Fanfic: CONTO: O ACAMPAMENTO
Se fosse isso que tivesse ocorrido, seria bom. Mas infelizmente não foi.
- Como o mar é lindo, né? – conhecia aquela voz fria.
- Por favor deixa eu ir embora! – eu me ajoelhei, não tinha mais força, as lágrimas escorriam pelo meu rosto.
- Você acham que só umas lagrimas, fariam deixar você ir. Todos que eu pego, choram e choram. Perca de tempo só perde água do corpo
Agora que ele falava em água, percebia que estava morrendo de sede.
- Agora que você viu que é impossível sair daqui. E que você não está mais nas serras gaúchas. Podemos voltar para nossos negócios.
- Aonde estamos? – tentei imaginar, litoral, com essa floresta. Mas não veio nada na minha caça.
- Não importa aonde estamos – disse, se aproximando.
Eu me afastei. Mas ele se aproximou mais ainda, tentei continuar me afastando, mas a grade me impediu, e graças a Deus, ela estava desligada. Ele começou a me acariciar.
-Para! Seu nojento.
- Se você quiser ver seu amigo vivo – ele falava muito bravo-. Terá que fazer tudo que eu quero.
Logo voltei para realidade, o Pitt Bull, havia abaixado suas calças. Deixando tudo a mostra. Comecei a gritar, mesmo sabendo que ninguém em escutaria. Tente me soltar mais ela impossível. Quando começou a me beijar, dei um chute entre suas pernas. Ele caiu no chão, e comecei a correr.
Sabia que não havia lugar para fugir, mas poderia me esconder. Corri mesmo sem força, em zigue-zague, para ser mais difícil me achar. Quando me senti segura, sentei no chão, perto de um pequeno rio, bebi água, lavei meu rosto que estava com sangue seco. A noite chegara, e eu estava perdida no meio do nada.
Vendo a lua aparecer, pensei como fora me vida até ali. Como comecei a namorar Pablo, nós sempre fomos tímidos, todavia em um dia de aula de Ed. Física, ele foi o primeiro a me escolher para seu time de vôlei. Todos ficaram enchendo o saco. A gente combina de se encontrar em um parque e adorávamos fazer piquenique, ele não sabia fazer lanches direito. Mas mesmo assim o amava. Ele era perfeito, sabia me dar liberdade, sabia em fazer ri. Encostei-me em uma arvore próxima. Continuei pensando, nos planos que havíamos feito para o acampamento, e o que ele tanto havia desejado tinha conseguido, no ultimo dia dos dois juntos. Foi à melhor noite. Será que o veria de novo? Será que poderia sentir seu hálito quente de novo? Será que poderia ver seu lindo olhar? ... Adormeci
Antes de abrir os olhos, rezei para está na cama em casa, ou na minha barraca. Que tudo tivesse sido um pesadelo. Mas quando ouvi o canto dos pássaros, percebi que continuava no meio do nada, em uma floresta.
- Fran!?
- Césari?! – corri e o abracei. – Pensei que ele tinha feito algo com você
- Consegui fugir, não acredito que consegui te achar – ele falava feliz, e agora reparava em uma pequena cicatriz em seu rosto, e estava limpo e vestido –. Ah! Quando ele foi te seguir, explorei aquela construção, e achei roupa e chuveiro. E muito mais coisas. Acho que você gostaria de fazer.
Eu continuava abraçada nele, ele me dava segurança.
- Muito perigoso, ele deve ter voltado para lá.
- Verdade, mas se temos chances de fugir daqui, temos que achar alguma pista, lá na construção.
- Sim.
- De noite, podemos ir lá.
Eu contei para ele que estávamos no litoral, ele ficou triste, contei tudo que havia ocorrido, e ele me disse que o Pitt Bull, quando viu eu fugindo saiu correndo logo atrás, não ligando para ele. Césari me disse também, que na construção, que parecia uma casa, dava impressão que mais além morava ali. Seria um cúmplice? Depois de uma curta conversa, ele foi pegar algo para comermos, ele afirmou que tinha visto algumas frutas no caminho.
Depois de um pequeno tempo que ele saiu, a mata se mexeu novamente, como ele foi rápido.
- Que frutas trouxe de bom ai? – perguntei levantando
- Fran?! – conhecia aquela voz, será que eu estava certo?
- Pa..Pablo?
- Fran! – ele gritou correndo para me abraçar.
- Cadê aquele que estava com você?
- Quem? Césari?
- Vamos fugir antes que ele volte.
- Por que?
- Ele trabalha com o Sérgio!
- Sérgio? – perguntei
- É o cara louco.
- Como sabe o nome dele?
- Longa história. Mas vamos correr.
- Tarde de mais.
A floresta se mexeu de novo, Pablo fez sinal de silencio, e se escondeu atrás de uma arvore.
- Olha que maças lindas.
Eu ainda estava paralisada, havia reencontrado Pablo.
-Tudo bem, Fran?
No mesmo tempo que me perguntou, Pablo apareceu por trás, e jogou uma pedra na cabeça de Césari, que caiu no mesmo tempo. Algo me prendeu por trás, colocando um pano na minha cara que cheirava álcool. Percebi um leve sorriso no rosto de Pablo, mas era de mim? Ou de Césari caído no chão?
Não tinha mais força, nem lutei para me soltar. Estava me cansando de viver.
[continua....]
Autor(a): jay
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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lindafan Postado em 20/10/2013 - 04:10:23
Muito otima a historia. Continua postando mais historias, vc escreve bem.
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amywinchester Postado em 14/04/2012 - 17:56:04
Curti esse conto.Só não gostei da Gabi ter morrido ;/
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misterdumpet Postado em 10/12/2011 - 11:27:10
Acompanhem as últimas semanas da webnovela DESVIO DE CONDUTA. Os capítulos finais estão imperdíveis com desfechos impressionantes. A novela que fez você entender que ser bom ou ser mau é questão de opinião, está chegando ao fim. http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=12089
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feerniki Postado em 20/10/2010 - 22:13:31
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