Fanfic: percy jackson adaptação com DIEGO E ROBERTA

                                 CAPÍTULO 1

Olá, meu nome é Diego. Diego Bustamante. Tenho 12 anos e até alguns meses atrás estudava na Academia Yancy, um internato para garotos problemáticos em Nova York. Se eu sou um garoto problemático? Sim, pode se dizer que sim. Por quê? Bem, eu poderia começar de qualquer ponto de minha vida para explicar isso mas as coisas começaram a ir realmente de mau a pior numa excursão da Yancy a Manhattan... Uma longa história que pretendo lhe contar, mas antes...

Veja bem, vou lhe falar um pouco sobre mim, sou disléxico e tenho transtorno do déficit de atenção, por aí já deu pra ver que não sou exatamente “como todo mundo”. Estou no 6 ano e já estudei em 6 colégios diferentes. Por que isso? Em todas as escolas algo estranho acontece e eu sou expulso. Um exemplo disso foi no ano passado, minha turma foi visitar o Campo de batalha de Saratoga e eu, bem, eu tive um, hã... um incidente com um canhão da Revolução Americana. Eu não apontei para o ônibus da escola, mas me expulsaram do mesmo jeito (vá enteder)... E antes disso, quando fomos ao parque de tubarões e, só Deus sabe como, eu acionei uma alavanca e todo mundo tomou um banho inesperado (pelo menos nos refrescamos, tava um calor danado). E antes disso... Bem, acho você já entendeu.

Voltando a excursão da Yancy... Imagine 31 adolescentes alucinados e dois professores indo para o Metropolitan Museum of Art para ver velharias gregas e romanas. É, parece tortura. A maioria das coisas da Yancy era mesmo. Mas, o senhor Brunner, nosso professor de latim, era quem estava guiando a excursão, então eu tinha esperanças, poucas, mas tinha.

O Sr. Brunner era um sujeito de meia-idade em uma cadeira de rodas motorizada. Talvez, você não o achasse legal, mas ele era brincalhão e nos deixa brincar em sua aula. Também tinha várias armas gregas e romanas, portanto era a única aula em que eu não dormia.   

Eu queria não me meter em encrenca dessa vez. Tinha esperança de que tudo desse certo na excursão. Cara, como eu estava errado. Veja bem, coisas “ruins” me acontecem em excursões escolares (não só em excursões mas...).

Nessa viajem prometi a mim mesmo que ia ser bonzinho, no caminho pra cidade até agüentei Sol de La Riva, aquela cleptomaníaca loira e sardenta, acertando pedaços de sanduíche em meu melhor amigo Grover. Grover era um alvo fácil. Eu já não estava agüentando mais a Sol...

- Eu vou matá-la. – murmurei.

- Esta tudo bem, deixa pra lá – disse Grover, enquanto se esquivava de outro pedaço de sanduíche.

- Agora chega. – Começei a me levantar, mas Grover me puxou de volta para o assento.

- Já tão de olho em você – ele me lembrou. – Sabe que se fizer qualquer coisa...

Agora, preferia ter acertado Sol de La Riva na hora. A suspensão não seria tão ruim como o que aconteceu depois.

O Sr. Brunner guiou o passeio. Tudo estava indo bem, exceto por algumas briguinhas com a Sol. Sempre que brigávamos, a Sra. Dodds (a outra prof. que nos acompanhava) me olhava de cara feia. A sra. Dodds era uma professorinha de matemática que me detestava. Desde o primeiro instante ela adorou Sol de La Riva e concluiu que eu era um encrenqueiro.

Enquanto o Sr. Brunner explicava algo sobre os deuses gregos e os titãs Sol disse:

- Como se fossemos usar isso na vida real. Não vão nos perguntar em uma entrevista de emprego: “por favor explique por que Cronos comeu os filhos”. Fala sério!!

- Diego, por favor responda a pergunta de Sol: Como usamos isso na vida real? – pediu o sr. Brunner.

- Eu, erm, eu não sei senhor. – eu disse.

- Entendo. – Disse o Sr. Brunner.

Ele ficou triste com minha resposta. Ele realmente esperava que eu soubesse.

Depois todos saímos para fazer um lanche. Epa, quase todos, o Sr. Brunner me chamou para conversar.

- Diego, você tem de aprender a responder minha pergunta.

- Ahn, sobre Cronos?

- Não, sobre a vida real. E em como seu estudos se aplicam a ela.

- Eu, erm, eu vou me esforçar mais, senhor.

- Diego, o que aprende em minha matéria é de extrema importância para você. De você aceitarei apenas o melhor.

Então segui para fora. Sentei-me com Grover, perto da fonte. Estava tudo bem, até que Sol chegou e jogou se lanche em Grover. Tentei ficar calmo, o orientador da escola me dissera mil vezes: “conte até dez, controle seu gênio.” Mas estava tão furioso que meu deu um branco. Não me lembro de ter tocado nela, mas quando dei por mim Sol estava sentada com o traseiro no chafariz berrando:

- Diego me empurrou!!!

A sra. Dodds surgiu ao nosso lado. Algumas crianças estavam sussurrando:

- Você viu...

- ... a água...

- ... parece que a agarrou...

Eu não entendia nada. Só sabia que estava encrencado de vez. A sra. Dodds olhou para mim com um fogo triunfante no olhar como se esperasse por aquilo o ano todo:

- Agora, meu bem...

- Eu sei – resmunguei. – Um mês apagando livros de exercícios.

Não foi o melhor a dizer.

- Venha comigo. – disse a sra. Dodds.

Eu a segui de volta ao museu. Quando estava entrando vi Grover olhando nervosamente para mim e para o Sr. Brunner como se quisesse que o Sr. Brunner me ajudasse. Tinha algo estranho nos olhos de Grover, preocupação talvez, não, não era isso, era... era medo, puro medo.

A sra. Dodds me levou a uma sala no museu e disse:

- Você está nos causando problemas, meu bem...

Eu disse o que era seguro:

- Sim, senhora.

- Nós não somos bobos, Diego Bustamante. -  disse a sra. Dodds. – Quanto tempo achou que levaria para que o descobríssemos? Confesse e sentirá menos dor. E então?

- Senhora, eu não... – eu disse totalmente confuso.

- Seu tempo acabou. – Rosnou a sra. Dodds.

Então ela começou a se transformar... De repente, eu estava diante de uma bruxa má e enrugada, com asas de morcego e com uma boca repleta de presas amareladas.

Aí, as coisas ficaram ainda mais esquisitas. O Sr. Brunner apareceu na porta com uma caneta na mão e gritou:

- Diego, pegue! – e jogou a caneta para mim.

Agarrei a caneta, mas quando a peguei não era mais uma caneta, era uma espada. A sra. Dodds rosnou:

- Morra, meu bem. – e veio pra cima de mim.

Fiz a única coisa que me ocorreu: desferi um golpe com a espada e a atingi no ombro. Ela se tranformou em areia assim que a lamina a tocou. Eu estava sozinho na sala. Não acreditava no tinha acontecido, será que eu imaginei tudo aquilo?

Voltei para o lado de fora. Encontrei o Sr. Brunner sentado embaixo de um guarda-chuva lendo seu livro como se nunca tivesse se saído dali. Fui até ele.

- Ah, é a minha caneta. Traga seu próprio instrumento de escrita no futuro, Sr. Bustamante.

Entreguei a caneta a ele.

- Senhor – disse eu – onde está a sra. Dodds?

- Quem?

- A outra professora que nos acompanhava. A sra. Dodds. Professora de iniciação à Álgebra.

- Diego, não há nenhuma sra. Dodds nesta excursão. Até onde sei, nunca houve uma sra. Dodds na Academia Yancy. Está tudo bem?