Fanfics Brasil - CAPÍTULO 2 percy jackson adaptação com DIEGO E ROBERTA

Fanfic: percy jackson adaptação com DIEGO E ROBERTA


Capítulo: CAPÍTULO 2

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                              CAPÍTULO 2


        Eu estava acostumado com algumas experiências esquisitas. Mas aquela alucinação todo santo dia era demais pra mim. Durante o resto do ano todo parecia que todos estavam me pregando algum tipo de peça. Os alunos estavam completamente convencidos de que a sra. Kerr – uma loira alegre que eu nunca vi na vida até que ela entrou no nosso ônibus no final da excursão – era nossa professora de iniciação a álgebra desde o Natal.  Ás vezes eu soltava uma referencia a sra. Dodds para ver se conseguia fazê-los ceder , mas eles me olhavam como se eu fosse louco.


       Acabei quase acreditando neles. QUASE.


Grover não conseguiu me enganar. Quando eu falava sobre a sra. Dodds ele hesitava e depois dizia que ela não existia. Mas eu sabia que ele estava mentindo.


Tinha algo acontecendo. Alguma coisa havia acontecido no museu. De dia eu não pensava muito no assunto porque eu não tinha tempo, mas de noite lembranças da sra. Dodds com garras e asas de couro me faziam acordar suando frio.


       Para completar, o tempo estava muito maluco, o que acabava de vez com o meu humor. Um raio explodiu as janelas do meu dormitório e alguns dias depois um tornado jamais visto atingiu um vale bem perto da Yancy. Me sentia sempre mal-humorado. Minhas notas caíram de D para F. Entrei em mais brigas com Sol de La Riva e suas amigas. Me tiravam de sala em quase todas as aulas. E por fim, quando nosso professor de inglês me perguntou pela centésima vez por que eu tinha tanta preguiça de estudar pra prova, eu explodi. Chamei-o de velho caduco e dipsomaníaco. Não sei o que isso quer dizer mas soou muito bem. Foi a famosa gota d’água.


        Na semana seguinte o diretor mandou uma carta pra minha mãe tornando oficial: eu não seria convidado a voltar a Yancy no ano que vem. Perfeito, simplesmente perfeito ¬¬


Quando a semana de provas foi chegando, eu só estudava para latim. Me lembrava do que o Sr. Brunner havia me dito, de que essa matéria é questão de vida ou morte pra mim. Não sei bem porque, mas comecei a acreditar nele. Na noite anterior à minha prova fiquei tão frustrado que joguei o livro de mitologia na parede. Não tinha como eu me lembrar da diferença entre Quíron e Caronte, e Polidectes ou Polideuces. E conjugar aqueles verbos latinos? Nem morto. Depois de um tempo respirei fundo e peguei o livro de mitologia. Eu nunca havia pedido ajuda a um prefessor antes, mas eu acho que assim o Sr. Brunner vai ver que eu pelo menos me esforcei.


         Fui até os gabinetes do professores. As portas da maioria estavam fechadas e as luzes apagadas. Mas a porta do Sr. Brunner estava entreaberta e a luz estava acesa. Eu já estava perto da porta quando ouvi vozes. O Sr. Brunner tinha feito uma pergunta e uma voz que sem dúvida era a de Grover disse “... preocupado com o Diego, senhor.” Eu gelei.


         Eu não sou bisbilhoteiro, mas duvido que alguém não tentaria ouvir seu melhor amigo falando sobre você com um adulto. Cheguei um pouquinho mais perto...


- ...Sozinho nesse verão – Grover estava dizendo. – Quer dizer, uma Benevolente na escola!! Agora sabemos com certeza, mas eles também sabem...


- Vamos piorar as coisa se o apressarmos – disse o Sr. Brunner – Ele ainda tem que amadurecer mais.


- Mas não podemos perder tempo! O prazo final do solstício de verão...


- Terá de ser resolvido sem ele, Grover. Deixe-o viver sua ignorância enquanto ainda pode.


- Senhor, ele a viu...


- Imaginação dele – insistiu o Sr. Brunner. – A Névoa sobre os alunos e a equipe é o suficiente para convencê-lo disso. 


- Senhor, eu não posso fracassar de novo – disse Grover infeliz. – Sabe o que significaria...


- Grover, você não fracassou. Você vai ver, vai dar tudo certo. Vamos nos preocupar só em manter Diego vivo até o próximo outono...


 


        Sem querer deixei o livro de mitologia cair de minha mão com um ruído alto. O Sr. Brunner se calou. Com o coração disparado peguei o livro e corri de volta pelo corredor. Entrei na sala mais próxima e me escondi. Segundos depois ouvi um clop-clop-clop e um som como o de um animal farejando.  Em algum lugar no corredor o Sr. Brunner falou.


- Nada – murmurou ele. – Meus nervos estão a mil desde o solstício de inverno.


- Os meus também – disse Grover. – Mas eu podia ter jurado...


- Vá para o dormitório – disse-lhe o Sr. Brunner. – Você tem provas amanhã.


- Nem me lembre :/


 


       Esperei uns minutos então me esgueirei pelo corredor e voltei para o meu dormitório. Grover estava deitado na sua cama estudando latim como se estivesse estado lá a noite toda.


- Ei! – disse ele com olhar de sono. – Vai estar preparado para a prova?


Não respondi.


- Você está com uma cara horrível. – Ele franziu a testa. – Está tudo bem?


- Só estou cansado. - respondi.


       Virei-me para que ele não pudesse ver minha expressão e tentei dormir. Não entendi o que ouvi lá embaixo. Queria acreditar que tinha imaginado tudo. Mas algo estava claro: Grover e o Sr. Brunner estavam falando de mim pelas costas e achavam que eu estava em perigo.


 


       No dia seguinte, quando estava saindo da prova de latim atordoado com todos os nomes gregos que escrevi errado, o Sr. Brunner me chamou de volta.


- Diego – disse ele. – Não se sinta mal por sair de Yancy. É o melhor pra você.


Ele estava sendo gentil mas fiquei sem graça com suas palavras. Eu murmurei:


- Está bem, senhor.


- Quero dizer... – continuou ele. – Aqui não é o lugar certo pra você. Era só uma questão de tempo.


       Meus olhos ardiam. Lá estava meu professor preferido na frente da classe me dizendo que eu não era capaz. Quer dizer, ele passou o ano todo falando que acreditava em mim pra agora dizer que eu estava destinado a ser expulso.


- Ok. – disse eu tremendo.


- Não, não é isso. – disse o Sr. Brunner. – O que eu estou tentando dizer é que você não é normal, Diego. Não tem nada ser...


- Obrigado. – soltei. – Muito obrigado mesmo por me lembrar.


- Diego...


       Mas eu já tinha ido.


 


       No último dia de aula joguei minhas roupas numa mala. Grover comprou um passagem para Manhattan no mesmo ônibus que eu, então lá estávamos nós juntos indo pra cidade. Na viagem inteira Grover ficava olhando nervoso para o corredor, observando os outros passageiros. Finalmente, não pude mais agüentar:


- Procurando Benevolentes?


Grover quase pulou do assento.


- O que... o que você quer dizer?


Confessei ter ouvido a conversa dele e do Sr. Brunner na noite antes da prova. Grover estremeceu.


- Quanto você ouviu?


- Ah... Não muito. O que é o prazo final do solstício de verão?


Ele se esquivou.


- Olhe, Diego. Eu só estava preocupado com você, entende? Quer dizer, você estava tendo alucinações com professores demoníacas...


- Grover...


- E eu estava dizendo ao Sr. Brunner que devia estar muito estressado já que não havia pessoa chamada Sra. Dodds e...


- Cara, você mente muito mal mesmo ¬¬


- Pegue isto ok? Para o caso de precisar de mim neste verão. - ele me entregou um cartão com um endereço.


- Por que eu precisaria de você?


- Olhe, Diego, é que eu... eu de certo modo tenho que proteger você.


- Grover, do que exatamente está me protegendo?


     Neste exato momento algo do ônibus quebrou e começou sair uma fumaça preta. O motorista mandou sairmos. Estávamos praticamente no meio do nada, em lugar que só tinha algumas bancas de frutas. Não havia clientes só três velhas que estavam tricotando um par de meias. Meias enormes. O mais estranho é que as velhas estavam olhando diretamente pra mim.


- Grover? – disse eu. – Ei, cara...


- Diga que elas não estão olhando pra você. Estão né?


- Estão. Esquisito, não?


       A velha do meio pegou uma tesoura enorme – dourada e prateada, de lâminas longas, como uma tosquiadeira. Grover tomou fôlego.


- Vamos entrar no ônibus. – ele me disse.


- O quê? Lá dentro tá quente pra caramba!!


- Venha!! – ele subiu mas eu continuei embaixo.


     As velhas ainda olhavam para mim. A do meio cortou o fio de lã e eu juro que ouvi aquele ruído atravessar as quatro pistas de trânsito.


     O motor do ônibus voltou a funcionar e o motorista nos mandou entrar. Depois de um tempo perguntei a Grover:


- Grover?


- Sim?


- O que me diz?


 - Diego, o que você viu lá atrás? Na banca de frutas.


- Aquelas velhas? O que há com elas, cara?


 - Só me diga o que você viu.


- A do meio pegou a tesoura e cortou o fio.


      Ele fechou os olhos e fez um gesto com os dedos parecido com o sinal da cruz, mas não era isso era algo um tanto... mais antigo.


      Ele disse:


- Você a viu cortar o fio.


- Sim. E dái? – Mas eu já sabia que era algo importante.


- Isso não está acontecendo – murmurou Grover. Ele começou a morder o dedão. – Não pode ser como na última vez.


- Que última vez?


- Sempre o sétimo ano. Nunca passam do sétimo.


- Grover – disse eu, porque ele já estava me assustando –, do que você está falando?


- Me deixe ir da estação até a sua casa com você. Prometa.


Aquele me pareceu um pedido estranho, mas prometi.


- Grover... Aquele corte no fio. Significa que alguém vai morrer?


       Ele olhou pra mim com tristeza como se já estivesse escolhendo as flores do meu caixão.    



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Autor(a): marilarbd

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 82



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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 21:34:04

    Cara eu to tentando lembrar mas não consigo, quem é o fantasma que ta com o nico... não lembro=/
    POXTA MAIS

  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:02

    Sorry não ter vindo antes é que eu não tinha visto que voce tinha poxtado!!!!!
    Poxta a conversa deles!!!!!!!!!!!!!!!!
    POXTA MAIS

  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:02

    Sorry não ter vindo antes é que eu não tinha visto que voce tinha poxtado!!!!!
    Poxta a conversa deles!!!!!!!!!!!!!!!!
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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:01

    Sorry não ter vindo antes é que eu não tinha visto que voce tinha poxtado!!!!!
    Poxta a conversa deles!!!!!!!!!!!!!!!!
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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:01

    Sorry não ter vindo antes é que eu não tinha visto que voce tinha poxtado!!!!!
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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:00

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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:00

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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:00

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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:19:00

    Sorry não ter vindo antes é que eu não tinha visto que voce tinha poxtado!!!!!
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  • paulavondysiempre Postado em 05/12/2010 - 20:18:59

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    POXTA MAIS


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