Fanfic: Concubina (Terminada)
Anahí
esperou, trêmula. Algum tempo depois, alguém entrou na pequena sala.
Não
viu quem era, mas, quando os braços dele a apertaram,
voltou o rosto e pressionou-o contra o paletó de Poncho.
- Sinto muito. Não pretendia que visse
aquilo, mas não podia permitir que aquele homem me insultasse.
O medo deve ser constante, e o dele desaparecera. Corremos um perigo tão grande com o ópio... não sabe como temo pelo
nosso país.
- Eu sei.
- Você foi muito corajosa.
- Estava escondida, foi você quem andou entre as
espadas.
- Meus homens são muito bem treinados, não havia perigo para mim.
Ela
balançou a cabeça.
- Está errado, Alfonso. Sempre há perigo com aqueles
homens. Podem estar com medo agora, com as espadas em seus pescoços, mas eles voltarão.
- Eu sei. A China em breve será atacada por todos os
lados. Ele lhe beijou a testa.
- Vamos, quero ver o que você registrou.
- Não terminei. - Afastou-se dos braços dele com relutância. - Mamãe me ensinou a escrever
minhas impressões depois de tudo terminado.
- Excelente conselho - disse ele. Acendeu a vela
e passou os olhos pelo papel. - Você fala cantonês?
- Mamãe ficou horrorizada, mas
aprendi com minha ama.
- Nisso eu e sua mãe discordamos. O
conhecimento da língua dos navegadores é muito valioso!
Poncho
se sentou à mesa para ler as anotações que ela fizera enquanto
Anahí fechava a portinhola.
- Sente-se e escreva suas observações, como sua mãe lhe ensinou. Depois
terei uma surpresa para você.
Que
mulher poderosa!, pensou Poncho, enquanto observava a mulher pequena
inspecionar a filha dos pés à cabeça. Esta fora a surpresa
que prometera a Anahí.
Depois
que ela terminara as anotações, levara-a para outra
sala onde a família a esperava. Ficara feliz ao ouvir seu pequeno
grito de alegria enquanto corria para abraçar a família.
A
felicidade de Anahí ao ver-se cercada pela família ajudou a lhe pacificar
o espírito. O imperador aplaudiria sua demonstração de força com os alemães, mas assassinato não era uma coisa que Poncho
fazia com facilidade.
O
fato de Anahí ter visto aquela de violência o perturbou, mas ela
demonstrara mais coragem do que dois de seus soldados. Eles vomitaram; ela
fizera calmamente suas anotações.
Vendo
a mãe
dela, ele compreendeu como a filha se tornara a mulher maravilhosa que era. A mãe não aceitaria nada menos!
Mas a mãe era severa, tinha lábios finos e palavras ásperas, e Anahí era doce e
gentil. Devia ter herdado essas características do pai. Os irmãos eram como Anahí
descrevera, mas ninguém tinha tanto poder como a mãe.
Poncho
ordenou alimentos, sentou-se e observou a família interagir. Tomou chá e ouviu em silêncio enquanto Anahí
contava uma versão muito resumida de tudo o que havia acontecido até então. Todos aplaudiram,
deliciados, por ela ter passado nos exames físico e de histórico familiar, e agora
precisava apenas fazer a demonstração artística antes da seleção final. Depois a mãe o encarara.
- Isso tudo é ótimo, Alfonso, nossa família jamais poderá retribuir tanta
gentileza. Mas todas as virgens imperiais receberam a visita das famílias? A Cidade Proibida
deve estar cheia de felicidade.
- Não, as outras virgens não foram tão afortunadas como sua
filha. Estão descansando no palácio das virgens sem os beijos
abençoados de suas mães.
Madame
Annie estranhou.
- Aconteceu alguma coisa para recebermos tanta
benevolência? Anahí, o que você fez para receber toda
essa atenção?
- É uma bobagem, mamãe. Parece que o imperador
me notou.
- Realmente? Como?
Poncho
respondeu:
- Uma simples questão de tradução, madame Annie. Sua filha
conhece o dialeto dos marinheiros de Cantão.
- Aquela ama horrível! Se eu soubesse antes
suas origens...
- Foi uma grande sorte e, em agradecimento, o
imperador permitiu que a visitassem. Todas as moças sentem saudades de suas
mães.
- Bah, ela é uma mulher, deveria ser mãe.
- Exatamente - concordou Poncho. Então fez seu jogo. - Infelizmente, muitas das
moças
que estão aqui nunca terão filhos. A maioria, na
verdade, só verá o imperador a distância. Temo que este possa
ser o destino de sua filha.
Madame
Annie deu de ombros.
- Essa é a natureza das coisas na
Cidade Proibida. - Então sorriu. - Mas se já chamou a atenção do imperador, tem pouco
a temer.
Poncho
praguejou em silêncio. As coisas não estavam correndo como
planejara. Esperara que a mãe compreendesse o terrível futuro que poderia ser
o de Anahí, mas madame Annie via apenas a oportunidade política. Talvez pudesse
convencer Anahí. Voltou-se para ela, desejando poder ser mais claro.
- Anahí, você é uma bela e talentosa flor
da China. Viu o rancor que é parte da vida diária aqui. Devia voltar
para casa agora com sua família...
- Deixar a Cidade Proibida? - arquejou a mãe.
Poncho
olhou para a mulher. Não poderia ouvir por um momento? Não poderia ver o destino da
filha além da política e das oportunidades?
Olhou para o marido, buscando ajuda, mas os olhos dele eram vagos.
- Haverá candidatos à sua mão, Anahí. Por que ser uma
entre trinta esposas quando pode ser a única de um homem?
- Não! - gritou a mãe. - Todos sabem que você está
aqui, minha
filha. Contratamos mulheres para chorar! Não pode voltar para casa
sem que cada homem se pergunte o motivo! - Lançou um olhar astuto para
ele. - Por que sugere uma coisa assim a minha filha? Você a tornou inadequada de
alguma forma? Uma desgraça para a família que quer encobrir?
- Sua filha é uma virgem imperial - disse ele, severo.
- Acho que poderá ser uma excelente
imperatriz, mas a viúva consorte não gosta dela.
- É claro que não! Mãe nenhuma quer perder seu lugar aos olhos do filho.
Poncho
desejou ter mais tempo.
- Precisa compreender, Anahí, o que a espera. Saia
agora e encontrarei um motivo. Está com sua família, ninguém fará perguntas, certamente
nenhuma que não possa ser respondida por um médico.
Se
ela saísse agora, depois de um período adequado de tempo começaria a cortejá-la. Teria de se assegurar
de que o imperador não ficaria zangado. Mas se Anahí ficasse doente,
talvez o imperador não desconfiasse. Ou poderia esquecer uma virgem
entre tantas. Havia centenas de coisas que exigiam a atenção do imperador. Tudo o que
era necessário era que Anahí saísse voluntariamente da Cidade
Proibida.
Alguém opina sobre que decisão ira tomar???
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
unposed Concordo com vc, mas como vc mesmo falou homens não. Ah desculpa a demora tinha perdido meu arquivos mas ja estou de volta com todas minhas webs, gracias por comentarem. besos Olhou nos olhos dela e viu incerteza; mais um empurrão o ela aceitaria. Mas madame Annie empurrou na direção contrária, afastando Poncho da fil ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 514
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carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46
aaaaah ja acabou??
to tristi....
mas tudo acabou bem *-*
mt fofos los as!! -
carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46
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carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46
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carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:45
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carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:45
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