Fanfic: Concubina (Terminada)

Poncho
fez uma mesura, a boca com gosto de cinza. Mas quais eram suas opções? Sua vida dependia da
vontade do imperador.

- E leve essa coisa horrorosa com você! É meu presente de
agradecimento pelos grandes serviços que me prestou! - Poncho pegou a estatueta
e saiu.

Não havia tempo a perder, a
apresentação estava prestes a começar. Ainda carregando a
estatueta, correu até o jardim da viúva consorte, onde os serviçais tiravam as mesas para Anahí
dançar.

Demorou
a ver Anahí, que mancava em direção ao centro. Mancava?
Mesmo a distância, viu que tinha o rosto inchado sob a tinta
branca. Provavelmente tinha arranhões e ferimentos em outros
lugares. Mas por que andava de forma tão estranha? E teria de dançar assim diante da viúva consorte? Fracassaria
na exibição artística e seria expulsa!

Era
o que queria! Diminuiu o passo, sabendo que tudo que precisava fazer seria
esperar pelo desastre inevitável, ver os so­nhos dela
destruídos, ver Anahí ser esmagada e expulsa.

Disse
a si mesmo que só precisava esperar alguns minutos. Mas não podia fazer isso.
Acabara de ter suas esperanças esma­gadas, como podia
desejar uma coisa dessas para Anahí? Teria de interromper a apresentação, mas como? Ela já se preparava para a posição de abertura. Ergueu a
cabeça e piscou, tentando segurar as lágrimas. A visão do rosto dela, tão corajoso e tão trágico, quebrou alguma
coisa dentro dele. Tinha de acabar agora com aquela farsa!

- Annie!

As
conversas pararam de repente e todos olharam para ele.

- Annie Portilla, venha comigo agora!

- Mas ela vai começar a dançar - disse uma das virgens, a
expressão maliciosa.

- Acha que me importo com diversões de mulheres? Fui
interrompido num encontro importante por isso... - Mostrou a estatueta. - Um presente de seus pais,
Anahí.

Anahí
tinha uma expressão de horror nos olhos.

- Venha comigo agora, para escrever a seus pais e
lhes dizer que o mestre do festival não aceita suborno,
especialmente um tão feio.

Era
mentira, recebera centenas de presentes das famílias das virgens. Todos
haviam sido cuidadosamente catalogados e entre­gues a Ucker. Se Poncho tivesse
ficado com um décimo dos pre­sentes, teria dinheiro suficiente
para montar uma casa e se casar. Mas fora honesto, e não tinha nada, só aquela estatueta
horrorosa.

A
viúva
consorte se levantou.

- Você deve estar com sede, Alfonso.
Reúna-se
a nós
e tome chá. Depois da apresentação, Anahí terá tempo para fazer o que
você
quiser:

Então era uma expulsão planejada. A viúva consorte sabia das
condições de Anahí e queria uma justificativa pública para eliminá-la. O que significava que
alguém ainda mais poderoso queria que Anahí permanecesse
na competição.

A
única
pessoa mais poderosa que a viúva consorte era o próprio imperador, que
claramente se interessava por Anahí, mesmo que só para torturar Poncho.
Suspirou e disse o que o coração mandou:

- Grande Viúva Consorte Imperial Kang
Ci, não me impor­to! Não tenho tempo para comer e
não
quero me atrasar. Anahí será punida pelo pavoroso
insulto dos pais dela a mim mesmo e ao Trono do Dragão. E será punida agora.

Começou a andar balançando a estatueta de um
lado para o outro enquanto as pessoas abriam caminho até Anahí, lágrimas lhe correndo pelo
rosto e lhe estragando a maquiagem. Uma dor cresceu dentro dele, mas não tinha escolha. Fez uma
mesura para a viúva consorte e se virou, obrigando Anahí a mancar
atrás
dele.

se tiver mais comentarios posto mais ainda hoje.

o que acham que ele vai fazer???