Fanfics Brasil - CAPITULO ONZE Concubina (Terminada)

Fanfic: Concubina (Terminada)


Capítulo: CAPITULO ONZE

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Poncho
não
viu uma só virgem nos dois dias seguintes. Igno­rou seus
deveres como mestre do festival e ficou em casa, em Pequim. Ocupou-se com o
relatório para o imperador, com es­tratégias para vencer rebeldes
ou invasores, qualquer coisa que afastasse Anahí da mente.


Não funcionou. Releu as
anotações dela sobre a delegação alemã e percebeu que tinha um
olhar certeiro para detalhes e um cérebro vivo, apesar do
horror que presenciara. Enquanto as lia, sentia o toque de sua mão e o calor de seu corpo.
Na madrugada do terceiro dia, estava louco de desejo. Seu bastão de jade pare­cia uma
pedra pesada que arrastava seus pensamentos para ela.


Era
ridículo!
Era apenas uma mulher. Não podia ser tão bela, tão doce, tão brilhante como se
lembrava. Precisava vê-la de novo, provar a si mesmo que construíra uma fantasia. Saiu de
casa às pressas, atravessou o portão da Cidade Proibida e foi
à
procura de sua virgem.


Não conseguiu encontrá-la. As virgens tinham
passado os dois últimos dias praticando suas habilidades para se
exibirem para a viúva consorte durante o exame de talento artístico. Al­gumas pintavam,
outras cantavam ou dançavam e algumas es­creviam poesia. A cada dia,
algumas se exibiam para a viúva consorte, e algumas
eram dispensadas como inaceitáveis por um motivo fútil.


Estudou
a lista das virgens dispensadas, esperando ver o nome de Anahí. Se a viúva a dispensasse, talvez a
família a recebesse e ele pudesse lhe fazer a corte quando fosse nomeado para
alguma coisa. Mas o nome dela não estava lá porque devia dançar diante da viúva naquele dia.


E
Poncho tinha uma reunião com Han Du Yu, dignitário de uma pequena mas
rica província perto de Pequim. Queria dar presentes ao
imperador - subornos - para que seu filho pas­sasse
no exame para o serviço civil. Era ridículo, pois nem o im­perador
nem Poncho tinham qualquer relação com os exames.


Poncho
teria evitado a reunião, mas Han Du Yu era muito rico, e o imperador não podia tratá-lo mal. Além disso, estivera pensando
no que Anahí dissera. Se camponeses precisavam de alimentos e esperança, o imperador precisava
saber quantos camponeses estavam famintos e desesperançados. Sem poder
entrevistar toda a população, tinha que confiar nos nobres que administravam
suas terras. Esta era uma oportunidade para fa­zer isso.


Poncho
não
podia cancelar o encontro. O gordo e pomposo idiota chegou carregando uma
enorme escultura de marfim de um dos nove imortais, um ser celestial do taoísmo. Poncho olhou a coisa
feia, grande e mal entalhada. Esquecendo a diplomacia em favor da pressa, Poncho
devolveu o presente.


- Não tenho relação com o exame, não tenho influência e não quero perder seu
dinheiro. Leve isso de volta.


O
homem riu. Sabia que Poncho apenas fingia não ter in­fluência, fingia ser honesto.
No fim, ele teve de aceitar a peça horrorosa.


Então Poncho perguntou o que
queria saber: o que os cam­poneses diziam e o que queriam. Mas Han Du Yu
respondia apenas o que achava que ele queria ouvir, o que estava longe da
verdade.


Finalmente,
Poncho se levantou e se despediu do homem, agradecendo pelo presente. Ergueu a
enorme estatueta e saiu. Sabia onde o imperador estava e dirigiu-se para seu
palácio.


- Alô, meu amigo! - disse o imperador com um aceno
-
Você
parece ter acabado de comer alguma coisa estragada.


- Essa coisa é para você. Han Du Yu é um idiota e não vou mais
cuidar de virgem nenhuma, nem mesmo para você.


Ucker
franziu a testa. Com um gesto, dispensou os eunucos e olhou para a estatueta.


- Isso é horrível.


- É um suborno para você fazer o filho dele passar
no exa­me de serviço civil.


- É um idiota.


- É um funcionário corrupto e um idiota.
A província que governa fica a três horas de Pequim. Tão perto de você, com tanta corrupção.


- É uma terra sem importância e ninguém ousaria se rebelar.


- Você não compreende! Se existe
tanta estupidez e deso­nestidade tão perto de você, como é nas terras mais
distantes? Não é difícil imaginar como a rebelião Taiping nos pegou
desprevenidos.


Era
um argumento sério, e Poncho viu que o imperador en­tendera.


- Quanto ele é idiota?


Poncho
ergueu a estatueta.


- Esse foi o suborno que ele trouxe.


- Parece um falo de pedra malfeito.


Poncho
virou a estatueta e viu que era verdade.


- Sem dúvida foi por isso que
trouxe.


O
imperador não quis mais discutir o assunto.


- Vá cuidar dos seus deveres
com as virgens. Poncho hesitou.


- Não posso continuar assim, Ucker.
Gosto do que faço pela China e por você, mas sou adulto, é hora de constituir mi­nha
família.


- Você quer um cargo, para ter
uma esposa.


Ele
acenou.


- Muito bem. Termine com honra seus deveres como
mes­tre do festival, e eu lhe darei um cargo.


Poncho
quase gemeu. Quantas vezes ouvira aquelas palavras? Já não acreditava nas promessas
do melhor amigo.


- Ucker, que título você oferece...


- Idiota! - gritou o imperador. - Está vendo o que estou
estudando? - Mostrou os mapas e os relatórios militares que cobriam
a escrivaninha. -Acha que a revolta Taiping acabou? Por que me
pressiona agora? Saia!



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Autor(a): annytha

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Poncho fez uma mesura, a boca com gosto de cinza. Mas quais eram suas opções? Sua vida dependia da vontade do imperador. - E leve essa coisa horrorosa com você! É meu presente de agradecimento pelos grandes serviços que me prestou! - Poncho pegou a estatueta e saiu. Não havia tempo a perder, a apresentação estav ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 514



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  • carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46

    aaaaah ja acabou??
    to tristi....
    mas tudo acabou bem *-*
    mt fofos los as!!

  • carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46

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  • carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:46

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  • carine Postado em 19/02/2011 - 23:16:45

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