Fanfics Brasil - Capítulo 7 - Epílogo Memories - Segunda Temporada

Fanfic: Memories - Segunda Temporada


Capítulo: Capítulo 7 - Epílogo

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O tempo se passara tão rápido quanto uma tarde normal, e como Shiki pensara certa vez, realmente todos seguiriam seus próprios caminhos sem olhar para trás e isso não era nem um pouco triste, esquecer era preciso. Não era o nosso passado que iria falar pelo nosso futuro, tínhamos o poder de mudar o rumo de tudo. E assim aconteceram realmente, todos iriam mudar radicalmente podendo depois de formados, seguirem o caminho para realizarem seus mais preciosos sonhos. Como a morte de Kaoru ou a de Katsui... Não poderíamos esquecer completamente e como era de se esperar, o corpo de nosso amigo Kaoru fora enterrado em um cemitério em sua cidade natal, Osaka.


Em Osaka, em frente ao túmulo de Kaoru estavam belos e grandes buquês de rosas brancas, realmente mesmo que ele estivesse morto e enterrado, não poderíamos não pensar que um cemitério não seria o complemento perfeito para ele. Alguém divertido e que sempre tinha um sorriso no rosto, jogaram-se mais uma flor sobre seu túmulo. Ren ainda estava de óculos escuros quando os tirou e encarando a foto de Kaoru deu um leve sorriso colorido de seu batom vermelho escuro, fechara os olhos como se fizesse uma oração por sua alma. De fato, se talvez ele não tivesse a ajudado a começar seu sonho jamais a banda estaria bem. Ela suspirou profundamente e sentira algo cair sobre sua cabeça, olhara para cima e vira a neve caindo lentamente como se aquilo fosse um sonho. Sorriu novamente e fechara os olhos novamente sentindo a neve cair. Sentia que mais alguém estava ali, virou-se e avistou Shido que chegava com um guarda chuva, ele tinha certa aversão á neve desde que era criança. Ficando ao lado dela, sorriu ao ver a foto de Kaoru no túmulo. Ele se tornara o guitarrista da banda, que por pedido dele mudara o nome para “Kaoru” como uma simples e significativa homenagem. Shido não só era o guitarrista, mas de certa forma se tornara muito mais íntimo de Ren, algo que nem mesmo Shiki haveria de imaginar. Ele sorria ainda encarando as flores, era incrível como quanto mais o tempo passava ele ficava mais adulto, não o garoto bonito que as garotas gostavam, mas sim um verdadeiro homem que agora rezava pela alma de seu falecido amigo. Ele deixara o cabelo mais repicado e o pintara de preto, um dos motivos que o confundiam como “irmão da Ren”.


- É bom visitá-lo assim, quando todos estão tão felizes. Não é verdade? Ele nunca gostava quando alguém do grupo estava triste. – Ren comentava segurando a mão de Shido.


- Tem razão, pena que ele não vai poder presenciar o casamento de Aoi e Satsuki.


Ela sorriu novamente.


- Você vai?


- Não. Podemos visitá-los á qualquer dia, mas agora acho melhor ficarmos por aqui por causa da banda. – comentava.


- Parece que foi até ontem que você brigava com a Satsuki... Tenho saudades dela. – Ren falava ainda sentindo a neve cair.


Ele a encarou.


- Acha que ela viria para cá, suportando o nosso ritmo acelerado de banda? Acho que não. – ele ria.


- Pelo menos para observarmos a neve cair. Sei que você não gosta, então acho que ela também não...


- Sabe muito bem por que eu não gosto, não gosto de coisas perfeitas... Faz-me lembrar de meu pai.


- Percebe que todos nós sofremos de alguma coisa? Você e Satsuki sofreram tanto, você por causa da perda de seu pai e pelo ódio que nutriu por Katsui e ainda por causa de seus pais adotivos que te batiam. Ela perdera a mãe e tivera um pai como Katsui... Mas não digo que são dignos de pena. Sobreviveram e mesmo com as marcas conseguiram atingir a felicidade que sempre idealizaram. – Ren falava voltando a encará-lo.


- Realmente temos marcas, cicatrizes. Elas nunca sumirão e nos acompanharão para o resto de nossas vidas, mas do que importa apenas alimentar a dor se no lugar dela, podemos simplesmente sorrir e irmos atrás de nossos sonhos?


Ren ficara quieta após uma leve risada.


- Você escolheu ir comigo e ela, ficar em Tóquio... E como somos mal educados, nem compramos presentes de casamento para eles...


- Quem disse que não?


- Enviamos presentes?


- Noruma decidiu voltar para Tóquio, arrumei um novo baixista para a banda então não há problema. Noruma é o nosso “presente de casamento” para os dois.


Ren riu levemente ao imaginar Noruma voltando para Tóquio, Shido deu um leve beijo em Ren enquanto voltavam para o hotel em que a banda estava hospedada. Ah sim, e a banda estava fazendo muitos shows em Osaka e ganhando muito mais fãs a cada show. Até o próprio Noruma dissera que o nome do antigo guitarrista daria mais sorte para a banda.


Enquanto a banda estava seguindo o seu caminho, em Tóquio, Shiki trabalhava como advogado para a surpresa de todos que pensavam que ele jamais entraria em uma faculdade de direito por causa das lembranças que tivera sobre Katsui. Porém, ele decidira fazer o certo pensando em nunca deixar que algo como a prisão indevida do pai de Shido acontecesse com mais alguém ou que algum pai como Katsui saísse impune. Ele já não usava mais óculos e estava em seu escritório terminando um trabalho, esticava os braços, aliviado de ter terminado aquele serviço e ajeitando o terno andava até pegar o elevador e descendo, já saindo do prédio em que trabalhava, olhara para o relógio. Sentira alguém dar um forte tapa em sua cabeça, virou-se e vira que era Noruma, que também havia mudado bastante, estava mais alto e mais parecido com Aoi, mas mantivera seus cabelos tingidos de vermelho.


- Shiki! Há quanto tempo!


- Não me dê um susto desses... Pensei que ia me assaltar ou outra coisa do tipo... – Shiki falava aliviado.


- Virou... Advogado?!


- Por que todos fazem essa cara...?! O que tem? Não sou um Katsui.


Noruma coçara a cabeça sem entender por não ter conhecido meu pai.


- Voltei para Tóquio para ir ao casamento do meu irmão com a sua irmã, vamos?


- Noruma... Evite falar que ela é minha irmã, ela realmente é, mas sempre nos esquecemos disso...


- Tudo bem. Vamos agora?! – perguntava já impaciente e puxando Shiki, ele bufou novamente e seguira Noruma para o caminho da igreja que era branca e estava enfeitada de flores da mesma cor, ao entrarem sentaram-se ao lado de Yohei que estava com a filha adotiva que dera o nome de Iromi, que mostrava até alguma semelhança com a minha mãe, tendo a mesma cor de olhos. Os dois sentaram-se e sentiram uma alguém tocar seus ombros.


- Noruma, Shiki. Pensei que não viriam. – Aoi falara, os dois viraram-se e Noruma deu um tapa no ombro de Aoi fazendo um alto som de estalo.


- Noruma...! Estamos em uma igreja, dá pra ser menos barulhento? – Shiki falava morrendo de vergonha.


- Tudo bem, tinha que ver quando ele era menor... Eu quase o jogava pela janela. – Aoi comentava rindo, enquanto ajeitava a gravata por que ainda tinha muita dificuldade de usar.


- Por que decidiram fazer tudo tão branco...? – Noruma perguntava.


Aoi riu e olhara Yohei.


- É uma homenagem para Iromi, algo leve e calmo é o que queríamos. Como homenagem é Iromi, como rosas brancas que ela gostava e como eu e Satsuki queremos que seja a nossa vida. Calma, apenas calma.


Noruma e Shiki sorriram ao entender a homenagem.


- Alguns de vocês podem tomar conta de minha filha? Tenho que ver Satsuki. – Yohei pedira, Shiki segurara a bebê que já brincava com uma parte de seu terno. Aoi voltara para o altar enquanto Yohei ia até onde eu estava que era uma casa ao lado da igreja, que por acaso era a dele, eu já estava pronta, meus cabelos haviam crescido novamente e eu estava mais parecida com minha mãe, ajeitei as flores de meu buquê. Yohei batera na porta e entrara, sorriu levemente para mim e eu ajeitei meu véu.


- Pronta? – perguntava.


- Yohei. Quero que faça uma coisa para mim, significaria muito para mim e até para minha mãe se ela ainda estivesse aqui...


- O que seria?


- Você pode me levar até o altar? – pedi, ele sorriu levemente fazendo que sim com a cabeça, estendeu a mão e eu a segurei. Respirei profundamente e andei com ele, ao chegarmos á igreja eu fechei os olhos e fiz uma reza rápida pela alma de minha mãe, era o que ela queria. Que eu fizesse o que era certo, o que eu queria. De fato, eu deveria fazer somente o que meu coração mandaria. Yohei me levara até o altar e a cada passo parecia que eu ficara cada vez mais emocionada, não pelos batimentos de meu coração em sintonia com os de Aoi, mas sim por que eu realmente estava feliz de estar ali. Cada dor, cada momento triste que passei e consegui sobreviver e até mesmo os momentos bons que compartilhei seja com Aoi ou com Ren ou Shido... Eu realmente sabia que a “minha” felicidade não seria um período de tempo em que eu só sorriria, mas sim, o conjunto de todos os momentos que me faziam ser o que eu realmente era. Ao chegar ao altar, segurei na mão de Aoi como se aquilo fosse um sonho, uma utopia. Ele sorrira para mim e eu sabia que naquele momento ele jamais iria embora, cumpriria sua promessa. Ao colocar a aliança em meu dedo, ele sorriu e depois de beijar-me após aceitarmos, ele dissera em voz baixa para mim algo que ficaria em minha mente.


- Eu vou cumprir minha promessa, sempre quis cumprir desde que te conheci. Por que te amo não pela pessoa que sou quando estou com você, mas sim, pela pessoa que somos quando nossos corações estão juntos.


Eu o beijei novamente sentindo como se meu coração finalmente estivesse livre, meu coração fora invadido pela total felicidade de saber que eu finalmente havia encontrado o principal objetivo de minha jornada. Era encontrar a minha felicidade e esta só estaria completa quando eu o encontrasse. De certa forma a vida não era constituída só pela felicidade, era o conjunto de momentos felizes e tristes que tivemos ou compartilhamos, não importava o quanto sofresse eu sabia que um dia esse sentimento avassalador e assustador de dor sumiriam! Por que somos seres humanos egoístas por natureza, sofremos por não sermos completos e passamos a vida atrás de nosso maior complemento e só damos valor quando perdemos, mas quem estaria tentando enganar? Só queremos roubar de outra pessoa o que falta para completar nosso coração? Não, só queríamos saber a grandiosidade da pessoa que somos quando somos completos e de nada adiantaria sermos as melhores pessoas do mundo, dizendo que não desejamos nada em troca deste sentimento tão belo. Claro que desejamos e a conseqüência para o desejo infelizmente é a dor, o sofrimento. Mas, nada neste mundo é dado de graça. Se eu sofro ao ver a pessoa que amo ficar triste, seria isso “amar”? Sim, claro que seria. Por que no exato momento em que deixamos nosso orgulho de lado e no lugar dele permanece o desejo de tirar da pessoa que se ama a dor, o sofrimento... Se no lugar do orgulho há a dor ao ver uma lágrima cair do rosto da pessoa que se ama, então sem dúvida já sabemos que estamos com o sentimento maia belo e o que move nossos desejos. Não importa o quanto negássemos, já era tarde. O sentimento já estava ali e quantas pessoas já não se perguntaram do por que de possuir tal sentimento ou até a pergunta sobre qual seria o sentido da vida. Essa eu não poderei responder, cabe á cada pessoa procurar suas respostas em seus corações. Mas, a minha “resposta” eu sempre saberei. Não importa quantos anos sejam necessários para que a pessoa que amo atinja seus objetivos, eu a apoiarei mesmo que eu não estivesse ao seu lado. Por que a pessoa que sou não é a melhor de todas e nem a pessoa que amo é perfeita, mas sei que apenas amo cada defeito dela por que aos meus olhos os mesmos defeitos são tão belos e tão simplórios, que passam a ser belas pérolas. Eu amo não por amar, não por necessidade ou solidão. Não vulgarizo este sentimento tão nobre e tão grande, de nada sei... Apenas tenho consciência que apenas amo. Pela pessoa que sou quando estou com ele e pelo que o nosso sentimento é quando estamos juntos.



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Autor(a): akaisora

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