Fanfic: O homem do gás (completa)

Admirava isso em Dulce, admirava sua intensidade, seu fogo. Podia dizer que a tinha e podia fazer o que quisesse com ela, pois por mais que não se conhecessem há muito tempo, ela confiava nele, assim como ele confiava nela.

Dulce só conseguia morder os lábios, seus olhos fechados porque as sensações eram indescritíveis. Ele continuou massageando-a lentamente. Subindo os beijos por suas costas ele não queria que ela chegasse sozinha. Queria acompanhá-la então tirou sua mão de onde estava e ouviu um protesto rouco dela...

- Não se preocupe... – tragou a saliva. - Tou guardando algo melhor para você... - disse isso impulsionando o corpo dela para frente alisando sua fina cintura e levando seu objeto ao destino final. - Você gosta assim? - indagou passando sua grande anatomia em sua entrada molhada....

- Humrum...

- E assim? – perguntou colocando a pontinha na sua entrada.

Dulce só teve forças para segurar na borda da pia.

- Responde... – e passou sua língua por toda sua orelha.

- Sí...

Ele continuava castigando-a. Esse desgraçado queria que ela o implorasse. Ele queria que ela pedisse...por ele. Mas Dulce estava no seu mundo, viajando em suas sensações, enquanto ele a castigava passado lentamente sua glande em seu ponto máximo de prazer que estava tão rígido quanto ele. Dulce era fogosa, pensava ele, vendo como ela rebolava ao toque e ao ritmo da dança que ele ditava.

- Eu...quero... - disse ela ofegando mais rápido.

- Quer o que??? - passando bem lento.

- Eu ...quero...você todo dentro de mim...

Quase não teve forcas de falar mais nada, só percebeu que ele levantava levantou um pouco sua perna pelo joelho penetrando-a forte. O impulso foi tão forte que Dulce quase bateu com a cabeça na torneira.

Christopher se deteve, preocupado.

- Te machuquei?

- Não.- respondeu ela gemendo, não deixando de mover seus quadris.- Não...vai, vai, não pára pelo o amor de deus!

Chris só pode atender um pedido tão urgente. A segurou pela cintura e a tomou como um leão... Ela estava alucinando e ele faria ela ir ao inferno e ao céu ao mesmo tempo. Desceu sua mão que estava em sua cintura e foi ao encontro do seu centro de prazer e começou uma carícia com a ponta do seu dedo rápido e lento.
Dulce sentiu a uma lágrima descer por seu olho esquerdo... Não estava mais suportando tantas sensações. Sua boca estava seca, seus olhos estavam cheios de lágrimas, e o suor escorria pelos seus poros. Precisava sentir a boca dele na sua, mas ele não tirava a boca do seu pescoço e de sua orelha, respectivamente, intensificando mais ainda o prazer de Dulce. Ela sabia que não ia suportar muito. E assim que acabou de pensar, sentiu a primeira pontada surgir dentro de si, e só conseguiu ter forças para levar suas mãos até o pescoço dele para se segurar porque senão cairia no chão, pois suas pernas já não respondiam.
O orgasmo chegou como um furação, devastando-a inteira. Ela gritou e pediu mais e mais. Sua cabeça se projetou para frente, em meio a pensamentos tontos e desconexos. Ainda sentiu mais duas investidas fortes e o mundo de Chris também acabou. Ele gemeu gostoso em seu ouvido ao bombear até a última gota de sua essência. Só teve forças de se arrastar até uma cadeira com ela encaixada em seu corpo. E ficaram sentados, suspirando e ofegando alto...
Chris a abraçou forte. Deslizando os lábios por suas costas úmidas...
E esperaram alguns minutos para restabelecerem seus corpos.
Dulce estava passada com ela mesma. E assim que se tocou de ainda estava nua, com ele metido entre suas pernas, a vergonha lhe corou o rosto.
Se levantou devagar, desencaixando os corpos e sem dizer nada foi andando para o banheiro arrumando suas roupas. Passou alguns minutos lá e voltou encontrando Chris sentado na cadeira já vestido e composto.

Nessa horas nem sabia o que dizer. O tesão passava e deixava aquela situação sempre desconfortável. Era uma situação um pouco tensa. Dulce passou por ele indo em direção a pia, mas um braço parou no seu caminho. Ela olhou para mão dele sorrindo...
- Não tenho onde enfiar a cara...- ela se atreveu a dizer.
Ele sorriu.
- Por que??
- No que você ta me transformando??? - Disse incrédula.
- Eu???
- Sim, você... – disse olhando em seus olhos.
Ele a puxou para o seu colo.
- Me conte essa história de perto... - disse passando o nariz no pescoço dela.
- Ah você sabe Chris. Eu sou casada e você vem na minha casa pra trocar um bujão e olha que acontece....
- E você acha isso ruim???
- Óbvio que não, mas não ta certo....eu tenho que respeitar minha casa...
- Então faremos assim...só nos encontraremos em outro lugares,ok???
Dulce podia dizer que não??? Jamais! Não ia dispensar esse broto por nada...
Ele lhe deu mais um beijo no pescoço, sentindo fundo o seu cheiro.
- Eu tenho que ir... - disse ele com pesar.
- Eu também tenho que terminar a comida aqui... Você quer comer algo?
- Não, por enquanto eu estou satisfeito. Bom, dá para agüentar passar o dia...mas eu vou, querendo que você saiba que eu quero mais. Quero a nossa noite... – e beijou sua boca, somente roçando seus lábios nos dela. – E eu não vou descansar até que esse dia chegue... – mordeu os lábios dela, brincando com suas língua. - Eu te ligo...
- Espero...
Dulce o agarrou pela cabeça, colando sua boca com a dele. O beijo foi bastante intenso, porém, rápido. Logo Christopher ficou de pé e a agarrou outra vez, arrastando-se aos beijos até a porta.
Quando a porta se fechou e Dulce escutou o barulho da moto...começou a rodar de alegria no meio da cozinha...
- OH MEU DEUS VIREI UMA VADIAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!

Uma hora depois...

Dulce estava quase terminando de embalar as marmitas, cantando alegremente uma música romântica.

- Lembro com muita saudade daquele bailinho...que a gente dançava bem agarradinho, que o que a gente queria mesmo era se amassar... E tudo o que a gente transava eram três quatro roupas, eu era a raposa e você era as uvas, e eu sempre querendo o seu beijo roubar... – cantou mais alto fechando as últimas marmitas. – E por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza, que no fim do baile, na minha lambreta...aquele broto bonito ia me abraçar...

Dulce deu um sorrisinho lembrando-se do forró da Lapada, onde havia encontrado seu galã Christopri. E presa em suas recordações, ela sentiu alguém atrás de si...lhe abraçando. Ela ergueu uma sobrancelha, pensando: “Será que era ele que tinha voltando para um 2º round???”. Mas ao sentir o fedor de sovaco azedo, fez uma careta, virando-se, sabendo que era Poncho e seu sorriso banguelo.

Mesmo sabendo que era ele, ela levou um susto.

- QUE SUSTO MEOOOOOO!!!! Nossa, meu filho mais uma dessa eu infarto.... – e colocou a mão no peito, arfante.

- Oi amor! – sorrindo docemente.

- Já ta bêbado desgraca???? – perguntou ela virando-se para as marmitas.

- Claro que não, amorzinho.

- Então o que você faz em casa uma hora dessas e ainda mais assim me olhando, me chamando disso aí? - disse se encostando na pia pegando uma faca e colocando atrás de si. – Poncho, você tomou seu gardenal????

- Sim gatinha. A caixa acabou tem 2 dias e você não me deu dinheiro para comprar...

- O que tu fez dos 15 reais que te dei pra passar o fds???

- Joguei no bicho e perdi que mal tem nisso???

- Aff, pra você não tem mal nenhum, você não tem juízo mesmo.

- Se eu tivesse ganhado você não estaria reclamando... – falou com desdém, abrindo a geladeira e tomando água.

 Mas esse é o problema! Você nunca ganha! E tá dando é sorte que tem meses que não tem mais ataques epiléticos...
Dulce começou a lembrar tudo o que tinha vivido com Poncho. As várias crises de epilepsia. Noites sem dormir com ele se debatendo e babando pelos cantos da casa. E de repente lembrou no aniversário de 3 anos de Bergleno, filho de Maite, que ele caiu em cima do bolo. Até hoje Bergleno pensava que ele era o palhaço da festa.

- Dulce, para mim estou curado. Não sinto mais nada...e eu vim mais cedo porque preciso falar com você...

- E isso agora??? Dinheiro para dividas em jogo??? Ou pra levar as putas no motel? Nem sonha... – ela riu.

- Não, Dulce você só pensa em grana...eu to falando de nós dois!

Dulce olhou na cara dele.

- Nós dois quem, cara pálida...?

- Nós Dulce, eu e você, você e eu....nosso casamento...

- Realmente Poncho tu voltou a fumar maconha só pode....

- Não amor, eu andei pensando eu to falhando como marido. Quero que nós dois vamos pra igreja, pro grupo de casais resgatar nossa felicidade....

Dulce realmente tava em choque. Poncho tinha se drogado. Injetou crack no rabo, só podia.

- Então Dulce tava até pensando na possibilidade da gente adotar uma criança.

Não agüentou mais.

- Poncho... – e se aproximou dele pegando sua mão, com a maior calma do mundo.

- Diz para mim se é problema com drogas? – e olhou para ele docemente, prestativa, paciente. – Se for isso, a gente junta dinheiro e tu vai pro centro evangélico de reabilitação!

Ele negou com a cabeça, impaciente.

- Dulce, você não tá entendendo eu quero tentar...?

Dulce abriu os olhos como pratos. Realmente Poncho tinha surtado... Se virou pra pia e começou a lavar os pratos. Até que sentiu Poncho leh abraçando por trás. Dulce ficou rígida de tensão e Poncho começou a passar as mãos por suas coxas.

Ela sentia um asco que nunca pensou em sentir de uma pessoa...e quando ele subiu a mão para o meio de seus pernas e começou a acaricia-la, Dulce não teve outra reação que empurra-lo.

- NÃO ME TOQUE!!!! - Disse com a fúria contida no seu olhar...

Poncho deu vários passos para trás pelo grito dela. Nunca tinha visto ela tão furiosa.

Dulce pegou a faca e foi caminhando ao seu encontro.

- Nunca mais ouse tocar essa mão imunda em mim...senão te capo entendeu???? Jogo pro Maicon, o cachorro da vizinha essa Tripa de Porco que você tem entre as pernas. - gritou passando a faca no nariz dele.

Poncho estava chocado! E com medo. Nunca esperaria que Dulce, seu doce, agisse assim. Só que as coisas tinha mudado muito durante os anos.

- Você tem 5 minutos para pegar essas marmitas, ir entregar e sair pra vender a moto na feira do rolo. – falando rápido pela raiva. - Eu quero esse dinheiro antes de 5 horas nas minhas mãos ok???!!!!

Poncho somente suspirou e saiu com os rabinhos entre as pernas.

Dulce resolveu tomar banho pois ainda estava empapada com as marcas de que tinha feito há pouco tempo.

Entrou no banheiro ainda com a conversa de Poncho zumbindo em seus ouvidos. Ele tinha dito...Recomeçar??? Tragou a saliva, pendurando a toalha em um prego na parede. Se fosse há uns 2 anos atrás, ela até poderia chegar a pensar nessa possibilidade. Poncho tinha tocado em seu ponto fraco...em ser mãe, tudo o que sempre quis na vida, felicidade essa que jamais poderia encontrar com Poncho, por ele ser estéril.

Tirou a roupa, se vendo no espelho, comprovando as marcas dos dedos que aquele Homem deixara nela. Pensou em Poncho. Pensou em Recomeçar, mas não viu mais futuro naquilo. Poncho dia-a-dia havia matado o sentimento que Dulce nutria por ele. E recomeçar, naquele momento, era a palavra errada a se colocar, pois ela já havia recomeçado.

Havia descoberto que estava viva, que seus pulmões continuavam concentrando oxigênio. Havia descoberto que seu sangue corria em suas veias... havia descoberto que seu coração continuava batendo.

Estava viva!

E não por causa de Poncho. Não por ele.

Mas, sim, por aquele Homem. Aquele Homem que conseguiu reacender as chamas de sua vida. Aquele Homem que a despertou do sarcófago onde vivia.

Por ele havia recomeçado. E o agradecia imensamente por isso.

Tomou um banho rápido e foi para casa de Maite ver como estava a amiga...

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Poncho seguia entregando as marmitas, passou pelo salão do Krystian e buzinou para Anahí, que estava encostada na porta, vendo a feira mais na frente. Abriu um sorriso enorme e se voltou para o salão, vendo como Christian soltava um muxoxo.

- Esse boy não tem jeito. - disse Krystian olhando a amiga com lástima.

- Ahhhhhh Krys tu não vê que esse aí me ama...

- Claro. – ironizou Krystian revirando os olhos. Tinha pena de sua amiga. Mas, enfim, ele já estava acostumado a se sentir assim. – Então amix, tu já viu o gato que apareceu na rua???

- Ah aquele que chegou de Tlacotalpan???

- Sim o que canta seresta dos Biquínis. Menina, disseram que ele vai se apresentar na toca das gatas sábado,vamos??? Tou tão excitada! Vamos, amix?

- Ah não sei se Poncho vai gostar...

- Larga a Mao de ser besta..ele é casado, sua anta! – rebateu ele irritado.

- Casado só no papel, meu amor..

- Te juro que não vou mais me irritar por causa dessa história! –suspirou fundo. – Agora continuando... Menina, já puxei a ficha do bofe, se chama Pablo e disseram que morde a fronha loucamente...

Anahí arregalou os olhos de lentes azul.

- MENTIRAAAAAAAAAAAA!!!!! – colocou a mão na boca, passada. Piscou os olhos e franziu a testa. - Ele é até ajeitadinho....

- Você que pensa, nega. Esse engana bem, eu vi ele dando maior pinta na padaria comendo um pão com ovo. Me olhou toda...de rabo de olho! Ele pensa que eu não vi... – e deu uma gargalhada. – Nega, eu conheço viado só pelo cheiro...

- Ah não achei ele tão pintosa assim não ...

- Hahahaha realmente, meu amor. Ele não é uma pinta, aquele lá é uma mancha! Por isso atoro meu perigon...chamarei ele pra tomar uma com a gente no intervalo na hora do karaokê...

Anahí sorriu se sentando, ao ver Krystian lixando as unhas.

- Aiiii quanto tempo não canto no karaokê? Faz tempo demais...lembro que só tirava 98.

- Ah mona tu tem a voz perfeita...devia fazer um teste para ir no programa do Raul Gil...

Olhou sonhadora para a rachadura no teto, se imaginando na televisão.

- Meu sonho era ir pro Gran Hermano (Big Brother México)! Comer e beber de graça ali dentro! Gente, ainda mando um vídeo...

- Ah me imagina no BBB! Eu ahazando feroz na Televisa, abalando todas, ahazando no último...

Os dois sonharam mais um pouco e logo Anahí suspirou ao ver Dona Cleusivânia caminhando até o salão.

- Ah La vem minha cliente! Jesus do céu! Vou até acender uma vela lá dentro, porque esse cabelo aí, meu bem, é uma procissão....

Os dois começaram a rir e se levantaram para trabalhar.

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Dulce ia seguindo para casa de Maite. E aquele Homem lhe veio a mente outra vez. O viu há poucas horas, mas já estava sentindo falta dele. Tragou a saliva, olhando para o outro lado da calçada. Fechou os olhos com força tirando essa ideia estúpida da cabeça. Não, não iria se desviar da casa de Maite para passar na frente da Anaconda’s gás! Repetiu isso cinco vezes silenciosamente. Mas como suas pernas não tinham ouvidos, ela não a escutaram. Atravessaram a calçada e seguiram para a outra rua, se desviando do seu caminho.

Lembrou-se daquela voz que lhe atendera. Lembrou-se de como aquela mulher tinha dito “Chris”. Quem era essa tal de Michelle? Seria só uma empregada ou seria algo mais?

Não sabia, nem queria saber...mesmo que no fundo a curiosidade estivesse lhe corroendo. Avistou o letreiro e viu o Slogan da cobra enrolada em um bujão de gás.

Anaconda’s Gás, o combustível da sua vida.

Conseguiu ler no letreiro.

E passando pelo outro lado da calçada, viu uma loira na porta...com uma minissaia e um top vermelho, somente cobrindo os seios fartos. Ficou parada atrás de um trator observando, vendo como não dava nem pra competir. Michelle era linda! Conversava com outros homens, mas não parecia oferecida, nem fácil, estava normal, amigável até. Quando de repente uma moto parou. Dulce viu Christopri e respirou fundo, sentindo como algo nascia dentro de si. Era sempre assim quando o via.
Viu como ele estacionava a moto na frente da loja enquanto tirava o capacete e descia da moto. Viu também o tamanho do sorriso de Michelle ao vê-lo. E se ela já era bonita séria, sorrindo ela conseguia ser mil vezes mais.
Ele mal desceu da moto e Michelle foi correndo pular no pescoço dele. E para sua consternação, Christopri a abraçou como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo...assim como ela tinha feito com ela mesmo naquela cozinha. Soltou um muxoxo ao ver como ele rodava com ela no ar.
O mundo de Dulce acabou. Aquela era a namorada dele! Maldito mentiroso! Sentiu a raiva brotar dentro de si, e sentiu mais raiva ainda ao se dar conta da realidade. A realidade que ela não era nada dele, e que não tinha o direito de cobrar nada, quando ela era a casada dos dois. Mas mesmo assim não evitou sentir como seus olhos se enchiam de lágrimas, assim como seu coração se enchia de decepção. Olhou mais uma vez como ela entrava de mãos dadas com Michelle e saiu para casa de Maite com as idéias confusas.
Não ia comentar nada com ninguém sobre isso porque ela era a errada da historia. O que podia cobrar dele se ela era que era a vadia desse conto? Por mais que ele gostasse do sexo com ela, jamais deixaria sua namorada para ficar com a mulher que tava traindo o marido...

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