Fanfic: Pantanal

Cam mostra Alcides observando enquanto a chalana com dona Maria some na extensão do rio. Ele pensa em tudo que eles passaram juntos.

Alcides – Ela não merece viver dessa forma, eu preciso fazer alguma coisa pra dar um conforto pra ela e mais do que nunca acabar com a vida do mardito do marido dela!

Zaqueu e Filó continuam se estranhando na cozinha.

Zaqueu – Não é possível dona Filó, eu só quero lhe ajudar aqui.

Filó – Não carece de ajuda não viu, se quisé me ajuda, sai da minha cozinha e me deixa trabalhar em paz.

Zaqueu sai inconformado. Tenório começa a entrar em atrito com Zuleika e os filhos que exigem um mínimo de conforto.

Robson – O pai precisa comprar um microondas, uma máquina de lavar roupas, uma TV, vivemos aqui na idade da pedra, e a mãe ta se acabando aqui com o serviço de casa.

Tenório – A Bruaca não se queixava, eu não vo gasta dinheiro com essas bobeiras não.

Zuleika fica inconformada com as atitudes do marido.

Zuleika – Meu Deus, as vezes eu penso que não conhecia o homem com quem vivi tantos anos da minha vida.

No meio da madrugada Marcelo troca de quarto e passa a noite com Anny.

Anny – Que bom ter vc aqui comigo.

Marcelo – Eu te amo Anny!

Os dois se beijam apaixonadamente. Tenório reclama com Zuleika e diz que o casamento dos dois esfriou depois que ela foi pro Pantanal.

Tenório – Ocê parece que não me quer mais, o nosso casamento não é mais a mesma coisa depois que ocê veio aqui pro Pantanal.

Maria – Me desculpa Tenório, eu te peço um tempo pra me adptar a essa vida, a presença da sua mulher ainda é muito forte aqui dentro dessa casa, parece que ela está em cada canto dessa casa.

Tenório – Eu acho isso uma tremenda duma besteira mas eu te dou um tempo, mas não demora muito pq eu to me cansando, agora vamo larga de prosa e vamo dormi já que é a única coisa pra se fazer aqui nessa cama.

Tenório vira pro lado e dorme enquanto Zuleika não consegue dormir pernsando em como Tenório era diferente quando se convive todos os dias com ele. Dulce conversa com o Velho do Rio.

Dulce – A dona Filó veio aqui na minha casa Véio.

Velho Joventino – E o que ela queria?

Dulce – Veio tenta me convence a volta lá pra fazenda e a volta pro Ucker.

Velho – E o que ocê disse?

Dulce – Eu disse que eu não volto pra lá, mas eu to morrendo de saudade do meu amor, eu to morrendo de saudade do Ucker, eu ainda amo ele Véio.

Dulce chora.

Velho – Então volta pra ele, perdoa ele e para de sofrer. Ele tb sofre com sua ausência.

Dulce fica pensativa. No meio da noite Zé Leôncio ouve o som de um berrante e acorda.

Zé Leôncio – Filó, vc ta ouvindo?

Filó – Ouvindo o que Zé?

Zé Leôncio – Alguém tocando um berrante, parece até meu pai Joventino Filó, é o mesmo som de quando meu pai tocava o berrante, será que é ele Filó?

Filó – O Zé, seu pai morreu Zé, para com isso.

Zé Leôncio – Mas e esse tal de Véio do Rio que todo já viu e que fala que é meu pai, se for ele pq ele não aparece pra mim Filó? Pq?

Filó – Pq não é seu pai Zé, é alguém muito parecido, mas não é seu pai, seu pai morreu Zé, para de sofrer com isso.

Zé Leôncio – Ta certo. Vamo vorta a dormi.

Ele vira pro lado, mas não consegue dormir, fica só pensando no pai. Alcides vai com may até a cabana da Dulce.

Alcides – Ocêis de novo aqui?

May – O Alcides veio lhe pedi um favor Dulce.

Dulce – Que favor?

Alcides – Que ocê de abrigo a dona Maria aqui na sua cabana.

Dulce – A mulher do mardito?

Alcides – É Dulce, ela é uma mulher boa e ele colocou ela pra fora de casa e trouxe a outra mulher dele e os filhos pra morar lá na fazenda dele. Ela não merece passar por tudo isso que está passando, ela ta vivendo na chalana por não ter pra onde ir.

Dulce desconfiada – Eu não to gostando muito dessa história não.

May – Pensa bem Dulce, a mulher dele tando aqui na sua cabana é uma isca pra ele vir aqui e o Alcides acaba com a vida do mardito!

Dulce decide aceitar que Maria Bruaca fique com ela lá na cabana dela.

FIM DO CAPÍTULO 119