Fanfic: VENCIDOS POR UM BEIJO ( adaptada ) DyC [ terminada]

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Não qualquer mulher. Dulce.

Ela tentou desenroscar a tampa da garrafa. Com a borda da
camiseta, tentou girá-la.

— Preciso de um homem — afirmou enquanto entregava a cerveja
para ele.

— É um prazer servi-la, senhora. — Christopher removeu a tampa
com facilidade e deu um bom gole, tentando ignorar a inocente insinuação.

— Eu a soltei para você — Dulce disse, procurando evitar o
campo minado para o qual ele poderia conduzi-la facilmente.

— Você detesta quando não consegue fazer algo, não é? — Christopher
constatou, fitando-a.

— Gosto de estar no controle — admitiu.

— Todos nós... mas como pediatra, e lidando com crianças o
tempo todo, deveria saber que isso é impossível.

— É verdade.

— Papai?

Christopher virou-se. Como se fosse sua deixa, Ben surgiu na
soleira da porta.

— Oi, filho.

O menino esfregou os olhos e cambaleou para dentro. Christopher
o pegou e o pôs no colo.

— O que faz acordado?

— Não estou com sono.

— Não parece — o pai constatou, enquanto via a expressão
divertida de Dulce.

— Hum? — o menino balbuciou, em meio a um bocejo.

— Nada. Você teve um pesadelo?

— Talvez... Eu queria dar-lhe um beijo de boa-noite. Lizzy
teve o bebê?

— Um menino.

— Posso dar o nome de manhã?

— Claro. Está tudo bem? — Christopher perguntou. A criança
assentiu e o apertou.

— Agora que está aqui.

As palavras aqueceram-lhe o coração e ele olhou para Dulce,
cuja expressão estava tomada pela melancolia. Christopher percebeu que ela
desejava que seu próprio pai estivesse por perto. Ela nunca admitiria isso;
pois era algo que fugia de seu controle. Afirmara que aqueles fatos pertenciam
ao passado e que eles a deixaram forte e resistente. Mas ele queria estrangular
o homem que a abandonara. O imbecil não merecia ser chamado de pai. Ele se
perguntou se a experiência não era um dos motivos que a obri­gavam a partir, se
a fazia ter medo de confiar nele.

Ele desviou o olhar de seu belo. rosto e estudou a expressão
sonolenta do filho.

— Que tal voltar para cama?

— Acho que estou cansado agora — Ben respondeu com outro
grande bocejo.

Dulce se moveu ao lado dele, envolvendo-o com seu perfume, uma
combinação do sabonete com a fragrância única de sua pele macia.

— Ei, grande Ben, que tal se eu te levar para a cama enquanto
seu pai termina de jantar?

— Você está com fome, papai?

— Você não sabe o quanto, filho — ele falou, fitando os lábios
de Dulce.

Graças a Deus o menino era jovem demais para perceber a
corrente estonteante e sensual que havia entre ele e Dulce.

— Então vou para o quarto com ela.

— Obrigado, camarada. — Christopher abraçou o menino por um mo­mento
e beijou-lhe o alto da cabeça. — Boa noite, grande Ben, eu te amo.