Fanfic: O homem do gás (completa)

- Ate umas 2 porque o carregador ta na rua e será cobrado 3 reais a mais...

- Tudo bem. – Dulce assentiu sorrindo. E Blanca ficou chocada, Dulce sempre era casquinha, jamais pagaria 3 reais numa entrega... E agora aceitou, e ainda aceitou sorrindo.

Depois de terem comprado tudo, as duas foram comer o famoso pastel de vento com caldo de cana...

Blanca ainda não saía do seu choque, Dulce ria até pros cachorros na rua de tanta alegria... Blanca estava desconfiada, se ela não tava dando ao marido devia ter comprado um vibrador... É, talvez fosse isso mesmo.

UM POBRE LIGANDO PRA MIM...
UM POBRE LIGANDO PRA MIM...

- Quem diabos tá me ligando a cobrar? Vai acabar todos os meus créditos! - disse Blanca tirando o tijolão da sacola de mercado... colocou no ouvido e atendeu.

- Mãe...

- Fala logo! – interrompeu a voz de Blanca, sua filha mais velha. - Jesus, tá me ligando a cobrar e ainda de um número fixo!

- Mãe, por favor escuta. – disse ela aflita. - Eu tô aqui na delegacia. Fui PRESA! Tem que vir aqui pagar uma fiança de apenas 4 mil reais pra eu sair. Vem logo e arruma um advogado, urgente!

- Presa? Oh sua filha do demo, você acha que eu vou pagar? Sonha! Por mim você aprodece aí mesmo...

Dulce se virou de uma vez sem entender sua mãe, já estava pálida e nervosa... pegou um tamborete e se sentou. Nisso já se formava uma roda pelo escândalo da Blanca no celular...

- Mãe, quem é? – Dulce perguntou.

Blanca só gritava, até que acabaram os créditos e a ligação caiu. Dulce não entendia nada, até que sua mãe começou a contar! Ela ficou pasma como? Sua irmã presa?

- Dulce, eu não irei lá! Que vergonha, meu Deus, que vergonha! Eu não criei minhas filhas pra serem bandidas!

- Mãe, mas você nem sabe o que aconteceu...

- sua irmã foi presa!

-c-como?

-sim jogou o nome da familia na lama novamente! e tem que pagar a fiança de 4 mil reais pra sair.

dulce so tinha uma coisa a fazer ligar para ele.

 Oi princesa!!!
Fechou os olhos ao ouvir sua voz rouca e grave do outro lado da linha. Dulce sentiu todos os músculos do seu corpo derreterem e os ossos sumirem em segundos...
-Oi! – sentiu ruborizar somente de pensar o que dizer a ele. Passou a mão na testa e emendou uma pergunta: - Tudo bem?
- Sim! E com você?
- Não, eu não tô muito bem.- tragou a saliva nervosa. – Por isso que tou te ligando...
- Você quer me dizer alguma coisa? – ouviu como a voz dele soava preocupada. – Foi alguma coisa na sua casa?
Dulce apertou os olhos se sentindo emocionada. Ele estava preocupado com ela. Fazia tanto tempo que ninguém se preocupava assim... Engoliu em seco, sentindo como seus olhos marejavam.
- Na minha casa, não...
- Então...?
- Eu preciso que você me ajude... – estava contendo o choro.
- Claro, princesa, o que você quiser!
Dulce se ergueu e respirou fundo, essa era a hora.
- Bem, Christopri....
- Pode me chamar de Chris já somos bem íntimos... – não evitou sorrir ao relembrar o quão íntimos eram.
- Então Chris... eu tô aqui na delegacia, minha irmã foi presa! – prendeu a respiração pela apreensão.
- Sério?!
- Sim e temos que pagar uma fiança de 4 mil reais e mais 900 reais do advogado. Eu vou vender a minha moto, mas agora não tenho o dinheiro. Você teria pra me emprestar? – trincou os dentes por alguns segundos. – Só até eu pegar o dinheiro da moto...
- Como poderia negar algo a você, meu X-princesa. – e o ouviu sorrir daquela maneira linda. – Tenho algo na minha poupança que to juntando pra montar um negócio pra mim... Arrumarei sim a grana, eu tô entregando uns bujões aqui e em meia hora to aí!
Dulce pendeu a cabeça para trás, passando a mão na testa. Não estava acreditando que ele lhe emprestaria essa grana. Meu Deus do céu, parecia um sonho! Esse homem era um sonho. Teve vontade de gritar de alegria. Deus estava muito feliz com ela, só podia ser! Ele era um presente de Deus!

- Não sei como te agradecer... – disse com a voz embargada pela emoção.

- Sabe sim! – ele riu daquele jeito safado.

Dulce ficou vermelha na hora e soltou um suspiro relembrando de tudo...

- Se você fizer um terço do que fez ontem, já tenho meu pagamento...

Agora Dulce que riu. Já que ele queria isso, iria ter seu pagamento em dobro.

- Já que você quer...

- Claro e quero que seja direito, quero uma noite toda com você. Passaria comigo?

- Claro! - Disse empolgada.

Gente! Que sonho uma noite com ele! Estava morrendo! Seu coração parecia querer sair de seu peito. Era tanta emoção que o X-tripa de porco que comera ontem estava botando um ovo de nervoso.

- Então tá bom! Depois combinamos. Daqui a pouco tô aí... te dou um toque e você vem
pros fundos da delegacia e te passo a grana...

- Nossa Senhora! Obrigada mesmo, irei te pagar tudo...

- Claro! Com muitos beijos e carinhos!

- Isso não é um pagamento não, isso é um presente!

- Acho bom que seja mesmo!! – Riu. – Quero receber presentes todo dia!

- E eu encantada de dar...

Ele gargalhou, fazendo com que ela risse também. Estava uma piranha das boas, seria pior do que sua irmã pra esse homem, só pra esse homem.

- Então to chegando aí, me espera.

- Com certeza eu vou estar te esperando aqui...

- Até logo...

- Até... – ela se despediu apertando o celular com força entre os dedos.

Dulce suspirou e deu um beijo no celular. Era um sonho! Não podia ser real...era bom demais para ser verdade.
Voltou a recepção da delegacia, onde havia vários presos algemados numa coluna de metal. Blanca estava abraçada com um dele, ainda chorando, enquanto o mesmo preso lhe consolava.

- MINHA FILHA TÁ PRESAAAAA! – berrou ela no peito do preso, que estava sem blusa.

- A Senhora vai ver como ela vai sair daqui...

- NÃO VAAAAIIII...ELA É UMA VADIAAAAAA!

- Não diga isso da sua filha, senhora!

Dulce olhou aquilo chocada. Realmente sua mãe precisava se internar. Ligaria para o Mira y Lopez Hospício Center, quando chegasse em casa.

E foi nesse momento que o um policial passou com Blanca “irmã” algemada do seu lado. Nunca pensou na vida que veria uma de suas irmãs nesse estado. Sua irmã parecia um leão de tão descabelada, e tinha alguns hematomas do lado da boca. Os olhos estava vermelhos de chorar e quando viu sua mãe abraçada com o preso. Ela começou a gritar:

- MÃAAAAAAAAAAAAEEE... - gritou forçando o policial a ir de encontro com sua mãe, quem se afastou do preso e foi correndo para a filha.

- SOLTEM MINHA FILHA! MINHA FILHA LÁ SENDO “ESTRUPADA” POR 25 PRESO, E VOCÊS NÃO FAZEM NADA!

- Nenhum quis me comer, mamãe... NENHUM! – disse Blanca “Irmã” aos berros.

Blanca começou a bater no policial com a bolsa de verdura de Dulce.

-NINGUÉM QUIS COMER MINHA FILHA! MINHA FILHA TÃO LINDA QUE EU CRIEI COM TANTO ZELO! COMO É QUE PODE? SÓ TEM CEGO NESSE CABARÉ!

- Tirem essa louca de cima de mim!

Dulce correu até a mãe para apartá-la do policial. Não queria que a mãe fosse presa por Desacato a autoridade. Mas Blanca estava com o cão os couro, e empurrou-a longe. Outro policial afastou sua mãe de sua irmã, e as duas começaram a gritar. Quando olhou para o lado viu como uma equipe daqueles programas de Televisão “Pé de cadeia” que passam na hora do almoço, chegavam com uma câmera. Meu Deus do céu, estava lascada... Agora sim, estava lascada!

- Vejam como essa humilde Senhora está quebrando a delegacia. – e a câmera focalizou Blanca quebrando o vaso na parede, enquanto continuava a bater no policial. – Tudo isso é a revolta de uma mãe que luta por justiça! Uma mãe que vê sua filha presa por um crime que ela não cometeu. Nós queremos justiça nesse país tão imundo pela corrupção, pela fome, pela miséria! QUEREMOS JUSTIÇA! - a câmera desviou do repórter e focou em Blanca, que estava com a mão no peito, enquanto mexia a boca torta fazendo uma careta de dor.

- SOLTEM A MINHA FI...lha... – e a voz falhou à medida que ela caía.

Se aparecesse na Televisão, corria o risco de perder seus clientes. Meu Deus do céu! Mas não poderia deixar sua mãe desmaiar assim. E correu para ampará-la, mas o preso que a consolava estendeu as mãos, bom, estendeu UMA das mãos e a pegou antes que ela caísse. E os policiais aproveitaram a queda de Blanca para levar sua irmã para outra sala, já que ela não podia mais ficar numa cela com 25 meliantes.

Nesse momento ouviram-se assovios por toda a delegacia, até mesmo dos policiais. E mesmo sem se virar para ver quem era, Dulce soube que era Claudia. Homem sempre conhecia uma pu*ta.

- Dulce... – chegou sua irmã rebolando a bunda como sempre, quem ignorou os assobios e as palavras obscenas. – Me conta tudo pelo o amor de Deus! – disse ela nervosa, ainda sem ver a mãe nas mãos do preso, com a câmera em cima de seu rosto.

- Clau, parece que pegaram ela roubando cem reais do busão que ela trabalha...

Blanca “Irmã” foi acusada de roubo pela empresa de ônibus que ela trabalhava. Na verdade, todos sabiam que havia sido seu esposo que havia subido no ônibus e metido a porrada nela na frente de todo mundo. Mas ameaçou a todos, se dissessem uma palavra, morreriam. E a empresa de ônibus, responsabilizou Blanca pelo assalto, quem não negou com medo de ser morta pelo marido. Assumiu a culpa e agora estava presa, desempregada e com a ficha suja...

Foi aí que Claudia viu sua mãe e as três se abraçaram, chorando, enquanto a câmera não saía de cima delas, gravando aquela cena comovedora.

Blanca não deixaria sua filha desamparada, todas sabiam. A levaria pra trabalhar no Ardilla como garçonete... porque como caixa ela jamais confiaria.

Meia-hora depois Dulce recebeu um toque no celular. Desgrudou da mãe que tomava uma garapa de açúcar, e Claudia prometeu cuidar dela. Dulce já sabia que era ele, por isso nem olhou o celular. Ela saiu correndo para os fundos da delegacia quando viu aquela moto parada, ele descendo e tirando o capacete com aquele macacão, despertou nela uma tigresa no cio, uma égua galopando pelos pastos atrás do seu garanhão! Foi até lá e ele a recebeu com um abraço apertado, enquanto saiu da moto...

- Quero um beijo! – sussurrou ele em seu ouvido, à medida que suas mãos subiam pelas costas dela.

- Não, Christopri, aqui não... alguém pode ver! – e olhou para os lados, vendo que não havia ninguém na rua.

- Não tem ninguém aqui... - disse encostando os lábios nos seus.

Ela não teve tempo nem de responder, e já sentia a língua invadindo sua boca... A ele, não tinha como resistir. Aquele corpo, aquele cheiro... IMPOSSÍVEL!! O beijo foi longo, e quase não terminava, porque ele não a soltava de jeito nenhum. Encheu seu rosto de beijos, descendo para seu pescoço. Era só encostar, e já estava molinha e suando. Ele mordeu sua orelha, e riu, beijando-a:

- Gostosa...

Ela só riu.

- Você também não é nada mal...

- Olha como já estou... - disse fazendo com que Dulce sentisse sua excitação. -Tenho vontade de te arrastar daqui e te botar pra gemer como ontem!

- Não seria uma má idéia, mas hoje eu não posso, me entenda!! – choramingou ela, abraçando-o forte.

- Claro que te entendo! Mas quero outro beijo... agora!!!

- Isso eu posso te dar... - indo em direção a sua boca vermelha e molhadinha, assim como ela já se encontrava.

Terminou o beijo longo e sensual. Ele deu vários beijos em sua bochecha...e se afastou para pegar um envelope no bolso do macacão. Dulce se sentiu morrer naquele momento. Ainda não conseguia acreditar que ele realmente estava disposto a ajudá-la.

- Bem, aqui ta o dinheiro e você me paga quando puder. – e a entregou o envelope.

- Não se preocupe essa semana mesmo vendo a moto e te pago! – suas mãos tremiam ao agarrar o dinheiro perto de si.
- Ok, que dia nos vemos?
- Deixa passar essa confusão... – ele assentiu. – Assim que tudo estiver calmo, te ligo e marcamos, tudo bem?
- Sim eu estou à sua disposição!
- Espero mesmo... – sorriu pícara.
- Tenho que ir, ainda tenho que fazer entregas...
- Então tá bom... se cuida! E muito obrigada, só Deus sabe o quanto estou agradecida...
- É um prazer ajudar a Senhora, Dona Dulce. Somos cúmplices agora, entende? - e Dulce riu, mostrando seus dentes para ele, que olhava para sua boca como se estivesse com fome dela. – Me beija outra vez, senão me jogo debaixo de um caminhão!
E ela pulou em cima dele, abraçando-o pelo pescoço. Colocou seus lábios com os deles bruscamente, enquanto dizia entre beijos:
- E eu me jogo atrás de você...
E apartou os lábios para aprofundar o beijo.
Voltou para a delegacia quando ele a deixou, contra a sua vontade. O sorriso de mais cedo, voltara agora com força total. Meu Deus, que dia perfeito! Bom, nem tanto...mas estava feliz, tiraria sua irmã da cadeia, tudo por causa do seu TESUDO, lindo, gostoso, cheiroso... Hoje o dia seria cheio, tinha que fazer cortar as verduras para a semana e ir no supermercado comprar outras coisas. E precisava começar rápido já que Poncho, para variar, não estava em casa... ainda iria sair para vender a moto.
Assim que Dulce chegou com o dinheiro, Claudia juntou com o que tinha trazido e as duas pagaram a fiança da irmã. Blanca começou a chorar quando viu sua filha Blanca sem algema. A abraçou forte e a beijou pelo rosto inteiro, num surto de carinho. Mas logo essa Blanca morreu e voltou a ser o que era, agarrou nos cabelos da filha, e só os soltou quando chegaram em casa. As quatro entraram em casa, e Blanca “mãe” empurrou Blanca “filha” dentro do banheiro.
- Por isso que não foi comida, sua filha do demo! Parece que tomou banho numa fossa!

Dulce e Claudia sentiram pena da irmã, quando Blanca “mãe” começou a esfregar a irmã com um caco de telha.

- Isso é pra você aprender! Não quero cheiro de bandida na minha casa!

Dulce foi até a cozinha e se serviu de um copo com água. Estava morta de cansaço. E só em lembrar que tinha que ir ao supermercado, lavar roupa e a casa, lhe dava desânimo. Ainda lhe dava mais desânimo ao saber que tinha que lavar as cuecas de Poncho.

- Mana, você ta moída...

Dulce colocou o copo seco em cima da mesa e virou para Claudia, quem estava do mesmo jeito.

- Fui no forró ontem...

- Forró da Lapada? Menina, eu tava doida pra ir, mas... – suspirou cansada. – Atendi seis clientes, não deu tempo. Poncho te levou?

- Mas fácil eu ir com Maicon, o cachorro da vizinha...

Claudia riu, pegando uma bolacha do depósito.

- To sabendo que ele ta comendo a manicura do salão do Krystian.

- Pois é... Também to sabendo. – respondeu ela com indiferença;

- E você não faz nada? – sorriu Claudia ante o absurdo.

- Eu não, tenho coisas mais importantes com o que pensar.

- Por exemplo? – perguntou com a bolacha cheia de bolacha.

- Minhas marmitas...e no gás que ta perto de acabar... – e deu um sorriso malicioso.

- Aff, você só pensa em marmita. Me diz...você tem alguma fantasia sexual com um pedaço de carne? Você se excita cortando cebola, ou cozinhando batata? Ou você se toca com uma cenoura? – e abriu muito os olhos com diversão. - Porque se for...tenho que provar esse tipo de perversão...meus clientes são exigentes! – e sorriu.

Dulce olhou assombrada para ela. Claudia não gostava muito de falar de sua profissão, nem ao menos do que fazia lá. Tragou a saliva e virou o rosto, sem saber o que dizer.

- Eu gosto de cozinhar...me sinto bem cozinhando, nada a ver com coisas sexuais...

- Você deveria estar num convento isso sim... – Claudia brincou. - Ou talvez indo com mamãe todo dia no culto...

- Falando disso, mamãe vai nos arrastar pra sessão Descarrego.

- Que? Eu não vo naquela putaria nem morta! A gente entra sem demônio e sai com dez! Não quero nenhuma pomba gira no meu corpinho!

- Mamãe vai pagar 2 mil pro Pastor Rosalvo tirar uma maldição do Ardilla!

Claudia abriu os olhos como pratos.

- Essa velha ta retardada da cabeça, só pode. Gente aquilo nem Pastor é! Aquilo é um mendigo morto de fome que roubou um paletó, tomou banho num albergue e aprendeu duas passagens na Bíblia e diz que é Pastor. To falando Mana, em vez de tirar, vai colocar mais cinco maldições. Ardilla vai fechar se esse homem for lá!

Dulce e Claudia conversaram por mais algum tempo, até verem sua mãe e irmã saindo do banheiro. Blanca ainda puxava o cabelo da filha para cima e para baixo. Até que Dulce não agüentou mais e foi rumando para sua casa com suas sacolas nas mãos. Entrou em casa e graças a Deus não sentiu nem o fedor de Poncho. Guardou as verduras na geladeira, e foi tirando a roupa. Precisava de um banho urgentemente.

Nada melhor que um banho para lhe limpar a alma, mesmo que não quisera tirar o cheiro de seu Tesudo de si.

Dulce ficou pensando...

“Quanto mais tomo banho, mais tiro o gosto dele da minha pele... eu só posso tá louca. O homem parece um jumento e eu tô querendo é mais.”, pensou ela. E estacou na porta do banheiro ao ver o chuveiro quebrado em cima da pia. Suspirou de raiva! Poncho era um exemplo de homem dentro de casa, fazia 4 dias que o chuveiro tinha quebrado. Não podia tomar banho no banheiro. Então pegou uma de suas bacias de alumínio e colocou na torneira do quintal. Pegou uma cuia no armário e voltou ao quintal, vendo como a bacia já estava cheia.
Se sentou em cima dela devagar e fechou os olhos ao sentir como a água gelada lhe acalmava os músculos. Estava tomando um banho relaxante dentro da bacia de lavar roupas, pena que seus pés não cabiam dentro, mas isso era o de menos. Sua felicidade era tanta em ter trocado o óleo, e ainda ligaria para Chris e iria lá bater o bife lindamente, se oferecer numa bandeja nua e gostosa por tudo o que ele lhe fizera! Só de pensar já estava louca... aquela boca a tinha deixado querendo mais e aquela língua, Senhor!!!! Precisava é de um banho frio para abaixar o fogo que aquele homem deixou nela.
Após estar fresca, se sentiu ainda mais feliz. Foi correndo para o quarto e ligou na rádio do Bom Dia com o Forró Arrocha o Nó, onde tocava forró 24 horas por dia, agarrou a vassoura nua e começou a dançar sensualmente com a vassoura.
http://br.youtube.com/watch?v=6Rm4VqlS-WU
A música que passava tinha tudo haver com o momento e rodou dançando com aquele pau... pensando nele, lógico, mesmo que estivesse longe do ser gostoso e lindo como ele... –
- Uma águia passou pelo meu quintal, um grito muito forte querendo namorar, acho que tão querendo a minha piriquita que há muito tempo não dá uma voadinha! Quem vai querer minha periquitaaa, a minha periquita...? - cantando junto com a música. - A piriquita já voou tanto ontem! - começou a rir alto, parecia uma louca.

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