Fanfic: "::: Agonia e Êxtase :::"
CAPITULO V
O RESSENTIMENTO e a mágoa que Anahí esperava de Alfonso não vieram. Ele sentou-se a seu lado na varanda e passou o braço por seu ombro, observando-a até que ela ergueu a face, envergonhada, e o encarou. Nos olhos deles, Anahí não viu raiva ou humilhação, apenas compreensão e bondade.
— Temos de conversar bastante sobre preferências íntimas. — Ele esboçou um sorriso malicioso.
Anahí enrubesceu muito, mas não se desviou.
— Você não cometeu nenhum pecado, minha querida. Quer parar de agir como uma criança travessa?
Anahí sentiu as lágrimas deslizando pelas faces. Controlou-se quando percebeu que Alfonso a enlaçava com força, ao mesmo tempo que lhe afagava seus cabelos. Então, os soluços cessaram.
— Não tenho um lenço comigo — ele informou, usando a mão para secar-lhe o pranto.
— Eu também não.
Anahí se lembrou de procurar no bolso da calça e encontrou um lenço de papel, que colocara ali pela manhã. Muito previdente, pensou com amargura.
Alfonso pôs a cadeira de balanço em movimento, fazendo-a sentir-se uma menina mimada. Justo por isso, Anahí pediu que ele parasse. Recordou-se dos tempos felizes, quando Amy Portillo ainda vivia.
—Não sei por que achei que você já tinha experiência amorosa. — Alfonso olhava para o gado que ocupava o pasto.
— Minha vida particular não é de sua conta.
— Então, por que me deixou despi-la e fazer o que fiz? Ela bateu no peito dele com o punho frágil, que Alfonso segurou, pressionando a mão contra o tórax rijo. Suspirou e mostrou feições tão relaxadas como Anahí nunca vira.
— Tenho de voltar à cidade, Alfonso.
— E a sobremesa? Não vai repetir a torta de cereja com sorvete caseiro de baunilha? Basta enxugar os olhos.
Ela sabia do que ele falava. Decerto seus olhos estavam vermelhos e inchados, como sempre acontecia quando chorava.
Alfonso começava a traçar um retrato de Anahí que não guardava semelhança com a mulher que conhecia ou acreditava conhecer. Segundo imaginava, devia haver algum episódio sexual no passado dela, nada agradável. Talvez na infância, nos dois anos em que tinha ficado aos cuidados do padrasto. Ele mesmo recriminou a forma como a tratara, em sua única noite de amor.
— Você ainda monta?
— Faz muito tempo que não cavalgo.
— Pode ser que tenha até melhorado seu desempenho. Venha amanhã e poderemos cavalgar juntos, bem cedo.
Anahí preferiria, pela manhã, estar dormindo a sono solto. Era mais fácil negar um pedido de Alfonso quando ele mostrava raiva. Agora, achava-se diante das opções de fugir de novo ou iniciar um real relacionamento sexual com ele. Não se julgava pronta para a segunda. Talvez jamais acontecesse.
Alfonso se ressentiu da falta de resposta a seu convite e do olhar preocupado dela. Ergueu-lhe o rosto para contemplá-lo diretamente.
— Nunca irei seduzir você, Anahí. É uma promessa. Os lábios dela tremeram, os cílios baixaram outra vez.
Alfonso forçou a posição para abraçá-la na cadeira de balanço e correr os dedos pelos longos cabelos. Frágil e vulnerável, assim era Anahí. Mais do que ele um dia sonhara que fosse. Tornava-se chocante imaginá-la submissa a um homem, ainda mais a ele.
Alfonso lhe beijou a testa, os cabelos e a têmpora, fazendo a cadeira mover-se em um ritmo regular. O rebanho já deixava o pasto, sob o latido dos cães. O som era confortador, naquele fim de tarde. A noite caía depressa, grifos e pássaros entoavam seus cantos e o aroma de jasmim preenchia o ar úmido.
— Ainda existem vaga-lumes por aqui! — Anahí obser¬vava os insetos voadores e a luz brilhante que produziam.
— Lembra-se de quando pegávamos alguns num jarro e eles ficavam cintilando no escuro?
— Achava mais bonito quando voavam livres. — Introduziu os dedos na camisa de Alfonso, pois não resistia à proximidade dele. Podia arrepender-se depois, mas por um momento sentiria felicidade.
Alfonso movimentou a mão de modo a agarrar-lhe os dedos e encostou de novo a cabeça nos cabelos suaves, que o encantavam.
Autor(a): iloveaya
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— Acho que nós nunca nos sentamos aqui assim, desse jeito, abraça d inhos. — Quando eu tinha nove anos — ela recordou. — O gato do vizinho, aquele de quem podaram as garras, mordeu meu braço. Eu gritei e chorei, e você me balançou nesta cadeira até Amy chegar. — Tinha esquecido. — Claro. Não foi importante. No fundo, era, já que se lembrava do episódio. Quantas vezes, Al ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 83
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jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:09
AAAAAAAAAA
Estou me atualizando nessa web
AAA
Muito boa *--------*
AAAAAAAAAAAAAAAA -
jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:06
AAAAAAAAAA
Estou me atualizando nessa web
AAA
Muito boa *--------*
AAAAAAAAAAAAAAAA -
jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:02
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jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:58
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AAA
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jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:53
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AAA
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rbdlover Postado em 17/09/2008 - 15:41:35
Posta mais eu sou louca pelas suas webs, aliás posta na outra tbm muito boa!
por favor Amanda, não deixa de postar se não vou ter um ataque de Pelanca!!!!
Beijos!
Rebecca (rbdlover) -
gabyzitah Postado em 04/09/2008 - 21:01:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
POSTA MAIS!
pelo amor das minhas fadas...posta amix.
tinkwink vc tah fikando mto ruim, me dexando curiosa eim..
=D
te dolú amix!
bjin** -
gabyzitah Postado em 29/08/2008 - 21:32:10
ILOVEEEEEEEEEE
AAAAAAAAAAA
AAAAAAA
POSTA!
eu vou ter ataques aquii...
posta menina!
Flor, pq vc nuka posta mais??
=[
POSTA
postaa -
gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48
maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!
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gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48
maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!