Fanfic: Pantanal

Cam mostra Poncho e Chris a cavalo indo pra Capital recuperar o dinheiro dos gados que venderam e receberam calote. José Leôncio acorda e sente a falta do filho e do peão.

Leôncio – Cadê o Poncho e o Chris?

Filó – Saíram logo cedo.

Leôncio – Diacho, saíram pra onde?

Filó – Eles foram a cavalo pra capital recuperar o seu dinheiro na venda dos gado.

Leôncio – Pelo amor de Deus, e eles vão recuperar esse dinheiro de que forma? A base da força? Eles vão é acabar sendo preso.

Filó – O Poncho aprendeu com o pai, ou ocê se esqueceu de quando ocê foi no Rio de Janeiro cobrar o cheque sem fundos que ocê recebeu pela venda dos gados?

Leôncio – E como eu posso esquece disso? Foi a pior viagem que me aconteceu, pois conheci uma pessoa errada na minha vida.

Filó – Uma pessoa errada que lhe trouxe um fio.

Leôncio – Um fio todo esquisito, florzinha.

Filó – Ara Zé, para de falar bestera.

Filó sai pra cozinha. Cam mostra Poncho e Chris entrando no escritório do frigorífico pra cobrar pelo dinheiro do gado.

Carlos – O que vcs fazem aqui de novo?

Poncho – Viemos aqui pq ocê é um sem vergonha, um pilantra.

Chris – Ou ocê paga o patrãozinho com dinheiro vivo ou...

Carlos – Ou o que? Vcs vão me bater é isso? Olha que eu posso chamar a polícia!

Poncho pega Carlos pelo colarinho.

Poncho – Pois então chama.

Carlos assustado – Calma, calma, eu pago ocêis.

Carlos paga em dinheiro. Poncho e Chris saem e vão até o banco depositar o dinheiro. No Rio de Janeiro Ucker vai na casa de Gustavo enquanto isso Madeleine fala que a Dulce vai ter que voltar pro Pantanal e sozinha.

Madeleine – Dulce eu vou arrumar suas coisas e vou te embarcar no avião de volta pro Pantanal.

Dulce – Mas e o Ucker?

Madeleine – O Ucker tem a vida dele aqui no Rio de Janeiro, ele não pode ficar perdido lá numa cabana no meio do Pantanal.

Dulce faz uma cara de que não gostou muito. Na casa de Gustavo.

Gustavo – A que devo a honra da sua visita aqui.

Ucker – Eu queria conversar com vc pode ser?

Gustavo – Claro.

Ucker – Pq vc foi buscar minha mãe lá no Pantanal e trouxe ela de volta pra cá?

Gustavo – Pq ela me escreveu e disse que estava infeliz que era pra eu buscar ela, eu era apaixonado pela sua mãe.

Ucker – E pq vc não ficou com ela então.

Gustavo – Pq sua mãe não quis, na verdade sua mãe nunca se esqueceu de seu pai.

Ucker – Gustavo eu vou voltar pro Pantanal com a Dulce.

Gustavo – Vc está apaixonado por ela né?

Ucker – Completamente.

Gustavo – Desejo que vc seja feliz com ela!

Os dois se abraçam, essa era a primeira conversa amigável que eles tinham. Ucker volta pra casa e vê que Dulce estava com as malas arrumadas pronta pra ir embora.

Ucker – O que é isso?

Dulce triste – Sua mãe disse que eu vou ter que ir embora e que vc deve ficar aqui, que aqui é seu lugar.

Ucker – Não acredito que minha mãe fez isso!!! Eu vou voltar com vc pro Pantanal.

Dulce sorri feliz, ele deixa um bilhete pra mãe e os dois vão embora. Ao chegar no Pantanal Ucker e Dulce são recebidos com alegria por José Leôncio.

Leôncio – Seja bem vindo meu fio, fico feliz que tenha voltado.

Ucker – Queria poder dizer o mesmo meu pai.

Leôncio – Mas vamo entrando.

Ucker – Eu não vim pra morar com o senhor não meu pai, eu vim pra morar com a Dulce lá na cabana dela.

Leôncio – Mas pq isso? Ocêis podiam ficar aqui a fazenda, tem mais conforto.

Ucker – Eu não to procurando conforto, eu só quero ficar ao lado da pessoa que eu amo.

Leôncio triste – Tudo bem então.

May vê a Dulce e corre abraça-la.

Dulce – Muda como ocê ta?

Dulce assusta ao ver May falando.

May – Eu não to mais muda não.

Dulce – Mas como isso aconteceu?

May conta toda a história que inventou pra Dulce. Dulce ouve desconfiada.

May – Eu quero ir embora pra cabana com ocêis.

Dulce – Então vamo.

May estava fugindo das investidas de Levi sobre ela. Ela se sentia atraída por Levi mas não podia deixar Chris saber disso. Ela tinha apenas um carinho de irmão por Chris. Anny fica sabendo que Ucker voltou com Dulce, mas fica pasma ao saber que ele voltou pra morar com ela na cabana. Na cabana de Dulce aparece o Velho do rio. Ucker conversa com ele.

Ucker – Sabia que vc se parece com alguém que eu conheço?

Velho – Ah é? Com quem?

Ucker – Com meu pai! Será que vc não é meu avô Juventino que desapareceu a muito tempo no Pantanal.

Velho – Podia ser!

Ucker – Podia ser?

Velho – Sim, eu sou véio, podia ser seu avô, se seu avô não tivesse morrido  picado por uma boca de cobra.

Ucker – Quer dizer que meu avô morreu?

Velho – É o que eu to lhe dizendo.

Na fazenda a noite Poncho e Chris já tinham voltado da capital. Chris e o peão Trindade estavam cantando e tocando viola e após terminar uma música Leôncio fala:

Leôncio – Canta aquela que meu pai gostava!?

Chris – Cavalo Preto?

Leôncio – Isso essa mesmo!

Trindade – Antes eu queria dizer uma coisa seu José Leôncio.

Leôncio – Hora, então fale!

Trindade pensa um pouco.

Chris – Pode falar Trindade.

Trindade – É que como eu disse eu tive o Véio do Rio nas minhas mãos entre a vida e a morte né.

Leôncio – Sim, mas o que tem isso?

Trindade – Então é que eu achei ele muito parecido com o senhor, daí eu fiquei pensando que talvez ele pudesse ser o pai do senhor que desapareceu, o seu Joventino.

Leôncio intrigado – Ara, isso é impossível, se fosse mesmo meu pai pq ele não voltou mais pra casa? A gente era tão grudado um no outro, pq ele não voltaria pra casa?

Trindade – Isso eu já não sei.

Chris – Deve de ser besteira isso, vamo canta Cavalo Preto Trindade.

Os dois continuam a cantoria e José Leôncio fica pensando no que Trindade lhe falou.

FIM CAPÍTULO 34