Fanfic: Pantanal

Paraná – Cam mostra capangas armados indo em direção dos sem terras. Gil e seu filho Chico estão mais a frente liderando os sem terras que lutam por um pedaço de terra pra viverem.

Capanga – O Coronel pediu pra retirar o cêis daqui pq essas terra são dele.

Gil – Só passando por cima do nosso cadáver. Essas terras estavam inutilizadas, nóis só queremo um pedaço de terra pra planta e vive com nossas família.

Capanga – Então eu vo te que tira o cêis a força mesmo (apontando uma arma pra Gil).

Chico dispara sua arma contra o filho do coronel que estava junto dos capanga e o capanga dispara a arma e Chico desesperado pula na frente do pai tomando o tiro em seu lugar.

Gil – Nãããããããããããooooooooooooo!!!!

Chico cai morto no chão.

Gil – Seu disgraçado, vc me paga.

Começa ali um tiroteio entre os sem terras e os capangas do coronel. Depois de algum tempo os capangas partes em retirada. Enquanto isso em uma fazenda no Pantanal aparece vemos seu Joventino andando de cavalo com seu filho José Leôncio.

Joventino – Está chegando o tempo em que teremos que nos separar, vc já está preparado pra administrar a fazendo sozinho.

José Leôncio – Não pai, a gente nunca vai se separar, eu não quero administrar a fazenda sozinho nunca. Preciso do senhor aqui comigo.

Joventino – Larga de ser bobo, seu pai já está velho, não serei eterno aqui. Agora vamos pra casa.

Os dois saem cavalgando até a casa da fazenda.

Joventino – Ocê vai entrando que eu vou caçar uma paca pro jantar e volto mais tarde.

José Leôncio – Deixa ei ir com ocê então pai.

Joventino – Ocê faiz o que eu to mandando e não discute comigo muleque.

Joventino sai com seu cavalo e a espingarda nas costas, depois desse dia nunca mais retorna pra fazenda. No Paraná, Maria chega correndo depois de ter ouvido os tiros. Pro seu desespero vê seu marido Gil chorando em cima do corpo do filho.

Maria – Chico, Chico, o que aconteceu com nosso fio Gil? O que? (se debruçando sobre o cadáver e chorando).

Gil – Ele se sacrificou por mim muié, ele entrou na frente do tiro que era pra mim, eu nunca vou me perdoa por isso.

3 dias depois:

José Leôncio e os peões Tião e Quim estão procurando na mata por Joventino.

Tião – Uma onça deve ter pegado o seu Joventino patrão.

José Leôncio – Ora, meu pai tava com uma arma, mesmo que isso tivesse acontecido teríamos encontrado a arma.

Quim – E se ele foi engolido por uma jibóia com a arma e tudo?

José Leôncio – Não, algo me diz que meu pai está vivo, eu sinto isso.

Tião – Mas patrão, não é melhor a gente retorna pra fazenda agora? Já ta escurecendo!

José Leôncio – Ta certo Tião, ta certo, vamo vorta então mas amanhã a gente retoma as buscas.

Os três voltam pra fazenda. No Paraná, Maria estava triste de pé com a cabeça encostada na porta e Gil sentado na porta de casa.

Gil – Fiquei sabendo que tem umas terras sem dono lá no Pantanal Maria, eu tava pensando da gente ir pra lá e recomeçar a nossa vida lá, o que vc acha?

Maria – Por mim! Minha vida perdeu o sentido depois da morte do nosso fio.

Cam mostra uma chalana (barco pantaneiro) atravessando o rio Taquari no Pantanal. Dentro da chalana estão Gil e Maria Marruá. O casal desce em um local e entram mata a dentro procurando um lugar pra viver.

Gil – É aqui Maria, é aqui que nóis vamo recontrui a nossa vida.

Maria – Mas será que num tem dono mesmo essas terra?

Gil – Tem nada, quem haveria de ter terra no meio da floresta, vou construi nossa casinha bem aqui, o ponto é bom, num fica nem muito afastado do rio e nem muito perto por causa das enchentes.

Na fazenda de José Leôncio aparece um comprador de gado.

Rafael – Boa tarde, gostaria de falar com o senhor José Leôncio.

Quim – O senhor espere um pouco que eu vou chamar o patrão.

Minutos depois José Leôncio aparece na varanda da casa.

José Leôncio – Tarde!

Rafael – Boa tarde!

José Leôncio – Em que posso ajudar?

Rafael – Vim ver se o senhor não quer me vender algumas cabeças de gados?

José Leôncio – Arra, vamo entrando então e a gente negocia lá dentro.

Os dois entram e José Leôncio vai chamando a Filó.

José Leôncio – Filóóóó, o Filó!

Filó aparecendo apressada – Chamo seu Zé Leôncio?

José Leôncio – Sim Filó, vc traga por favor um cafezinho aqui pro senhor???

Rafael – Rafael, me chamo Rafael.

José Leôncio – Traga um café pro señor Rafael por favor!

Filó – Sim senhor, é pra já.

Filó sai pra buscar o café.

José Leôncio – Então me diga, quantas cabeças de gado o doutor pretende comprar?

Rafael – 200, 200 cabeça de gado.

José Leôncio – E de que forma pretende pagar?

Rafael – Em cheque.

Os dois continuam conversando. Dias depois os gados são levados pelo comprador que era do Rio de Janeiro. José Leôncio vai ao banco descontar o cheque.

Moça do caixa – Senhor, esse cheque não tem fundo.

José Leôncio – Como assim não tem fundo?

Moça – Não tem saldo senhor.

José Leôncio – Eu sei o que quer dizer cheque sem fundo sua imbecil, só que o cara me garantiu que tinha dinheiro pra pagar as cabeças de gado.

Moça – Sinto muito senhor, mas acho que o senhor foi enganado.

José Leôncio – Ah mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo!

FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO