Fanfics Brasil - "::: Agonia e Êxtase :::"

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Capítulo: 23? Capítulo

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Humilhado, Alfonso constatou que Anahí contara mais coisas sobre si a um velho vaqueiro do que a ele. Era surpreendente, se não irritante.
— Você a visitou? Anahí fez que sim.
— Vou vê-la com frequência. Com uma parte dos fundos que Dana recebeu, criamos uma associação de assistência às mulheres vítimas de abuso.
— Grande ideia! — Travis empolgou-se. — Você é uma vencedora, Anahí.
— Foi uma maneira de amenizar os erros de Evans, que no fundo não era má pessoa. Ele só perdia a cabeça quando bebia. — Deu de ombros. — Depois, o alcoolismo o levou às drogas pesadas. Era um autodestrutivo contumaz.
— Um assassino em potencial, isso sim — interveio Alfonso com frio rancor.
Anahí não olhou na direção dele, evitando que notasse que não concordava.
— Acho que sim — Travis o apoiou. — Dana relatou para mim que a Primeira mulher de Evans apanhou tanto que quase ficou paralítica. Abandonou-o e mudou-se para outro Estado.
— Eu a encontrei na Flórida — Anahí revelou, sorrindo — Ela trabalha como voluntária numa casa de repou¬so para Idosos e tem planos para abrir uma quadra de basquete no local. Não pode correr, mas ainda consegue encestar.
Todos riram, embora a reação de Alfonso fosse menos espontânea. Conhecera uma faceta de Anahí que ela nunca deixara transparecer. Havia praticado o bem permanecendo no anonimato, enquanto Alfonso sempre imaginara que ela vivia da herança do marido. Ao contrário, precisava trabalhar para comer, uma vez que Amy Portillo, sem ser rica, fizera investimentos desastrosos. Talvez por isso mesmo Anahí tivesse escolhido uma carreira no setor financeiro.
A partir daquele momento, Alfonso compreendeu como a irmã de criação era uma pessoa desprendida. As propriedades deixadas por Bart Evans valiam uma fortuna, e Anahí fora capaz de abrir mão de tudo, ouvindo antes de mais nada o coração.
— As duas ex-esposas de Evans até que se deram bem. — Travis se dirigia a Anahí. —Mas você não guardou nada para si. Por quê?
— Não queria nada de Evans.
— Deve ter más recordações, então. Anahí não respondeu.
Algo explodiu dentro de Alfonso. Ele usou o guardanapo com impaciência e ergueu-se da mesa, carregando Anahí consigo.
— Mais tarde, você repete sua torta de cereja. Quero lhei falar. — Conduziu-a ao escritório.
— Por que sempre tenho de saber de você através de terceiros? Podia ter me contado que aquele rato a espancou. Eu o faria lamber o chão que você pisa!
— Vindo de onde? Da África? Do Oriente Médio? Da América Central? E como eu o encontraria? Como contaria alguma coisa, se você me odiava?
"Deus do céu!" A consciência de Alfonso o devolveu ao dia do sepultamento de Amy Portillo, à violência que ele próprio praticara contra Anahí.
— Christian saberia onde me achar — falou, à guisa de desculpa.
— Sei lidar com meus problemas, Alfonso, quer você queira, quer não. — Apoiou-se no espaldar de uma poltrona de couro. — Já tinha iniciado o processo de divórcio quando Evans sofreu o acidente fatal. Assinei os papéis no hospital. — Calou-se, mas era tarde demais.
— No hospital? — As feições de Alfonso mostraram assombro.
— Está certo. — Anahí mordiscou o lábio. — Eu fui sua terceira vítima, mas uma única vez. E ele soube, logo de¬pois de me agredir, que eu iria até o fim para puni-lo. Chamei meu advogado e a polícia, depois liguei para Christian.
— Por que Christian e não eu?!
A resposta era simples: porque Christian saberia onde achar Alfonso, que era quem Anahí queria naquele momento de dor e mágoa. Mas Christian demorou para ligar de volta, e àquela altura ela já havia recuperado o bom senso.
Preferia que Alfonso não soubesse de nada, visto que o episódio tivera reduzidas consequências. Anahí temera que Alfonso conhecesse a verdade. De nada serviria, naquele momento, a não ser para magoá-lo e atrapalhar seu serviço.
— Por tudo o que tinha ouvido, Evans temia você. Penso que foi por isso que ele saiu de carro em velocidade excessiva.
— Continue.
— Ele pegou seu automóvel logo que a ambulância chegou para me socorrer. Estava terrivelmente bêbado. Bateu num poste e morreu.
— Nenhuma grande perda para a humanidade. E durante todo esse tempo, você não me contou nada.
— Passado é passado. Você enfrentou suficientes tragédias para que eu acrescentasse mais uma à lista. Com tudo o que me aconteceu, convenci-me de que era adulta e responsável por mim mesma.
— Seria mesmo? A realidade não é que eu estava tão voltado para mim mesmo e não me incomodava com você?
— Sou apenas a menina que Amy Portillo recolheu no orfanato e adotou. Não temos parentesco. Você não tem obrigações para comigo.
Aquilo magoou Alfonso no fundo do coração. Não podia imaginar Anahí sendo espancada, a ponto de ir parar no hospital, por um bêbado detestável, e sem ninguém para protegê-la. Odiou Bart Evans e desejou voltar no tempo para dar-lhe uma lição, enquanto vivo. Também desejou ter sido menos egoísta e se interessado pelo destino de Anahí, mesmo fora de Houston. Falhara com ela. E não era a primeira vez.
— Ele jamais tocaria em você se eu estivesse por perto. Anahí baixou o olhar. Alfonso seria capaz de matar Evans, pois, à sua maneira, não era menos violento.
— Bem, tudo isso me curou da mania de me casar.
— Que desperdício!
Anahí o olhou, surpresa, mas em vez de sorrir ele parecia triste.


— Você viveu num inferno, e eu não conheço nem metade dele.
Anahí corou.
— Não confia a mim seus segredos — Alfonso se queixou, enrugando a fronte.
— Nem você os seus, e suponho que haja muitos. Muito bem, agora quero mais torta de cereja.
Alfonso a agarrou pela cintura quando ela passou rumo à porta.
— Espere um pouco. Evans deve ter tido um motivo para bater em você, não importa o quanto estivesse bêbado. Qual foi?


A pulsação de Anahí disparou. Ainda podia enxergar o semblante furioso do marido, ultrajado e pronto para acabar com sua vida. Alfonso era o responsável por ela não ser virgem. E Bart Evans avisara que iria eliminar o problema batendo a cabeça dela na mesa de mármore da sala. Anahí lutou e resistiu, mas acabou sentindo uma dor agonizante quando bateu na mesa. Ameaçava Evans dizendo que Alfonso a vingaria, mas o brutamontes já estava alterado demais para se lembrar de quem se tratava. Ainda assim, discou para o número da emergência e pediu uma ambulância. Chorando, Anahí foi conduzida ao hospital, enquanto Evans arrumava sua mala e entrava em seu veloz automóvel para sair da cidade. A pretendida fuga acabou em morte. Anahí tinha seu próprio desgosto para encarar.
— Parece que as lembranças estão acabando com você, Anahí. Fale comigo. Conte-me.
Com os olhos tristes, ela balançou a cabeça.
— Tudo acabou.
Ele pousou a mão no ombro dela, acariciou a pele e ob¬servou sua reação.


— Você gosta quando eu a toco — Alfonso murmurou— Não entendo como não notei antes, durante tantos anos. Talvez não quisesse notar.
Ela puxou a mão dele do lugar, dando a entender que não pretendia se aproveitar da boa sensação.
— Deixarei o país muito em breve, Alfonso. Você não precisa se preocupar.
— Ficarei completamente só. E você também.
— Sempre estive sozinha. Acho que já me acostumei. Agora, deixe-me ir.
Alfonso tornou-lhe as mãos e pressionou-as contra o peito. Depois, guiou-as até seu pescoço, fazendo enlaçá-lo. Ela estremeceu e tentou escapar, mas os braços de Alfonso a capturaram e estreitaram.
— Não vá, Anahí. Chegou a hora de entrarmos num
acordo.
— Dispenso acordos. Só quero sair.
Agitado, ele estava ciente de sua excitação. Ela também, pois afastava o ventre do contato sensual.




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Autor(a): iloveaya

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— Por que tem medo de mim?— Tenho medo de qualquer homem que chegue tão perto de meu corpo, sobretudo você. E sabe muito bem por quê! — As lágrimas brilharam nos olhos de Anahí. — Por favor, deixe-me ir!Alfonso permitiu que ela recuasse até uma distância considerada decente, mas não permitiria que s ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 83



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  • jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:09

    AAAAAAAAAA
    Estou me atualizando nessa web
    AAA
    Muito boa *--------*
    AAAAAAAAAAAAAAAA

  • jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:06

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  • jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:58

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  • jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:53

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  • rbdlover Postado em 17/09/2008 - 15:41:35

    Posta mais eu sou louca pelas suas webs, aliás posta na outra tbm muito boa!
    por favor Amanda, não deixa de postar se não vou ter um ataque de Pelanca!!!!

    Beijos!
    Rebecca (rbdlover)

  • gabyzitah Postado em 04/09/2008 - 21:01:00

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    POSTA MAIS!
    pelo amor das minhas fadas...posta amix.
    tinkwink vc tah fikando mto ruim, me dexando curiosa eim..
    =D
    te dolú amix!
    bjin**

  • gabyzitah Postado em 29/08/2008 - 21:32:10

    ILOVEEEEEEEEEE
    AAAAAAAAAAA
    AAAAAAA
    POSTA!
    eu vou ter ataques aquii...
    posta menina!
    Flor, pq vc nuka posta mais??
    =[
    POSTA
    postaa

  • gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48

    maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!

  • gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48

    maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!


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