Fanfic: "::: Agonia e Êxtase :::"

Com o caminho livre, desfrutou outra vez os mamilos sensíveis e foi descendo, bem devagar, com intenso deleite. Os detalhes o fascinavam, e ele também gemeu de satisfação. Depois que a língua alcançou o ponto certo, o grito deliciado de Anahí não tardou. Alfonso perguntou se era bom, antes de procurar-lhe a boca outra vez. Agora, além de usar muito bem a língua, Anahí arqueou-se toda para se enroscar em Alfonso e excitá-lo.
— Não posso mais — ele avisou, colocando-se entre as pernas dela.

Os braços dela o prenderam como tenazes. Até os cabelos recendiam a sexo. Alfonso estava perdido!
Ele sentiu então um demorado tremor em Anahí, uma arremetida sem alvo entre gemidos, e percebeu o que acontecia. Resmungou alto e retirou-se dela, colocando as pernas para fora do sofá. Esfregou o rosto entre as mãos, frustrado.
Anahí também se sentou, tocando com cautela as costas dele.
— Alfonso...
— Não me toque! — Ele se esquivou enquanto podia. Trémulo, caminhou até o móvel do bar e serviu-se de uísque puro. Enquanto isso, Anahí recuperava as roupas, horrorizada com seu comportamento egoísta. Já podia ouvir vozes antigas, acusadoras, humilhantes. Ela não era melhor do que uma amante despudorada.

Levantou-se e correu para a porta, enquanto Alfonso se recuperava do episódio graças à bebida forte.

No corredor, Anahí viu que esquecera sua bolsa, mas não tinha importância. Não voltaria para apanhá-la. Instalou-se numa cadeira de balanço da varanda, esperando que ninguém tivesse ouvido o que se passara no escritório.
Estava arrasada! Como encarar Alfonso outra vez?
Pensava nisso quando a porta se abriu e ele se aproximou. Parou ao vê-la sentada, balançando as pernas como uma garotinha inconsequente.
Mas eram pernas longas, fortes, de mulher. Cobertas por jeans e botas de couro lustrosas. Anahí permaneceu olhando para os próprios pés, sem coragem de olhá-lo. Estava envergonhada. E agora ele tinha um motivo real para odiá-la.