Fanfic: Pantanal

Cam mostra uma visão aérea do Pantanal Mato-grossense e suas terras alagadas. Cabana de Gil e Maria no meio da mata. Eles estão saindo da cabana e indo em direção ao rio. Gil olha pro rio e diz:

Gil – Olhe a beleza desse lugar Maria, essa natureza, essa paz!!!

Maria – É mesmo Gil, parece até um sonho esse lugar.

Gil olhando malicioso pra Maria – E ocê fica até mais bonita no meio de toda essa natureza aqui (acariciando seus cabelos).

Maria saindo das investidas do marido – Me deixe Gil, me deixe.

Gil – Diacho, mas o que houve que desde que chegamos aqui vc ta me evitando? A gente nunca mais trocamos caricias Maria!

Maria – Eu num quero, num quero mais...

Gil – Mas ocê é minha mulher pocha, não quer pq?

Maria – Pq não (chorando), pq eu não quero ficar enbuchada de novo, pq eu não quero perder mais um filho como nóis perdemo o nosso Chico.

Gil – Mas isso não vai acontecer mais Maria, aqui nóis tamo longe de tudo e de todos, vamo se feliz aqui.

Maria – Me deixa Gil, me deixa que eu não quero e se ocê insisti eu viro onça!

Gil triste – Mas o que eu faço então? Eu sou homem!

Maria – Procura uma índia.

Maria sai andando brava em direção da cabana.

Gil – Diacho, onde eu vo arrumá uma índia aqui?

Na fazenda. José Leôncio chega muito bravo.

José Leôncio – Filóóóóó, Filóóóóó.

Filó apressada – O que foi seu Zé Leôncio?

José Leôncio – Arruma minhas malas Filó, arruma minhas malas que eu vou pro Rio de Janeiro atrás do disgramado que compro meus gado e me passo um cheque sem fundo.

Filó – Rio de Janeiro patrão? Mas o senhor vai como pra lá?

José Leôncio – De avião ué.

Filó – De avião? Mas num é perigoso?

José Leôncio – Deixa de se besta e arruma logo minhas malas.

Filó – Sim senhor.

Horas depois eles estão na porta da casa da fazenda vendo seu José Leôncio partir pro Rio de Janeiro. Filó estava aflita.

Filó – Aí minha nossa senhora, protege o seu Zé Leôncio, por favor!

Tião olha pra Filó e diz:

Tião – Filó, vc é apaixonada pelo patrão num é não?

Filó – Larga a mão de falar besteira e vai cuidar do seu serviço vai, e me deixa em paz Tião, me deixa em paz.

Quim rindo da situação – Hihihi, ela ficou brava.

Tião – Mas que gosta, gosta.

Cam foca Maria Marruá tomando banho de rio nua. Gil estava observando de longe e vai se aproximando lentamente da mulher até que ela percebe e fica brava cobrindo os seios.

Maria – Nem se atreva a se aproximar mais.

Gil – Mas Maria.

Maria – Some daqui Gil.

Gil esbravejando – Diacho.

Gil sai e volta pra cabana.

Cam mostra o avião que levava José Leôncio pousando no aeroporto do Rio de Janeiro. Depois vemos ele no galpão do aeroporto com as malas. Um taxista golpista que estava por perto vai ao seu encontro planejando dar o golpe nele.

Taxista – O senhor precisa de um táxi?

José Leôncio – Sim, preciso que me leve até esse lugar.

Mostra um papel com um endereço, o taxista olha e fala.

Taxista – E o senhor tem dinheiro pra pagar a passagem?

José Leôncio tira dinheiro da carteira e diz:

José Leôncio – Eu tenho dinheiro pra limpar a bunda com ele se eu quiser.

Taxista de olho gordo na grana dele – Então vamos logo que eu levo o senhor até esse endereço.

No táxi o taxista puxa conversa com José Leôncio.

Taxista – O senhor já conhece o Rio de Janeiro?

José Leôncio – Não, essa é a primeira vez que venho aqui.

Taxista – Se o senhor quiser depois eu posso levar o senhor pra conhecer a cidade, tem um cabaré muito animado tenho certeza de que vai gostar de lá.

José Leôncio – Pode ser!

Chegando no local indicado por José Leôncio ele entra furioso falar com o golpista que tinha lhe dado um cheque sem fundos.

Rafael – O senhor aqui? O que quer?

José Leôncio pega Rafael pelo colarinho.

José Leôncio – Ocê acha que eu sou trocha? Me pago com cheque sem fundos, ou ocê me paga agora com dinheiro vivo ou eu acabo com a sua raça!

Rafael – Calma senhor José Leôncio, calma, deve ter havido algum engano.

José Leôncio – Num quero nem sabe, eu quero meu dinheiro e é agora.

Rafel – Ok, ok eu vou pegar.

Rafael abre o cofre e tira a grana depois paga José Leôncio, ele confere a grana e depois sai.

José Leôncio – Ocê nunca mais me apareça na fazenda seu charlatão. Quer comprar gado vai comprar de outro pq eu não sou troucha não.

No Pantanal Gil estava sentado na porta da casa desanimado quando Maria chega gritando assustada.

Maria – Gil, uma onça Gil, tinha uma onça perto do rio Gil.

Gil – Cadê? Não to vendo nada.

Maria – Vem pra dentro Gil a onça vem vindo aí!

Gil – Eu não me importo.

Gil sai andando em direção ao rio.

Maria – Gil volta aqui, a onça vai pegar vc Gil!!! Diacho.

O taxista leva José Leôncio num cabaré. Ele fica fascinado com as mulheres que lá estavam. Em uma das mesas estava Gustavo, Madeleine e sua irmã Irma. Madeleine fica encantada com o peão.

Madeleine – Olhe Irma aquele peão. Nossa muito bonito, eu acho que vou lá falar com ele.

Irma – Madeleine mas vc nem o conhece!

Madeleine – Não o conheço mas posso conhece-lo, vou lá falar com ele.

Madeleine se levanta e vai até a mesa de José Leôncio. Gustavo comenta com Irma.

Gustavo – Sua irmã não tem jeito mesmo hein Irma.

Irma – Vc gosta dela não é Gustavo?

Gustavo – Acho que pra vc eu posso confessar né Irma, sim eu sempre fui apaixonado pela sua irmã mas ela nunca se quer me olhou...

Na mesa de José Leôncio.

Madeleine – Posso lhe fazer companhia?

José Leôncio – Claro que pode.

Madeleine – Vc não é daqui né?

José Leôncio – Não, eu tenho uma fazenda no Pantanal.

Madeleine – Pantanal, meu Deus e o que faz aqui no Rio?

José Leôncio – Vim cobrar um pilantra que quis me passar a perna.

Os dois conversam a noite toda. Madeleine estava encantada com o pião rude e ele com seu jeito meigo e perfumosa.

FIM DO SEGUNDO CAPÍTULO