar da época que havia passado ali, senti uma forte dor de cabeça e abri os olhos, ouvi os passos de alguém, olhei ao lado e vi que era Katsui. Procurei conter o pânico, tampei meus olhos com as mãos esperando que ele me batesse, mas ele simplesmente sentou-se ao meu lado.
- Satsuki, eu vou embora e nunca mais vou voltar. Mas, Aoi também vai embora para nunca mais te ver. Ele te abandonou. – falou em tom baixo em meu ouvido e logo depois se levantou com o mesmo sorriso sarcástico e jogou a chave da casa sobre mim.
Fiquei ali intacta, as palavras dele ecoaram em minha mente como uma lembrança vaga. Senti tudo ficar tão pesado, lágrimas caíam sem parar e eu nem sequer conseguia me sentar, apenas me arrastei e abaixei a cabeça soluçando de tanto chorar, o sentimento de abandono tomara conta de mim como nada. Quis gritar com todas as minhas forças o nome de Aoi, mas tudo que conseguia fazer era chorar. Coloquei as mãos sobre minha cabeça e desejei como nunca havia desejado que aquilo fosse apenas um pesadelo. Eu não podia e nem queria acreditar. Pareciam que haviam levado uma parte de mim, parecia que meu olhar perdera completamente o brilho. Ele era como um irmão que eu nunca tive, foi o meu melhor amigo e também a única pessoa que me restava.
A minha tempestade, o que mexeu com a minha realidade e me retirou do mundo em que Katsui criara. Com o Aoi não havia medo, pesadelos. Meu mundo era ele, como eu poderia seguir em frente? Quem que seria meu apoio? Quem seria a pessoa que eu sempre esperaria? Eu saberia seguir em frente? Eram perguntas que eu não sabia as respostas. Eu só conhecia as dores e sofrimentos que o mundo em que Katsui vivia me mostrava, mas e quanto ao resto? Ao “lado de fora” de casa?
Bem, essas apenas eu descobriria cedo ou tarde.



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Autor(a): akaisora

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • julieta Postado em 18/10/2010 - 16:40:40

    mah *--*
    iéeo kkk
    vo começar a ler sua web cara, só de voce me contar, fikei curiosa pra saber como termina *--* 0mg.. te amo meninah, e ah faz a 2 temporada XD/caleyme

  • miihlokaa Postado em 09/10/2010 - 19:50:37

    Éeee

  • maurianerbd100 Postado em 09/10/2010 - 19:49:42

    Aumenta a letraaa dos capíiituloos..

  • miihlokaa Postado em 09/10/2010 - 19:39:52

    Essa web é japonesa? *-*

  • maurianerbd100 Postado em 09/10/2010 - 19:38:25

    Nooossa,que louko a introduçãooo...nome esquisiitoos..


    Bom,vamos ver né.


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