Fanfic: "Por Dentro do Seu Olhar.." (vondy/mini)

Capítulo I. - Parte I. Narração Christopher Alexandre Cassillas Uckermann.

— Não entendo como sua prima Marilyn foi parar no hospital assim. — mamãe repetiu pela décima vez. Revirei os olhos, enjoado com tudo aquilo.

— Mãe, a tia Tânia já te explicou o que houve. — disse pela décima vez. Levantei-me da cadeira escorando meus braços em minhas coxas. — Marilyn sofreu uma pequena queda de sua cama sem proteções e quebrou o braço.

— Pois é, eu sei, meu filho. Mas é que.. argh, como Tânia foi deixar isso acontecer? Ela é mãe, deve saber cuidar de sua filha.

— Eu sei mãe, você já disse isso. Bom, posso ir dar a minha caminhada? — perguntei cansado daquele papo todo novamente.

— Pode sim, filho. Mas antes esqueci de te dizer que em pouco tempo você conhecerá sua prima paterna que mora em Los Angeles. — Pude ouvir o ânimo na voz da mamãe, suspirei. Quando o assunto era do meu falecido pai ou pelo menos da família que não conhecíamos dele, ela se animava.

— Hunrrum. Mas quando ela vem para cá? — perguntei. Nós não éramos muito chegados na família do papai, ainda mais na que não conhecíamos.

— Ainda não sei, mas creio que seja logo! Em todo caso, fique ligado, filho.

— Certo, mãe. Agora estou indo, tchau! 

Sempre fiz uma caminhada reforçada pelas manhãs ensolaradas da Flórida, esse que era o bom sentido de viver em Phoenix, apenas eu e minha mãe. Pelo menos era o que ela sempre quis, e depois que meu pai faleceu, à exatos oito anos atrás, nós nos mudamos. No começo foi estranho e difícil, minha avó paterna foi contra minha mãe me tirar dela e do resto de sua família, mas minha mãe brigou e ganhou a causa de poder me levar com ela, já que eu tinha só dezesseis anos, e hoje tenho vinte e quatro anos. Nesse tempo para cá, muita coisa mudou, terminei meus estudos e hoje faço faculdade, estou quase terminando e nos tempos vagos trabalho para o meu tio materno, Charles Cassillas. 

— Sabe, às vezes sinto saudade do Texas, mãe. — disse num sorriso amarelo. Minha mãe sorriu desanimada e passou as mãos por meus cabelos, carinho materno.

— Eu também, filho. Mas não dá para voltarmos, você sabe disto. Não quero ter que enfrentar sua avó paterna novamente, e você sabe o porque.

— Sim, eu sei. Mas além de tudo sinto muita falta dela e de todos, ainda mais do tio Ben, ele é muito legal, e sempre foi o maior companheiro do meu pai. — disse triste.

— Eu sei. Ben sempre foi um amor de pessoa, lembro que ele me levava às escondidas para encontrar com seu pai, ele sempre dava um jeitinho, sempre deu e conseguia. — sorriu lembrando de como era antes.

— Me conta essa história melhor mãe, você está querendo dizer que o tio Ben antigamente fingia ser seu namorado só para vocês puderem sair e ele te levava para encontrar com o papai?

— Sim. — ela riu. — Ben naquela época foi muito amigo e companheiro, além de um bom pombo-correio! — disse gargalhando só de lembrar. Dei risada junto com ela.

— Puxa, jamais imaginaria que isto aconteceu de verdade. Mas porque você e o papai não podiam sair de cara na frente de todos?

— Porque meu pai não gostava do seu pai na época, e me ordenava à ficar longe dele. Mas com o tio Ben foi diferente, o Ben meio que conquistou meu pai e ele deixou que nós namorássemos. Mas não deu, porque eu já estava perdidamente apaixonada pelo seu pai, Chris. O amor é diferente, mexe com agente e nos faz enlouquecer! A borboletas no estômago, ou mariposas, tanto faz, tudo isto é sinônimo de amor, um grande amor. E você sabe que um grande amor agente nunca esquece! — disse com toda sua sinceridade, sorrindo para mim.

Não entendi muito bem, mas aquelas palavras me tocaram no fundo. "Um Grande Amor Agente Nunca Esquece!" E é verdade, só que eu nunca senti isto por alguém.  

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