Fanfics Brasil - Cap. 2 - Noite de Prazeres CONTO: O ACAMPAMENTO

Fanfic: CONTO: O ACAMPAMENTO


Capítulo: Cap. 2 - Noite de Prazeres

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Cheguei na barraca de Pablo, que estava mexendo em sua mala.
- Pablo, Pablo!
- Oi? – disse ele me olhando
- Decidi, sim! Mas tem um problema.
- Qual? – disse ele com um ar feliz.
- Proteção.
- Está falando disso? – falou ele, tirando uma tira de várias camisinhas da bolsa, com um sorriso safado na cara.
- Espertinho – falei dando uns tapas nele.
Quando me aproximei para ver sua mochila, queria ver o que mais ele trouxe, ele me impediu, dizendo que havia coisas de homens. Não me importei, fui hipnotizada pelo seu olhar.

O dia passou muito rápido, quando vi estava em volta da fogueira, com todos os alunos, comendo lanches. Pablo estava do meu lado e para minha surpresa, Césari estava do meu outro lado, me senti incomodada com suas pernas encostadas nas minhas, e seu olhar fixo olhando para fogueira, me deu medo.
- Fran – Pablo me chamou sussurrando no meu ouvido – Hoje as uma hora da madrugada, atrás da sua barraca.
- E as cobras?
- Duvido que verá uma maior que a minha.
Cai no riso. Todos me olharam seriamente, depois de um tempo descobri que estava falando sobre a morte de Michael Jackson.
Todos foram para suas barracas a meia noite, Andreza e Ana Luíza, dormiram depois de uma pequena conversa, sobre a nudez Césari, e sobre o que estaria acontecendo na barraca de Pam, que nessa hora estava fazendo um stripp para Felipe, que era do grupo dos populares.
Eu fingi que estava dormindo desde quando entrei na barraca. Fiquei pensando no que iria acontecer. Será que daria tudo certo? O que tinha que fazer? E o frio na barriga tomou conta, principalmente quando vi no meu relógio, que eram cinco para uma.


Levantei-me, uma hora em ponto, nem liguei para escuridão, coloquei uma blusa de frio, sem fazer barulho, estava muito nervosa . Circulei a barraca apalpando até chegar atrás. Quando de repente uma luz ascendeu na minha cara e uma mão tampou a minha boca, impedindo meu grito. Tentei correr e balançar minha barraca, para avisar as meninas, mas a pessoa me impediu.
- Calma, sou eu – disse Pablo.
- Seu idiota! Quer me matar do coração?
- Desculpa! Sem barulho, me siga. – pegou minha mão.
- Aonde você vai?
- Confie em mim, me siga.
Eu segui, não sabendo que nunca deveria ter feito isso, abraçado com ele, tinha medo, estava tudo muito escuro, só via devido à lanterna de Pablo, de repente começamos a entrar em uma trilha. Nunca pensei que seria assim, sempre sonhei que aconteceria na praia, comendo frutas, mas o acampamento era muito longe do litoral, era nas serras gaúchas. Eu não disse nenhuma palavra, de repente saímos da trilha, mas por sorte não foi tão longe, seria fácil voltar, mesmo no escuro.
Ele deixou a lanterna cair no gramado, nós paramos em uma pequena área aberta, onde tinha uma árvore, com uma mochila, era sua mochila, de lá ele tirou um lençol e colocou no chão. Deu-me uma vontade absurda de urinar, o nervosismo tomou conta. Imagina se eu mijasse na hora H. De repente ele se aproximou, colocou suas mãos quentes nas minhas costas, a noite estava fria e escura, mas agora a Lua iluminava um pouco. Começou a me beijar, eu tentei pensar em mais nada, logo começou a me acariciar. Tirou minha blusa, e nós deitamos no lençol. Sentia-me nervosa, não sabia o que fazer, não sabia o que falar, decidi repetir tudo que ele fizesse, tirei sua blusa, depois sua calça. Foi tudo muito romântico, mas estranho, não me senti a vontade, com aquilo dentro de mim, mas tentei passar o sentimento contrário.
Ele se revelou selvagem, me surpreendi, ele fazia de tudo, às vezes eu até gritava. Com vergonha, mordi o lençol.
Perdi a noção do tempo, depois de uma longa noite de prazeres, deitamos abraçados e dormimos


Tive um ótimo sono, tão bom que não quis acordar, mas foi inevitável, o Sol pairava no meu rosto Aos poucos fui acordando e tendo consciência do que havia ocorrido na noite anterior, fui abraçar meu amor. Mas Pablo não estava ali, onde estava? Tudo estava em seu lugar, a mochila, a lanterna, o lençol, eu, mas e Pablo? Onde estava?
- Pablo!!! –gritei em desespero. Levantei-me rapidamente.
Não podia está sozinha naquele lugar. Por que ele me deixou sozinha ali?
- Pablo! Por favor! – as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.
Será que era uma brincadeira de mau gosto?
- Se for uma brincadeira. Não estou vendo graça.
Coloquei minha roupa e comecei andar em círculos, não sabia por onde eu entrara naquela pequena área. Tentei pensar... a lanterna, estava mais perto de uma ponta, deveria ser lá que tínhamos entrado. Peguei a mochila e a lanterna. Comecei andar pela mata, Pablo deveria ter ido buscar alguma frutas para nosso café da manhã, ou será que tinha voltado para o acampamento. Tentei manter caminho reto, mas era impossível, havia muita árvores, lembrei que o caminho de saída, não era tão longe, mas eu estava andando a um longo tempo, deveria estar perdida.
- Pablo! Socorro! – gritei, mas o máximo que consegui, foi assustar os pássaros.
Tentei procurar na mochila dele, um celular, ou algo do tipo, mas nada encontrei só o que tinha lá era, uma toalha, uma bússola, e as malditas camisinhas, que joguei longe. Peguei a bússola, já vi nos filmes que com bússola, tudo fica mais fácil. Sentei no chão e imaginei, como que funcionaria uma bússola. Ela apontava para o norte, e no que me ajudava?
Agora começava a ver como a floresta era assustadora, aquele silêncio, só as vezes pontuado pelo balanço das árvores e do canto dos pássaros. Eu estava no meio do nada, sem saída para nada. Fiquei com medo, e se de repente um bicho aparecesse? Por um momento fiquei em silêncio, até ver a mata se mexer, de uma maneira diferente.


- Pablo, é você? – por um momento fiquei feliz, todavia ninguém respondeu.
Fui andando para a direção contrária, não podia morrer assim. Sempre quis morrer dormindo. Para minha surpresa, a mata parou de se mexer, seria um bom sinal?
- Francielle!? – uma voz me chamou, mas não era a voz do meu Pablo. Mas poderia ser alguém do resgate e eu respondi, logo me arrependeria amargamente.
- Oi! Sou eu, me ajude – andei em direção da voz.
- Pare!- a voz engrossou.
- Por que? – algo me dizia que havia algo de errado. Mas continuei andando, até que um barulho me fez parar.
Conhecia aquele barulho, já tinha visto em filmes, era o barulho de preparamento para atirar.
- O que você está fazendo? – entrei em desespero, não sabia o que fazer.
- Sente e feche os olhos...AGORA!
Não contive o choro. De repente, senti alguém se aproximando. Meu corpo dizia para levantar e ver quem era. Mas o medo não deixou, sabia que ele tinha uma arma e se não quisesse morrer ali, era melhor obedecer.
Ele pressionou na minha cara um pano com cheiro de álcool e foi tudo que senti.
O meu conto de fadas, os meus planos do ano inteiro para o acampamento, minha felicidade, acabavam ali. Será que voltaria ver a beleza da natureza? Será que voltaria ver meus amigos? Minha família? Minha mãe, nem consegui me despedir direito. O que é que fosse que estava me levando, não tinha bons planos.

[Continua...]





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Autor(a): jay

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • lindafan Postado em 20/10/2013 - 04:10:23

    Muito otima a historia. Continua postando mais historias, vc escreve bem.

  • amywinchester Postado em 14/04/2012 - 17:56:04

    Curti esse conto.Só não gostei da Gabi ter morrido ;/

  • misterdumpet Postado em 10/12/2011 - 11:27:10

    Acompanhem as últimas semanas da webnovela DESVIO DE CONDUTA. Os capítulos finais estão imperdíveis com desfechos impressionantes. A novela que fez você entender que ser bom ou ser mau é questão de opinião, está chegando ao fim. http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=12089

  • feerniki Postado em 20/10/2010 - 22:13:31

    ++++++++++++++++


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