Fanfic: The Hard Way To Learn A Lesson

"Vamos, vamos!" eu exclamei para minha caminhonete enquanto eu dirigia para a escola.

Chegar atrasada no primeiro dia após as férias de primavera não era uma boa coisa, se eu pretendia manter meu recorde perfeito. Eu sabia que minhas notas excelentes e comparecimento impecável provavelmente eram os motivos da minha falta de popularidade. Eu não ligava muito que as pessoas dissessem coisas desagradáveis sobre mim, tanto nas minhas costas quanto diretamente para mim, mas era um pouco chato não ter ninguém para ficar comigo. Ou até mesmo só para conversar civilizadamente comigo.

Eu sabia que haveria uma aluna nova a partir de hoje, mas não tinha grandes esperanças sobre ela. Ela estava relacionada com Christopher uckerman, isso já era suficiente.

Christopher uckerman era o rebelde da escola, o garoto mau. Ele também era o homem mais sexy do mundo, aquele pelo qual as garotas fariam qualquer coisa... menos eu. Seus impressionantes olhos pretos, cabelo castanho  e músculos definidos não tinham efeito sobre mim. Claro, ele era lindo e eu não tinha medo de admitir isso, mas você nunca deve julgar um livro pela capa, e eu sabia o que estava por trás daquela aparência impecável: um jogador. Mas eu parecia ser a única garota da Forks High School que realmente enxergava isso. Ou a única que se importava.

Até que era bom eu odiá-lo, já que ele me odiava. Já havia feito várias coisas comigo, uma delas apenas dois dias antes de nós entrarmos de férias.

Suspirei ao estacionar a caminhonete; mais um dia ordinário. As vagas não eram reservadas, mas eu estacionava naquele mesmo lugar desde que eu havia começado a estudar lá. Provavelmente porque era o espaço mais distante dos alunos que eram alguém.

Peguei minha bolsa e saí do carro, começando a correr para fugir da chuva, realmente presente em Forks.

Cheguei ao meu lugar no exato momento que o sinal tocou. Ufa.

Abri minha mochila, peguei o meu exemplar de `O Morro dos Ventos Uivantes`, e comecei a ler de onde eu havia parado no dia anterior.

Alguns minutos depois de mim, a Sra. Connell chegou à sala.

"Gente, acalmem-se por favor."

Não houve mudança na quantidade de barulho. A professora, então, respirou fundo e gritou:

"Calem a boca!"

A classe ficou em silêncio.

"Obrigada." disse a Sra. Connell.

Continuei com minha atenção voltada para meu livro. Eu estava tão envolvida que não percebi quando a porta foi aberta novamente e depois fechada, mas somente quando ouvi uma voz desconhecida dizer:

"Hm... Desculpe-me. Eu estou atrasada."

Olhei para frente e vi uma garota perto da porta. Ela tinha cabelos longos castanhos , em um corte moderno, e brilhantes olhos azuis; era magra, não muito alta e usava o que claramente eram roupas de grife. Eu praticamente podia ouvir todos os garotos da sala ofegantes.

Revirei os olhos; ela deveria ser a nova uckerman.

"Ah, você deve ser Anahí Ukcerman." a Sra. Connell disse, e eu poderia dizer que ela estava tentando ao máximo não fazer um pré-julgamento.

Parecia difícil, e eu realmente não podia culpá-la... quero dizer... foi apenas há algumas semanas que o menino mais infame da escola havia atirado um tijolo na janela de seu carro, porque havia recebido um merecido F, e agora sua irmã estava na frente dela, se juntando à classe.

"Sim" respondeu Anahí "Desculpe pelo meu atraso... meu irmão nos trouxe hoje... Acho que isso explica..."

"Você pode dizer que sim."

O tom da Sra. Connel era sério. Ela apontou para sua frente e disse:

"Sente-se."

Os belos olhos de Anahí varreram a sala em busca de uma cadeira vazia.

Do meu lugar pude perceber que quase todo mundo estava querendo e esperando que ela se sentasse ao seu lado.

Estava prestes a voltar a ler quando Anahí surpreendentemente sorriu para mim e veio se sentar na carteira vazia ao meu lado. Desculpe, mas em qual dimensão paralela um uckerman optaria por se sentar ao meu lado?

"Oi" disse ela, sorrindo.

"Hm... oi" eu murmurei.

Eu podia sentir o olhar dos meus colegas em mim, mas eu ignorava.

"Você teve boas férias?"

"Hm... sim, eu acho. Foi tranqüilo..." eu respondi "E você?"

"Sim! Diverti-me muito fazendo compras!" ela exclamou.

Eu lutei contra o desejo de revirar os olhos. Por que as garotas tinham essa obsessão por fazer compras? Eu não me encaixava no perfil de uma típica adolescente – provavelmente outra razão para a minha falta de popularidade – , mas eu não conseguia entender o que as meninas viam no shopping.

Talvez Anahí e eu não nos daríamos bem, especialmente quando ela percebesse que toda a escola me odiava.

"Eu fui para um colégio interno em Biloxi, mas não gostei muito de lá... então meus pais disseram que eu poderia vir estudar aqui com o meu irmão..." Anahí continuou.

"Christopher." eu praticamente rosnei.

"Você o conhece?"

"Eu ..." eu parei.

Eu estava prestes a dizer `odeio`, mas talvez aquilo soasse pesado demais. Então decidi ser mais sutil.

"Eu o conheço; sou forçada a sentar ao lado dele na aula de biologia."

Ótimo, Dulce. Será que essa era a forma mais sutil?

"Ah."

Anahí me olhou por um momento. Eu tive vontade de me bater. Não era culpa de Anahí– que por acaso era muito legal – que seu irmão fosse tão grosso.

"Desculpe" eu disse.

"Eu vou te dar um conselho." ela disse.

Agora era a minha vez de olhar para ela confusa.

"Por quê?

"Porque você parece ser uma garota legal, e eu tenho certeza que vamos ser amigas... então..." Anahí respondeu.

"Hm... ok." eu não conseguia pensar em mais nada para dizer.

"Não saia com o meu irmão. Não fale com o meu irmão. Nem sequer chegue perto do meu irmão."

Dizer que fiquei surpresa seria um eufemismo. Por que eu iria querer ficar perto de Christopher uckerman? E por que ele me permitiria chegar tão perto?

"Não se preocupe, isso nunca vai acontecer." eu disse, após uma pausa relativamente longa.

"Não, eu estou falando sério!" exclamou Anahí, claramente não tendo processado o que eu tinha dito ainda. "Ele é arrogante e ... espera... o quê você disse?"

"Eu odeio seu irmão. Ele é arrogante, um jogador e nojento. Sem ofensa."

"Oi?" Alice indagou.

"Jogador. É outra palavra para ..."

"Sim, eu sei o que você quer dizer com jogador! Você acabou de dizer que odeia o meu irmão?" ela parecia totalmente chocada.

"Sim" respondi lentamente; eu não tinha certeza se ela tinha levado isso como uma ofensa, então, acrescentei "O sentimento é mútuo."

"Mútuo? Ele odeia em você também?" Alice perguntou.

Eu apenas assenti.

"Estou surpresa." disse ela. "Você parece o tipo dele."

Estremeci.

"Ele tem um tipo? Eu provavelmente me mataria se fosse o tipo dele." revirei os olhos e então me lembrei que Anahí era sua irmã; de novo

"Desculpa."

Mas, para meu alívio, ela estava rindo.

"Isso é verdade" disse ela "E, não me ofendi. Mas não deixo de ser ligada a ele, então, contanto que você não use isso contra mim, nós seremos grandes amigas." ela sorriu para mim "Unidas por ódio do meu irmão. Eu nunca pensei que iria encontrar outra menina que não o adorasse."

Então eu ri.

Talvez eu estivesse errada antes; talvez Anahí e eu poderíamos ser amigas apesar de tudo...

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"Ugh. Olhe para ele... agindo como se fosse o dono daquele lugar. Idiota." Anahí deixou o garfo cair na mesa e empurrou seu prato de macarrão, como se estivesse enojada. Eu sei, eu também estava surpresa que ela havia se sentado comigo.

Eu me virei para olhar na direção em que ela olhava, e vi Christopher caminhando para a habitual mesa `legal` abraçado a uma garota loira deslumbrante que parecia que iria hiperventilar a qualquer momento.

Eu rolei meus olhos quando eu a reconheci; karla, do ano acima. Mas, obviamente, Christopher  conseguia a garota que ele quisesse, mesmo ela sendo vinte anos mais velha.

"Aquilo é o que, a mesa dele ou algo do gênero?" Anahí perguntou sobre a mesa em que Christopher se sentou.

Algo do gênero." eu murmurei "Acho que é mais como um lugar exclusivo... do mal."

Anahí bufou.

"E quem são os atletas e as meninas que estão sentados com ele?"

"Sua gangue e seu fã-clube" respondi.

"Ele tem um fã-clube?"

Alice arqueou uma sobrancelha para mim.

"Er ... sim. E eu acho que você e eu somos as únicas garotas que não participam dele. Quero dizer, algumas delas têm até camisas! É como uma religião... elas estão perto de adorá-lo."

Anahí riu alto.

"Eu não estou brincando."

Mas a atenção de Anahí estava centrada no grupo de Christopher .

"Quem é auele?"

"Alfonso Herrera . Sua irmã,Maite, era como a versão feminina do Christopher até se formar ano passado, então é claro que ele tinha que estar na gangue de Christopher ." eu fiz uma careta "Na verdade, eu nunca pensei sobre isso antes, mas ele só tem uma coisa em comum com Christopher : provocador de problemas. Ele é o tipo de rebelde tranqüilo, enquanto Christopher  é o do tipo que atrai atenção. E, a maior diferença, eu nunca o vi com uma menina abraçada a ele, como Christopher  sempre anda. Ele tem muitas meninas atrás dele, obviamente, mas ele nunca se envolveu com elas. Pessoalmente eu acho que ele é gay. Ou emo. Ou ambos." parei de falar para tomar um gole de meu milkshake.

Anahí franziu a testa.

"Ele é gay?"

Eu dei de ombros.

"Não sei. Acho que eu nunca o vi abraçado com um cara também. Por quê? Você está interessada?" eu brinquei.

"Claro que não! Ele é amigo de Christopher !"

Alice olhou para mim e eu rapidamente olhei de volta.

"Brincadeira, Any."

Ela puxou o prato para si novamente e recomeçou a comer.

"Que aulas você tem esta tarde?"

"Hm... trigonometria e ... ah não!"

"O que?"

"Psicologia" eu gemi "Eu odeio essa aula!"

"É assim tão ruim?"

"Bem, o assunto em si não é tão ruim, mas o seu irmão está na minha classe e ele tem o costume de tentar fazer da minha vida um inferno... Sem mencionar que o professor, o Sr. Marshall, é muito... apaixonado pela matéria... e ele gosta de nos usar como cobaias para ver como funciona a mente humana. No nosso próximo projeto a gente deve ter que cuidar de peixes, ou de alguma coisa assim."

"O que isso prova?"

"Não faço idéia; da última vez nos tivemos que fazer meditação de uma hora, todas as manhãs antes de vir para o colégio para ver se isso nos fazia ficar mais calmos. Christopher  usou isso como uma desculpa por chegar uma hora atrasado para a aula quase todo o dia."

"Bem ... pense assim... não tem como esse projeto ser pior que esse daí." Anahí sugeriu.

"Quando você tem psicologia?"

"Eu não faço isso."

Suspirei e olhei para a mesa `legal` a tempo de ver christopher se levantar e andar com sua amiguinha até o lugar de deixar os pratos.

"Alerta... imbecil ignorante se aproximando." murmurei para Anahí

Ela olhou ao redor e rangeu os dentes. Então, ela pôs o pé para fora da mesa, fazendo seu irmão tropeçar e deixar a bandeja cair, sujando o vestido de karla. Ela gritou e virou-se a pessoa que havia feito ele tropeçar.

"Anahí!" eu murmurei, vendo que todos do refeitório haviam se virado para olhar para nós.

"Ops... me desculpa, ucker." disse ela, sorrindo "Eu realmente devo prestar atenção onde eu deixo meus pés grandes."

christopher olhou para ela e exclamou:

"Anahí, que diabos você acha que...?" ele então me viu e mudou sua sentença, baixando a voz enquanto falava "Por que você está sentado com ela?"

"O nome dela é Dulce" disse Anahí "E ela é minha amiga".

Por dentro eu sorria com suas palavras. Sério? Eu era sua amiga?

"Eu não me importo com o nome dela!"christopher exclamou "Você está tentando estragar minha reputação? Porque eu dei duro para construí-la."

Cada vez mais gente se virava para ver a quase briga entre os irmãos uckerman.

"Acredite ou não, christopher, sua reputação não é um motivo de orgulho."

christopher olhou para ela ameaçadoramente. A expressão em seu rosto era terrível. Ele, então, virou-se e saiu do refeitório abraçado a karla.

Todos, inclusive eu, estavam olhando chocados para anahí. christopher nunca havia ficado sem argumentos antes.

"O que você está olhando?" ela perguntou a alguém.

Quase que instantaneamente, todos voltaram sua atenção para sua comida. Então, ela sorriu para mim.

E, naquele instante, duas coisas ficaram claras: Anahí uckermann não era alguém para se brincar com... e Anahí uckerman era minha amiga.

Eu sorri para ela e ela estendeu a mão para que eu batesse.

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christopher`s POV

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"Quem é a nova garota?" diego perguntou, depois que já estávamos fora do refeitório.

Anahí idiota. Por que ela não podia simplesmente ficar naquele colégio interno? Agora eu tinha que admitir que minha irmã estava sentada com a pessoa menos popular de todo o colégio. Ok,Dulce poderia até ser uma garota legal, além de ser bonita, mas era como uma bajuladora.

"O nome dela é Anahí" respondi, esperando que eu não fosse perguntado do porquê de eu saber.

"Como você sabe disso?" Jacqueline perguntou.

Por que o diego tinha que namorar uma garota tão intrometida?

"Ela é... hm... a minha irmã." eu confessei, tentando ignorar olhar interrogativo de diego. Eu sabia o que queria dizer: por que ela voltou?

"Eu não sabia que você tinha uma irmã." disse derrick.

Revirei os olhos.

"Isso é porque eu nunca te disse. Ugh, eu tenho a psicologia hoje" eu lamentei, mudando rapidamente de assunto.

"Estou me perguntando qual vai ser o nosso próximo projeto." derrick me salvou.

"Se for algo parecido com o lance da meditação, o Sr. Marshall provavelmente será encontrado morto em sua cama esta noite." diego correu os dedos pelos cabelos castanhos, aparentemente submerso em seus próprios pensamentos, o que provavelmente consistia em tentar descobrir a melhor maneira de matar o Sr. Marshall.

Ao contrário de diego, eu não me importava muito com o Sr. Marshall. Claro que ele fazia uns projetos bizarros... bem bizarros... mas ele era o único professor do colégio inteiro que não me reprimia... ele me deixava fazer o que eu quisesse. Nunca sequer me mandou para a sala do diretor, lugar que eu visitava freqüentemente. Não porque eu estou sempre impertinente, mas porque eu sempre era pego na ocasião errada.

"Talvez ele nos faça cuidar de um ovo." disse diego "Eu li em algum lugar sobre uma escola que fez isso."

"Ooh!" todos nós zombamos "O diego leu alguma coisa!"

Ele fez uma careta e se calou logo em seguida.

"Eu acho que nós vamos descobrir em breve." eu suspirei assim que o sinal tocou "Só espero que não seja nada muito dramático.