Fanfics Brasil - CAPITULO XVIII ***Bodas de Fogo*** ♥ D&C ♥

Fanfic: ***Bodas de Fogo*** ♥ D&C ♥


Capítulo: CAPITULO XVIII

1111 visualizações Denunciar


Durante o jantar, Christopher congratulou a si mesmo, pois pelo visto aquela breve conversa com o cunhado havia sortido efeito. Nicholas passou refeição inteira conversando com a irmã. Talvez o rapaz não fosse de todo mau. Talvez tivesse apenas deixado o desejo de vingança passar à frente de coisas mais im­portantes e precisasse de alguém para lhe chamar a aten­ção sobre as prioridades da vida.

A noite transcorreu rápida e agradável e embora já estivesse muito tarde, Christopher sentia-se pesaroso de deixar o salão principal. O lugar estava cheio de pessoas que gostavam e admiravam sua mulher, desde aldeões cele­brando a derrota de Hexham até as servas mais antigas da família de Laci. Vendo tantos pares de olhos fixos na ex-castelã de Belvry, Christopher pediu-a para cantar, no que foi prontamente apoiado pelos presentes.

Todos pareciam familiarizados com os talentos de Dulce, pois tão logo a voz melodiosa soou, Christopher notou que um velho criado se acomodava melhor na cadeira e fe­chava os olhos, entregando-se à música. Entretanto ele mesmo não conseguia fechar os olhos à beleza à sua fren­te. Passara noites sem conta apenas ouvindo-a cantar, sem poder enxergá-la. Agora observava cada movimento da esposa com uma sofreguidão incontrolável. Ela con­tinuava esguia e delgada, sendo difícil acreditar que aque­le corpo perfeito abrigava o seu filho.

Ao terminar, Dulce foi inundada de elogios e aplausos. Até mesmo Nicholas demonstrou admiração.

- Eu havia me esquecido como você canta bem - ele falou, e Christopher sentiu que o cunhado estava sendo sincero.

Percebendo que a esposa começava a se mostrar cansada, Montmorency decidiu que estava na hora de dar noite por encerrada.

- Dulce - Nicholas a chamou. - Quero me despedir de você agora pois vou partir amanhã muito cedo.

- Desejo-lhe tudo de bom - ela respondeu, o rosto impassível, destituído de emoção.

- É o que desejo a você também. Podem ficar em Belvry tanto tempo quanto quiserem, embora eu não saiba quando vou estar de volta. E... Obrigado por ter cuidado tão bem de nosso lar.

- De nada. - Dulce sorriu docemente e lançou um olhar significativo na direção do marido, sabendo muito bem que fora ele o responsável pela mudança de atitude de seu irmão.

Assim que os dois estavam a sós no quarto, ela lhe deu uma cotovelada no estômago e começou a rir.

- Ei! Por que isso? - Christopher indagou, fingindo-se ofendido.

- Você é uma vergonha, Cavaleiro Vermelho! Onde está aquela fera terrível e ameaçadora? Que tipo de feitiço você lançou em cima de meu irmão para obrigá-lo a me elogiar?

Christopher bem que se esforçou para aparentar inocência, o que serviu para fazê-la rir ainda mais.

- Se você soubesse como atitudes assim são estranhas a Nicholas, não tentaria negar sua participação no caso. Juro que em toda minha vida, jamais recebi um cumprimento de meu irmão. Sabe, estou até pensando em espalhar essa história por aí. Aposto que a lenda criada em torno do Cavaleiro Vermelho sofreria um baque com as notícias. Não sei se você já percebeu como os criados daqui de Belvry o evitam e tudo por causa de sua terrível reputação?

- Não sei por que você está reclamando. Sempre achei que o mito do Cavaleiro Vermelho a agradava bastante. Afinal não foi você quem disse que eu costumo comer o fígado dos inimigos?

- Fígado não, coração - ela o corrigiu, dobrando-se de rir.

Depois de tirar a túnica e colocá-la sobre uma cadeira, Christopher olhou ao redor, reparando na suntuosidade do quar­to enorme. Belvry era tão diferente de Dunmurrow. Cons­truído mais recentemente, o lar dos de Laci fora projetado tendo em mente o conforto. Os aposentos eram mais es­paçosos e mais quentes, decorados com muitos móveis e tapeçarias. Não era à toa que Dulce estranhara Dunmurrow, sempre escuro e frio.

Inspirando fundo, Christopher foi até a janela e olhou as estrelas, desejando, por um momento, poder dar toda a riqueza do mundo à esposa. Mas logo concluiu que esse tipo de pensamento era pura perda de energia. Sentia-se grato por ter recuperado a visão pois assim Dulce tinha um homem completo por marido.

Lá fora os soldados se preparavam para dormir. Ni­cholas partiria na manhã seguinte bem cedo. Quanto tempo será que Dulce iria querer ficar em Belvry? Não poderia culpá-la se ela decidisse passar o verão inteiro em seu antigo lar ou mesmo se resolvesse permanecer ali até o nascimento do bebê. Entretanto ele sentia falta do próprio castelo, de suas próprias terras. Seriam os homens mais possessivos do que as mulheres em relação essas coisas? Dunmurrow podia não ser muito, se com­parado a Belvry, porém lhe pertencia por direito e lutara com bravura para conquistá-lo.

- Você é apenas um homem gentil e maravilhoso. E eu te amo - Dulce murmurou sonolenta.

- Você quer que o bebê nasça aqui? - ele indagou, preparando-se para ouvir o pior.

- Não. Quero que nosso filho nasça em nosso lar, Dunmurrow.

A jornada de volta para casa foi demorada e tranqüila. Sabendo que com um bebê a caminho seria impossível empreender longas viagens tão cedo, Dulce quis parar em cada aldeia das terras do marido, fazendo questão de conversar com os residentes e arrebanhar aqueles que queriam morar no castelo.

Christopher era sempre recebido com graus variáveis de medo, suspeita e boas-vindas por parte dos que conheciam apenas os rumores terríveis que cercavam o lorde de Dun­murrow. Entretanto logo os aldeões se surpreendiam ao descobrir que aquele homem louro e bonito era o Cava­leiro Vermelho em pessoa. Talvez o barão lhes continuas­se parecendo feroz, porém era muito melhor ter visto alguém em carne e osso do que continuar ouvindo apenas histórias ameaçadoras.

Dulce sabia que sua presença facilitava a aceitação do Cavaleiro Vermelho, pois bastava as pessoas notarem o quanto ele se importava com o bem-estar da esposa para passarem a enxergá-lo sob um novo ângulo. E era isso o que desejava no fundo do coração, que Christopher, o bebê e ela fossem aceitos por todos os que habitavam as terras de Montmorency.

Logo a notícia se espalhou e quando alcançaram Dun­ney, Dulce tinha certeza de que os aldeões os aguar­davam. Só não conseguia imaginar como seriam recebi­dos, pois Dunney era o único lugar em que Christopher esti­vera antes de ir ao encontro de Hexham. Além do mais ele sempre fora temido ali de uma maneira intensa e irracional.

Não foi preciso esperar muito para perceber o estado de espírito do vilarejo. Bastou cruzarem os primeiros ca­sebres para que os aplausos e os vivas começassem.

- Cavaleiro Vermelho! Cavaleiro Vermelho! - grita­vam centenas de vozes, os aldeões de pé em cada um dos lados da estrada, os rostos felizes ao receberem de volta o lorde e a lady de Dunmurrow.

Por um momento, ao ver a surpresa estampado no rosto do marido, ela achou que ia chorar. Homens, mulheres, velhos e crianças os acompanhavam num cortejo até o centro da aldeia e de repente fez-se o silêncio. An­siosos, centenas de pares de olhos fixaram-se na figura do Cavaleiro Vermelho que por sua vez devolvia o olhar com igual intensidade, parecendo um pouquinho amea­çador talvez, Dulce pensou preparando-se para falar alguma coisa e romper o silêncio cheio de expectativa.

Porém Montmorency tomou a iniciativa.

- Obrigado pela calorosa boas-vindas - Christopher agra­deceu com a mesma voz de guerreiro que costumava usar para comandar seus homens. Embora as palavras fossem gentis, ele parecia enorme, poderoso e quase feroz, mon­tado num garanhão negro e maciço. Os aldeões pareciam intimidados, sem saber como reagir. Então, de repente, Christopher abriu um sorriso radiante. - É bom estar em casa!

Os aplausos foram ensurdecedores. Tentando disfarçar a emoção e engolir as lágrimas, Dulce procurava acenar para os rostos conhecidos, sabendo que o marido con­quistara o coração de cada um dos presentes. Ao passa­rem diante de um dos últimos casebres da aldeia, lá estava a viúva Nebbs, sentada do lado de fora, balançando sorridente uma colher no ar e parecendo, mais do que nunca, uma bruxa feliz.

Fora uma jornada bastante agradável, porém Dulce estava satisfeita por estar de volta ao lar. Seria delicioso passar o verão confortavelmente em Dunmurrow, em seu próprio quarto e na sua própria cama.

As semanas foram se passando e aos poucos Christopher as­sumiu muitos dos deveres da esposa enquanto outros eram delegados a Cecil, Alice ou Pascoal, agora residente permanente do castelo. Pelo visto, a carreira de soldado de Pascoal havia terminado no dia em que ele se casara com Alice. Entretanto o homenzinho nunca parecera mais feliz, aliás, como todos em Dunmurrow. A atmosfera do castelo exalava paz.

Certo dia, ao caminhar na direção da cozinha para planejar o cardápio das refeições com Glenna, notou que um sacerdote acabara de entrar. Imediatamente foi ao encontro do recém-chegado. Embora tivesse requisitado um capelão para Dunmurrow algum tempo atrás, ainda não recebera nenhuma resposta do bispo e acreditara atraso à má fama do Cavaleiro Vermelho. Talvez aquele padre viera lhe trazer alguma mensagem ou até mesmo ocupar a posição.          

- Bom dia - Dulce o cumprimentou, aproximando-se. Porém parou onde estava ao ver a expressão horrorizada de Glenna que correu do salão principal. Será que a cozinheira não queria um sacerdote em Dunrnurrow?

- Bom dia para você também - o padre respondeu, secamente.

Não lhe sobrou mais tempo para questionar o comportamento de Glenna, porque de repente o homem deu um passo para a frente e segurou-a pelo braço, amea­çando-a com uma faca junto à garganta.

- Hexham! - Dulce murmurou chocada. - Você está louco?

- Talvez. E tudo por culpa daquele maldito do seu irmão. Ele tem me caçado como a um animal, me impedindo de escapar para onde quer que seja. Londres, o campo... não importa para onde eu vá, ele continua me seguindo, mesmo que eu não deixe rastros. Seu irmão é... inumano...

Dulce percebeu o desespero contido na voz completamente descontrolada de Hexham. Ali estava um homem forçado para além de seus limites e à beira da insanidade. Um homem que já não tinha nada a perder, por isso ele lhe causava medo.

- Como foi que você conseguiu entrar aqui? - ela indagou devagar, esforçando-se para acalmá-lo.

- Ouvi dizer na aldeia que você havia solicitado um sacerdote para Dunmurrow. Foi fácil conseguir um dis­farce e passar pelos portões.

- Quer dizer que você veio sozinho? - Mesmo sabendo o estado de profundo nervosismo e agitação em que Hex­ham se encontrava, estava impressionada pela ousadia do barão.

- Eu não tinha outra escolha. Não havia mais nin­guém ao meu lado, ninguém para me ajudar. Seu irmão conseguiu perseguir cada um de meus homens até matá-los ou convencê-los a se afastar de mim. No final da história não havia dinheiro no mundo capaz de trazer meus soldados de volta ou de conseguir novas alianças.

Hexham não agira como um homem corajoso ao entrar em Dunmurrow, mas sim como uma criatura amedron­tada além do suportável. Pressionando a faca de encontro ao pescoço de Dulce, ele começou a caminhar na direção da porta, arrastando-a consigo.

- De nada lhe adiantará me levar com você - ela protestou. - Belvry jamais poderá lhe pertencer agora.

- Sim, eu sei, e que o diabo carregue aquele castelo maldito! Quero apenas alcançar um lugar seguro e você será meu salvo-conduto. Tendo-a em minhas mãos, seu irmão não ousará me encostar um dedo.

- Escondendo-se atrás da barra da saia de uma mu­lher, Hexham?

A voz de Christopher ecoou pelo salão, quase fazendo-a des­maiar de alívio. Logo atrás de seu lorde, Glenna retorcia as mãos angustiada. Com certeza a cozinheira reconhece­ra Hexham e correra à procura de Montmorency.

Hexham não parecia reconhecer o perigo ou a gravi­dade da situação porque despejava veneno e ironia por lidos os poros.

- Então voltamos a nos encontrar, Cavaleiro Verme­lho. Mas você provou que a lenda criada em torno de seu nome não passa de uma mentira, você se mostrou destituído das habilidades e poderes que lhe são atribuídos. Se o maldito irmão de Dulce não tivesse vindo ao seu socorro, você já estaria morto a essas horas, destruído pelo meu exército!

Por um momento Dulce teve medo de que o marido perdesse a cabeça diante da provocação, porém ele permaneceu calmo e atento, um sorriso desdenhoso no rosto.

- Ah, só que você não acha que a chegada de Nicholas foi uma simples coincidência,não é mesmo? Foi somente por sua causa que fiz meu cunhado ressuscitou dos mortos.

Dulcefitou o marido com respeito redobrado. Nunca o vira lançar mão do mito criado em torno de si mesmo antes. Agora ali estava, seguro, controlado, enorme e ameaçador. Sim, Christopher parecia ter poderes que escapava a um mortal comum.

Apesar de ter sido afetado pelas palavras do Cavaleiro Vermelho, Hexham riu, o som estridente demonstrando puro pavor.   

- Um conto de fadas. Ótimo para alimentar o mito dos aldeões, que devem adorar esse tipo de história. Agora, vamos, mexa-se, saia do caminho ou vou cortar a garganta da sua mulher.

- Solte-a agora e eu o deixarei viver.

Hexham cuspiu no chão.

- Faça o seu trabalho, Cavaleiro Vermelho. Chame os seus demônios e os deixe me destruírem.

- Está bem. - Christopher deu um assobio baixo e imediatamente duas formas negras e gigantescas pularam das sombras. Os cães avançaram sobre Hexham e o jogaram no chão, sem que o barão tivesse chance de levantar um dedo para defender-se. Livre, Dulce caiu no chão de joelhos, esfregando o pescoço dolorido. Enquanto isso Hexham urrava sob o ataque dos animais.           

A um novo comando de seu dono, os cães se afastaram antes de, literalmente, arrancar pedaços da vítima.

- Minha vontade é matá-lo agora mesmo e resolver o assunto de uma vez por todas - Montmorency falou num tom frio e mortal. - Mas não quero irritar meu cunhado. Nicholas quer ter o privilégio de destruí-lo com as próprias mãos.

- Não! - Ele tentou pegar a faca porém Christopher foi mais rápido e Hexham caiu no chão, o coração transpas­sado pela espada do Cavaleiro Vermelho.

Horrorizada diante da cena, Dulcecobriu o rosto com as mãos, ouvindo o marido dar ordens aos servos de re­tirarem o corpo do barão. Então sentiu que braços fortes a erguiam do chão e a protegiam num abraço terno e amoroso.

- Creio que seus problemas com os vizinhos estão terminados, esposa.

- Nicholas vai ficar irritado - ela falou, mencionando a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

- Sim. Seu irmão vai ficar muito... frustrado - Christopher concordou tomando-a no colo e levando-a para o quarto.

A última coisa que Dulce escutou antes de fechar a porta, foi a voz de Glenna dizendo aos outros criados:

- Só não sei explicar como os cachorros apareceram no salão tão de repente. Eles não estavam lá quando saí para chamar meu lorde.

Dulce ficou pensativa. Realmente não vira nem Cas­tor nem Pollux durante toda a cena com Hexham e era possível que animais daquele tamanho lhe passassem despercebidos, mesmo que estivessem deitados sob uma cadeira, por exemplo. Ao olhar para o marido, um ar especulativo no rosto, Christopher apenas sorriu e respondeu a pergunta silenciosa sem hesitar.

- Castor e Pollux estavam no salão sim. Talvez você não os tenha notado.

Talvez sim, ela pensou, ou talvez não. Talvez houvesse um grão de verdade na lenda criada em torno do Cava­leiro Vermelho.

Nicholas chegou no dia seguinte, provavelmente se­guindo a pista de Hexham. A frieza com que se dirigiu à irmã levou-a a imaginar que as notícias da morte do barão já o haviam alcançado.

A atmosfera estava tão tensa, que Dulce ficou aliviada quando Christopher chegou. Nicholas e ela nunca tinham sido muito unidos, porém desde o reencontro de ambos ele lhe parecia um verdadeiro estranho.

- É bom ver você outra vez, cunhado - Montmorency o cumprimentou, sentando-se à mesa e fitando-o impossível.

- Segui a pista de Hexham até aqui. Você o viu?

- Sim. O barão cruzou os portões de Dunmurrow ontem, junto com um grupo de aldeões. Estava disfarçado de sacerdote e tentou tomar minha esposa como refém.

Nicholas ergueu as sobrancelhas como se estivesse questionando, silenciosamente, o relaxamento da segurança do castelo que falhara duas vezes quase consecutivas. Christopher notou o insulto, porém enfrentou o olhar do cunhado com firmeza, seguro de si como sempre.

- Fui obrigado a matá-lo.

Uma palidez intensa se espalhou pelo rosto de Nicholas. Ele parecia um homem que passara toda a sua vida perseguindo um objetivo apenas para, no último momento, alguém o impedir de alcançá-lo. Ao perceber o estado de desânimo do irmão, Dulceteve vontade de abraçá-lo mas não o fez, sabendo que seu oferecimento de conforto não seria apreciado.

- Ele era meu - Nicholas falou afinal.

- Sim, eu sei. Porém o homem estava dentro do meu castelo, ameaçando minha mulher.

Ansiosa para aliviar a tensão reinante, Dulcetentou dar um tom leve à conversa.

- Então Hexham o obrigou a caçá-lo numa roda-viva?

- Sim - o irmão respondeu, sem sequer fitá-la. - Primeiro ele foi atrás de Edward para advogar seu próprio, caso, porém o rei preferiu não tomar partido e ainda lhe chamou a atenção por ter se metido em encrencas com os vizinhos. - Nicholas fez uma pausa e olhou o cunhado com um novo respeito. - Aparentemente o rei o tem em alta conta.

Christopher aceitou o cumprimento e a admiração com um dar de ombros.

- Servi Edward durante muitos anos - falou com simplicidade.

- Meu marido não pretendia matar Hexham. Ele disse ao barão que o estava reservando para você, mas pelo visto nosso antigo vizinho o temia mais do que qualquer outra coisa e preferiu arriscar ser morto naquele mesmo instante do que enfrentar a sua ira.

- Sim, não tenho dúvidas de que seja verdade. Minhas desculpas, Christopher, por ter reagido de maneira tão intem­pestiva às notícias. Você fez o que precisou fazer. Mas deve entender como é difícil para mim saber que nunca terei vingado.

- Agora está tudo acabado, cunhado. Já é tempo de você seguir em frente com a própria vida e enterrar o passado.

O olhar de assombro de Nicholas era tão intenso que Dulce se perguntou que tipo de vida o irmão teria levado nos últimos cinco anos.

- Belvry agora lhe pertence - ela falou suavemente, na esperança de que a menção de seu lar pudesse ani­má-lo. - Embora Matthew seja um bom administrador, ainda assim deverá receber orientação sua.

- Sim, você está certa, claro - Nicholas respondeu pa­recendo mais morto do que vivo. - Acho melhor partir já.

- Não! Eu não pretendia dar a impressão de que você devia ir embora. Quero que fique conosco por algum tempo.

- Sim - Christopher apressou-se a dizer. - Você passou estas últimas semanas na estrada. Vou mandar Cecil lhe mostrar um quarto enquanto eu me encarregarei de alojar seus homens.

Como se estivesse vivendo um sonho, Nicholas levan­tou-se e seguiu o criado como alguém que vai ao encontro de um destino do qual não pode se desviar.

- O que será de meu irmão? - Dulce indagou, Vendo-o se afastar.

- Seu irmão precisa de uma esposa. - Christopher abraçou-a ­com força, aspirando o perfume dos cabelos longos e sedosos. - Talvez Edward possa ser persuadido a arranjar alguma coisa. Tenho a impressão de que, assim como a irmã, Nicholas só se casará se for forçado a fazê-lo.

Dulce sorriu diante da provocação e balançou a cabeça de um lado para o outro.

- Não sei não. Embora ele seja meu irmão, tenho pena da mulher que se tomar sua esposa.

- Bobagem. Talvez neste exato momento uma mulher esteja planejando uma maneira de agarrar Nicholas para marido.

- Eu não fiz plano nenhum para agarrar você! ­- Dulce retrucou um tanto secamente, por causa da insinuação. Porém, ao fitar o marido, ele estava rindo, adorando vê-la com aquela expressão ofendida no rosto bonito.

- Então dou graças a Deus por seus planos terem uma tendência a dar errado.

- Discordo. - Dulce beijou-o no rosto, sentindo o coração pulsar de tanto amor. - Minha decisão de es­colher o Cavaleiro Vermelho não foi uma decisão errada, mas certíssima.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): nathyneves

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

- Bom dia, esposa. - Christopher abriu as cortinas, deixando a luz daquele dia de Natal inundar o quarto inteiro e banhar a figura de Dulce sobre a cama.Imóvel, ele admirava a beleza suave e perfeita. Desde o momento em que a vira pela primeira vez, em que a figura querida se tornara algo mais do que simples som­bras, não se cansava de fitá-la. Os ca ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 27/10/2015 - 02:17:36

    Muito perfeita! Foi lindo! Amei

  • JokittaVondy Postado em 14/07/2014 - 18:29:06

    PERFEITA <3 Amei o final

  • sophiedvondy Postado em 21/09/2013 - 22:50:29

    embora seja pequena é perfeita, linda parabéns <3 quem gosta de fic? leiam a minha pfvrr http://fanfics.com.br/fanfic/27130/sumemertime-adaptada-vondy-vondy

  • larivondy Postado em 24/06/2013 - 13:17:00

    ameeei, linda a história *-*

  • claudia_miranda Postado em 15/03/2013 - 17:50:50

    li a sua web e amei parabens perfeita..

  • claudia_miranda Postado em 15/03/2013 - 17:50:50

    li a sua web e amei parabens perfeita..

  • claudia_miranda Postado em 15/03/2013 - 17:50:50

    li a sua web e amei parabens perfeita..

  • claudia_miranda Postado em 15/03/2013 - 17:50:49

    li a sua web e amei parabens perfeita..

  • claudia_miranda Postado em 15/03/2013 - 17:50:49

    li a sua web e amei parabens perfeita..

  • eduardooliveira Postado em 27/10/2011 - 20:06:44

    Para quem é vondy e tem orkut, vá nessa fanfic: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=118052479 ,se gostar,comente! =)


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais