Fanfic: Concubina (Terminada)

Ela lhe batera com um prato. Apesar da dor, Poncho ainda não conseguia acreditar. Nenhuma mulher jamais ousara fazer isso com
ele e não sabia se
estava com raiva ou impressionado. Decidiu que estava intrigado.

Encostou-se na parede e se preparou para assistir a um exa­me muito
interessante. Um homem honrado sairia, desde que já comprometera Anahí, mas parecia não conseguir se
afastar dela; dominara seus pensamentos desde que o empurrara da liteira no dia
anterior. Estava intrigado por sua audácia? Fascinado
por sua inteligência? Ou apenas
atraído por suas doces
curvas?

Sim para todas as perguntas. O que significava que, mesmo se suas
intenções eram de falar
com ela a sós, acabara com
as mãos nos seios
dela e suas pernas abertas sob ele. Fizera-o per­der o controle, o que era
perigoso e excitante.

Cruzou os braços e observou
enquanto a virgem o apunhala­va com os olhos. Sem histeria, sem choro, apenas
planos som­brios de vingança. Ficou
excitado ao imaginar o que ela poderia fazer para feri-lo. Mas, principalmente,
estava excitado com o cheiro dela no ar e com a visão dos gloriosos seios.

- Não são achatados, então - disse a médica, tomando notas. - Bons pulmões e uma ótima cor de
pele, embora um pouco ruborizada.

Lançou a Poncho um
olhar severo e ele apenas sorriu. Fora médica da mãe dele e o conhecia desde que nascera. Toleraria seus excessos, se não causasse dano permanente. E, como mestre do festival, tinha o
direito de supervisionar qualquer exame, mesmo este tão íntimo.

- Muito bem - disse a médica. - Tire tudo.

A boca de Poncho ficou seca. Finalmente veria o que havia tocado. No
calor de verão em Pequim,
nenhuma mulher usava roupas sob a cintura, especialmente uma virgem que
pretendia seduzir o imperador. E observou, a masculinidade dolorosamen­te rija,
enquanto botão por botão revelava suas doces nádegas.

- Excelente forma
- disse Xie Yan.

Concordava plenamente: as nádegas eram
redondas e altas, perfeitas. Anahí deixou a saia cair e deu um passo, ficando
em pé nua, as costas
para ele. Admirou a linha sensual da espinha, a curva arredondada das nádegas e a forma longa e firme das pernas.

- Sinal no
quadril esquerdo.

- Isso é ruim?

- Não, simplesmente uma marca que pode ter significado para os
adivinhos. Tenho que descrever tudo.

Ele queria beijar aquele sinal, queria passar a língua nele e sentir a diferença de textura. E
queria deixar os lábios atraves­sarem
os quadris e saborear-lhe o doce creme.

- Fique em pé imóvel, preciso
tirar medidas.

Xie Yan pegou a fita métrica e começou a medir a partir da cabeça de Anahí. Nada
foi esquecido, e Anahí suportou tudo, a raiva uma força palpável na sala. Só hesitou quando os pés foram medidos
e ficou ruborizada quando o tamanho foi anunciado.

Interessante, pensou Poncho. Tudo o que via eram pés natu­rais e belos, dedos bem feitos e um arco alto.

- Deite-se na
mesa, por favor - disse a médica.

Anahí se virou para subir e ele soube que veria tudo, mas o olhar
parou nas mãos dela, que
tremiam. Não era tão corajosa como parecia, e quem poderia culpá-la? Numa pequena deferência aos
sentimentos dela, não procurou uma
posição melhor para
ver, ficou parado perto da cabeceira da mesa, atrás do om­bro esquerdo de Anahí.

Quando ela se deitou, viu-lhe o corpo todo estendido diante dele. O
comprimento das pernas e as curvas dos quadris. O glo­rioso movimento dos
seios, subindo e descendo com a respira­ção, o ventre liso
e sensual, onde evidentemente havia um útero muito capaz
de carregar bebês.

A médica tomou posição aos pés de Anahí.

- Compreende que
preciso medir tudo, não é? Anahí acenou.

Seriam lágrimas nos olhos
dela? Poncho fran­ziu a testa. A maioria das jovens soluçava nesse momento, mas Anahí parecera uma pedra durante todo o
exame. Assustou-se ao perceber que tinha sentimentos. Mas é claro que teria, ne­nhuma virgem suportaria o exame com calma.
Mesmo assim, a visão dos cílios úmidos o comoveu.

- Precisa dobrar
os joelhos e escorregar o corpo até a ponta da mesa
- instruiu Xie Yan.

Anahí soluçou baixinho, os
olhos fixos no teto enquanto usava as mãos para se
arrastar. Em crescente confusão, Poncho obser­vou-a
erguer os joelhos, mantendo-os firmemente pressionados um contra o outro.
Estava esperando por este momento, pela vi­são de suas coxas
abertas, seus pelos de mulher. Mas não lhe pa­receu
um momento glorioso e se perguntou que diabos havia de errado com ele. Vira
dezenas de virgens chorosas... apenas hoje. E, no entanto, as lágrimas dessa única mulher o
perturbavam. A médica pôs as mãos sobre os
joelhos de Anahí.