Fanfic: "::: Agonia e Êxtase :::"
Sua face teria de estar sempre alegre e radiante na frente de Alfonso, como que esculpida, embora jamais pudesse dizer que aquele era um momento de festa.
— Não é mesmo?
Anahí tomou a segurar a tira da bolsa, sentindo fraqueza nos joelhos e embaraço por ter vindo correndo a Houston, cuidar dele, abandonando seu trabalho e tudo o mais. Mas Alfonso nem necessitava dela, nem a queria ali. Agora, estava sem emprego, sem lar para viver, e só contava com algumas economias para superar o prazo até restabelecer sua rotina. Por que não aprendia?!
A limitada cortesia de Alfonso mais lembrava hostilidade.
— Agradeço por ter vindo, Anahí. Lamento que tenha de voltar tão depressa. Permita-me acompanhá-la até a porta.
Anahí arqueou as sobrancelhas.
— Não se incomode. Entendi muito bem a mensagem: não sou bem-vinda. Tudo bem, deixarei as marcas de meus passos na trilha da saída. Angel poderá apagá-las mais tarde.
— Você brinca com qualquer coisa.
— É melhor do que chorar, Alfonso. Preciso pôr a cabeça no lugar, para começar. Não entendo por que me preocupei com você.
— Nem eu — confesou, com leve ressentimento. — Um dia perdido é um dólar não ganho.
Frase enigmática, mas ela estava frustrada demais para questioná-la.
— Não precisa debochar — Anahí asseverou. — Já estou indo. Na verdade, pretendo arranjar trabalho e organizar minha vida de modo que você nunca mais me veja.
— Seria uma inenarrável alegria. — Alfonso colocou veneno nas palavras, fitando-a com insistência. — Darei uma festa.
Mostrava-se cruel, como se estivesse furioso com Anahí por algum motivo. Talvez sua simples presença o tirasse do sério. Nesse ponto, nada de novo.
Ela conseguiu rir. Tivera anos para aperfeiçoar sua camuflagem emocional. Daí o risco de dar a Alfonso um sinal de afeto. Ele não hesitaria em cravar-lhe um punhal nas costas. Eram velhos adversários.
— Não me convide, Alfonso. Por que não se aposenta enquanto ainda tem uma cabeça em cima do pescoço?
Ele não respondeu. Anahí deu de ombros e suspirou.
— Não é mesmo?
Anahí tomou a segurar a tira da bolsa, sentindo fraqueza nos joelhos e embaraço por ter vindo correndo a Houston, cuidar dele, abandonando seu trabalho e tudo o mais. Mas Alfonso nem necessitava dela, nem a queria ali. Agora, estava sem emprego, sem lar para viver, e só contava com algumas economias para superar o prazo até restabelecer sua rotina. Por que não aprendia?!
A limitada cortesia de Alfonso mais lembrava hostilidade.
— Agradeço por ter vindo, Anahí. Lamento que tenha de voltar tão depressa. Permita-me acompanhá-la até a porta.
Anahí arqueou as sobrancelhas.
— Não se incomode. Entendi muito bem a mensagem: não sou bem-vinda. Tudo bem, deixarei as marcas de meus passos na trilha da saída. Angel poderá apagá-las mais tarde.
— Você brinca com qualquer coisa.
— É melhor do que chorar, Alfonso. Preciso pôr a cabeça no lugar, para começar. Não entendo por que me preocupei com você.
— Nem eu — confesou, com leve ressentimento. — Um dia perdido é um dólar não ganho.
Frase enigmática, mas ela estava frustrada demais para questioná-la.
— Não precisa debochar — Anahí asseverou. — Já estou indo. Na verdade, pretendo arranjar trabalho e organizar minha vida de modo que você nunca mais me veja.
— Seria uma inenarrável alegria. — Alfonso colocou veneno nas palavras, fitando-a com insistência. — Darei uma festa.
Mostrava-se cruel, como se estivesse furioso com Anahí por algum motivo. Talvez sua simples presença o tirasse do sério. Nesse ponto, nada de novo.
Ela conseguiu rir. Tivera anos para aperfeiçoar sua camuflagem emocional. Daí o risco de dar a Alfonso um sinal de afeto. Ele não hesitaria em cravar-lhe um punhal nas costas. Eram velhos adversários.
— Não me convide, Alfonso. Por que não se aposenta enquanto ainda tem uma cabeça em cima do pescoço?
Ele não respondeu. Anahí deu de ombros e suspirou.
— Talvez já exista alguém procurando por meus serviços. Vou verificar na central de computadores do aeroporto.
Um longo e último olhar, e ela teve a sensação de que nunca mais veria aquele bonito rosto. Relembrou um velho ditado sobre castigo divino, que se referia a mostrar à vítima o paraíso, antes de condená-la ao inferno. No caso, inferno era o outro nome da realidade. Anahí conhecera o ato de fazer amor com Alfonso, uma única vez, e jamais esquecera a delícia que fora, apesar da dor física, do constrangimento e da posterior fúria do parceiro. Agora, a rejeição era mais palpável, e ainda tinha de disfarçar o mal-estar. Não era fácil.
— Obrigado por pensar em cuidar de mim, Anahí.
— Quando quiser. Pode me telefonar da próxima vez que precisar de enfermeira. Mas, por favor, diga a Christian que o sen¬so de humor dele é indecente.
— Diga você mesma — retrucou. — Chegou a ser noiva dele, não?
"Só porque não pude ter você, e seu casamento acabou comigo". Anahí nada falou, claro. Fez um aceno, girou nos calcanhares e rumou para a saída.
Mal cruzara a soleira quando Alfonso a chamou, um tanto rouco:
— Anahí!
Ela não hesitou nem um segundo. Estava com raiva de si mesma pela estupidez de ter viajado dias em busca de um homem que não retribuía seus sentimentos. A zanga se estendia a Christian Chávez, por ter dito que Alfonso perguntara por ela e, mais, que estava cego.
No hall, Angel se mostrava perplexa, embora sensível à mágoa que Anahí procurava esconder com valentia.
— Você está bem? — ela murmurou.
Um longo e último olhar, e ela teve a sensação de que nunca mais veria aquele bonito rosto. Relembrou um velho ditado sobre castigo divino, que se referia a mostrar à vítima o paraíso, antes de condená-la ao inferno. No caso, inferno era o outro nome da realidade. Anahí conhecera o ato de fazer amor com Alfonso, uma única vez, e jamais esquecera a delícia que fora, apesar da dor física, do constrangimento e da posterior fúria do parceiro. Agora, a rejeição era mais palpável, e ainda tinha de disfarçar o mal-estar. Não era fácil.
— Obrigado por pensar em cuidar de mim, Anahí.
— Quando quiser. Pode me telefonar da próxima vez que precisar de enfermeira. Mas, por favor, diga a Christian que o sen¬so de humor dele é indecente.
— Diga você mesma — retrucou. — Chegou a ser noiva dele, não?
"Só porque não pude ter você, e seu casamento acabou comigo". Anahí nada falou, claro. Fez um aceno, girou nos calcanhares e rumou para a saída.
Mal cruzara a soleira quando Alfonso a chamou, um tanto rouco:
— Anahí!
Ela não hesitou nem um segundo. Estava com raiva de si mesma pela estupidez de ter viajado dias em busca de um homem que não retribuía seus sentimentos. A zanga se estendia a Christian Chávez, por ter dito que Alfonso perguntara por ela e, mais, que estava cego.
No hall, Angel se mostrava perplexa, embora sensível à mágoa que Anahí procurava esconder com valentia.
— Você está bem? — ela murmurou.
Anahí não encontrou o que responder. Angel constituía o novo alvo amoroso de Alfonso, e ela não suportava olhar para a garota. Sussurrou um agradecimento, com um meneio de cabeça, e continuou andando.
Passou pela porta e fechou-a atrás de si. A despeito do chamado fremente, Alfonso não a seguira. Talvez se sentisse culpado pelo tratamento que lhe dispensara. Isso não condizia com seu senso de hospitalidade, mas ela sabia, com base no passado, que ele na certa não traíra sua consciência. Para compensar, Anahí nada mais desejava do que cravar as unhas nas faces de Christian Chávez. O ex-noivo estava casado e feliz, e mesmo não tendo telefonado por maldade, lhe causara transtorno e infelicidade, Por quê?
Na varanda, por um momento, Anahí tentou se recompor. Houston ficava a uns vinte minutos da fazenda, mas ela havia dispensado o táxi, certa de ganhar hospedagem na casa de Alfonso. Gargalhou por tamanha ingenuidade.
Fitando a estrada, lembrou-se do que todos diziam: caminhar era um ótimo exercício. Por sorte, calçava ténis, e não sapatos de salto, que combinariam melhor com seu terninho cinzento. No trajeto a pé até Houston, poderia pen¬sar bastante em sua idiotice.
— O bom e velho Alfonso nem sequer me ofereceu uma carona...
A mala, bastante pesada, era dotada de rodinhas e puxador, mas ao ganhar a rodovia Anahí experimentou o absurdo da situação. Sorriu, complacente. Nem mesmo contava com um cavalo para levá-la.
— Vamos em frente! — conformou-se.
Ao lado da lareira, Alfonso Herrera cismava, com Angel a observá-lo.
— Ela parecia preocupada com você, Alfonso.
— Lógico. São vinte minutos desde Houston, e ela não conseguiu chegar antes. Quanta preocupação!
— Mas trouxe uma... —Angel queria falar-lhe da mala que Anahí deixara na varanda.
Passou pela porta e fechou-a atrás de si. A despeito do chamado fremente, Alfonso não a seguira. Talvez se sentisse culpado pelo tratamento que lhe dispensara. Isso não condizia com seu senso de hospitalidade, mas ela sabia, com base no passado, que ele na certa não traíra sua consciência. Para compensar, Anahí nada mais desejava do que cravar as unhas nas faces de Christian Chávez. O ex-noivo estava casado e feliz, e mesmo não tendo telefonado por maldade, lhe causara transtorno e infelicidade, Por quê?
Na varanda, por um momento, Anahí tentou se recompor. Houston ficava a uns vinte minutos da fazenda, mas ela havia dispensado o táxi, certa de ganhar hospedagem na casa de Alfonso. Gargalhou por tamanha ingenuidade.
Fitando a estrada, lembrou-se do que todos diziam: caminhar era um ótimo exercício. Por sorte, calçava ténis, e não sapatos de salto, que combinariam melhor com seu terninho cinzento. No trajeto a pé até Houston, poderia pen¬sar bastante em sua idiotice.
— O bom e velho Alfonso nem sequer me ofereceu uma carona...
A mala, bastante pesada, era dotada de rodinhas e puxador, mas ao ganhar a rodovia Anahí experimentou o absurdo da situação. Sorriu, complacente. Nem mesmo contava com um cavalo para levá-la.
— Vamos em frente! — conformou-se.
Ao lado da lareira, Alfonso Herrera cismava, com Angel a observá-lo.
— Ela parecia preocupada com você, Alfonso.
— Lógico. São vinte minutos desde Houston, e ela não conseguiu chegar antes. Quanta preocupação!
— Mas trouxe uma... —Angel queria falar-lhe da mala que Anahí deixara na varanda.
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Autor(a): iloveaya
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Alfonso ergueu a mão ampla e falou com firmeza:— Fique quieta. Não quero ouvir nada sobre ela. Tra¬ga-me uma xícara de café, sim? Depois, mande Red Davis entrar.— Sim, senhor.— Diga que desejo falar com ele, quando terminar de cuidar das novas reses que chegaram.Davis era o principal capatiz da fazenda.— Sim, senhor & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 83
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-
jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:09
AAAAAAAAAA
Estou me atualizando nessa web
AAA
Muito boa *--------*
AAAAAAAAAAAAAAAA -
jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:06
AAAAAAAAAA
Estou me atualizando nessa web
AAA
Muito boa *--------*
AAAAAAAAAAAAAAAA -
jl Postado em 21/10/2010 - 09:04:02
AAAAAAAAAA
Estou me atualizando nessa web
AAA
Muito boa *--------*
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jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:58
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jl Postado em 21/10/2010 - 09:03:53
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rbdlover Postado em 17/09/2008 - 15:41:35
Posta mais eu sou louca pelas suas webs, aliás posta na outra tbm muito boa!
por favor Amanda, não deixa de postar se não vou ter um ataque de Pelanca!!!!
Beijos!
Rebecca (rbdlover) -
gabyzitah Postado em 04/09/2008 - 21:01:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
POSTA MAIS!
pelo amor das minhas fadas...posta amix.
tinkwink vc tah fikando mto ruim, me dexando curiosa eim..
=D
te dolú amix!
bjin** -
gabyzitah Postado em 29/08/2008 - 21:32:10
ILOVEEEEEEEEEE
AAAAAAAAAAA
AAAAAAA
POSTA!
eu vou ter ataques aquii...
posta menina!
Flor, pq vc nuka posta mais??
=[
POSTA
postaa -
gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48
maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!
-
gabyzitah Postado em 10/08/2008 - 22:30:48
maldade essa, vc me dexa curiosa..sua má!!
