Fanfic: Concubina (Terminada)

amei todos os comentários, sério me divirto muito com eles.

continuem ok, besos e se divirtam ah e não percam a Perseguida

Meia
hora depois, bandejas de chá e bolinhos chegaram.
Ninguém lhe agradeceu pela idéia, nem ela esperava
agrade­cimentos. Mas ela mesma não comeu, já que estava ocupada demais
com o penteado. Alguém tinha de segurar a placa no lugar enquanto o
cabelo era enrolado e colado. Felizmente, Dulce, a amiga da liteira, a ajudou,
com dedos ágeis e um sorriso cordial. A borboleta que lhe
enfeitava os cabelos, porém, ficou apenas parcialmente presa. Quando
terminaram, correram para o salão do banquete.

Entraram
com as últimas virgens e conseguiram bons luga­res.
Sorrindo para a amiga, Anahí se instalou e tentou parecer uma imperatriz.

O
imperador se sentava a uma mesa do outro lado do salão. A distância, tudo o que Anahí viu foi que estava vestido
com rou­pas delicadamente bordadas e tinha cabelos pretos. Nunca ficara tão perto do imperador e
sentiu borboletas voando no estôma­go. As outras virgens
também estavam excitadas e deliciadas. Como não havia meios de chamar a
atenção dele de tão longe, Anahí decidiu
comer.

Entre
o nono e o décimo prato, o imperador se levantou. A reação nas mesas das virgens
foi imediata, todas pararam de co­mer e ajeitaram os cabelos. Anahí tentou
consertar o alfinete da borboleta, que caía atrás da orelha. O imperador
deixou o salão do festival e todas voltaram a comer.

Uma
porta se abriu atrás dela, mas não deu atenção. Eunucos iam e vinham
todo o tempo.

- Qual é a virgem que ousou atacá-lo com um prato?

Arquejos
assustados se seguiram à voz do homem. Anahí também arquejou, mas como
estava comendo o resultado foi um som muito pouco aristocrático.

- Foi um acidente, Ucker.

Anahí
sentiu o sangue gelar. Conhecia aquela voz, era do mestre Alfonso e estava
dizendo o nome infantil do impera­dor. O que significava que o mestre e o
imperador estavam bem atrás dela!

- Na sua têmpora? Estava jogando
pratos e conseguiu atin­gi-lo tão alto? Ah! Ou você estava ajoelhado diante
dela?

Anahí
mal ouviu a pergunta, o som do sangue lhe enchen­do os ouvidos. Precisava
tossir para tirar um pedaço de comida que ficara preso à traqueia, mas seria horrível fazer isso diante do
imperador. No entanto, precisava respirar, assim começou u tossir.

- Então, Poncho, quem é ela?

- A que está tão atemorizada com sua
presença que não con­segue respirar.

Ouviu
passos atrás dela e tentou recuperar a compostura. Pelo menos
conseguira parar de tossir e podia respirar. Sentiu um toque no ombro, virou-se
e viu o imperador, em pé, olhando para ela. Sabia que a tosse havia
desmanchado um pouco seu penteado e os cabelos caíam, deslocando a placa e
escondendo o alfinete de borboleta de jade.

Olhou
para o imperador, os olhos cheios de esperança e infe­licidade. Seria
capaz de ver além da aparência desgrenhada para a
mulher que era?

Precisava
fazer logo alguma coisa excepcional. Lembrou-se das palavras da mãe. Você não é bonita, portanto seja
inte­ligente. As
outras moças estavam fazendo reverências para o imperador,
dizendo seus nomes enquanto o cumprimentavam. Quando chegou sua vez, Anahí fez
a mesma coisa, a voz rouca da tosse.

- Não me parece tão ousada agora - falou o imperador. - Diga-me, Anahí, por que
atingiu meu amigo com um prato?

Anahí
olhou para Poncho, a lembrança forte das mãos dele em seus seios, os
dedos mergulhando nela. Sentiu o rosto arder e viu o pânico nos olhos dele.
Contaria a verdade? Diria ao imperador que seu melhor amigo fizera coisas com
ela? E que aquela parte ainda ficava úmida ao pensamento de ele
fazer tudo de novo?

Abaixou
a cabeça.

- Foi um acidente, grande imperador, eu... tropecei
e o prato voou da minha mão. Fui desajeitada.

- Bem, suponho que pode ser verdade. - Lançou a Poncho um olhar cheio
de humor. - Mas duvido. - Então grunhiu e olhou o rosto
esperançoso das virgens. - A virtude de uma moça está sempre em perigo na
Cidade Proibida. Sua deselegância não me ofende.

Anahí
exalou com gratidão e alívio; não seria punida por ter
atacado Poncho. Agora precisava aproveitar a oportunidade, di­zer alguma coisa
inteligente sem olhar para Poncho. Felizmente, tinha um ótimo assunto.

- As notícias da derrota de Taiping
são
excelentes! Estou sem fôlego com seus planos para as terras do Norte para
impedir nova revolta!

Funcionara!
A atenção do imperador se voltou para ela.

- O que quer dizer?

Anahí
ficou desconfortável com o tom curto.

- Apenas que, quando serviçais... ou camponeses...
agem mal, geralmente há uma causa subjacente. Enfrente a causa e as refeições aparecem quentes e a
tempo.