Fanfic: Concubina (Terminada)

- Então o que minha mãe disse é verdade, você não tem dinheiro.

- Não o bastante para
sustentar uma esposa e uma família, apenas para manter um
lar modesto nas terras dos meus pais.

- Então você depende do imperador. - Ela ergueu a mão e tocou-lhe o rosto numa
carícia
tímida.
-
Como eu, já que meus pais não me receberão de volta.

Ele
lhe tomou a mão e beijou-lhe a palma.

- Minha sorte pode mudar. Estou trabalhando muito
para conseguir um cargo e um salário, mas...

- Não será cedo o bastante, não para minha mãe. Sabia que a viúva consorte expulsou uma
das meninas esta manhã? Agora somos apenas 28, o número de virgens exigido.

A
notícia
foi como um soco no peito. Agora cada uma das virgens seria destinada a um dos
haréns
de Ucker. Mal pôde respirar com a dor.

- Então você foi selecionada, será uma concubina.

Ficou
com o coração partido. Seis dias atrás, nem sabia que ela
existia. Desde então, desprezara-a, desejara-a e cortejara-a, tudo
para nada.

- Jamais poderei tê-la, Anahí. Pensei que, se
fosse descar­tada, se eu ficasse afastado e os outros encontrassem um meio de
tirá-la...
Mas não consegui ficar longe, não podia vê-la sendo humilhada diante
de todos.

Olhou-a
nos olhos e viu lágrimas. Compreendia o que dizia, o que poderia
oferecer a ela. E fez a coisa mais ousada, mais desonrosa que jamais fizera.
Guiou-lhe a mão para sua virilha. Ela não lutou, mas deixou-o
fazer o que queria e, quando seus dedos tocaram-lhe a masculinidade, ele quase
gemeu.

- Há um meio de termos o
prazer que nos resta sem arriscar sua virgindade.

- Como as mulheres no harém do velho imperador. Você
porá sua boca... - Sua voz desapareceu.

- Sim, e você pode fazer a mesma coisa
comigo, se quiser.

- Isso é tudo o que poderemos ter
um do outro - disse ela. Pôs uma das mãos no peito dele, os olhos
escuros de desejo. - Além disso, você pode me ensinar o que
fazer.

O
coração dele acelerou ao toque dela, mas sua mente ain­da
estava presa na impossibilidade de sua vida. Ter finalmente encontrado uma jóia como Anahí e ser
obrigado a entregá-la ao imperador.

- Não consigo pensar em você no harém inferior! Um des­perdício tão grande de seus talentos!
Uma vida tão terrível!

Ela
se aninhou melhor nos braços dele.

- Então precisa me ajudar e
evitar esse destino, precisa me ensinar, Poncho.

- Você já sabe mais que as outras
virgens como ser uma esposa política. Sua mãe lhe ensinou bem.

- Mas não sei nada sobre como dar
prazer ao imperador.

- Ucker não é um homem fácil de agradar.

- Você disse que um homem gosta
de muitas coisas.

- É claro...

- Se o conhecesse antes de vir para a Cidade
Proibida, pode­ria ter tentado alguma coisa diferente. Mas estou aqui e preciso
fazer o melhor que posso da vida que escolhi. Se não descobrir um meio de
satisfazer o imperador, então estou condenada ao harém inferior. Serei...

- A virgem mais inferior do harém inferior.

- O que está feito, está feito...

- Você é inteligente em pensar no
agora, e não no que po­deria ter sido.

- Então precisa me ajudar. Por
favor, não me condene ao que me mostrou pela janela do harém.

- Não há nada que eu possa fazer, Anahí.

- Sim, há, ensine-me como dar
prazer a um homem. - Fi­cou de joelhos diante dele.

Sua
boca ficou seca, mas não seu bastão de jade, que se er­gueu
de alegria.

- Você quer... quer fazer o que
viu pela janela? Ela acenou, a mão acariciando-lhe o bastão de jade.

- Não sei como fazer isso com
um homem. E, se isso é tudo que posso ter, então quero que você me ensine.

- Para fazer com Ucker.

- Você é minha única esperança.

Continuou
a acariciá-lo, o corpo dele pulsando. Ela passou a mão sob a túnica e tocou-lhe o ventre,
mas ele lhe agarrou a mão antes que os dedos dela alcançassem o cordão que lhe amarrava a calça.

- Você está indo longe demais!

- Não foi isso que sugeriu? Não é o que você quer?

Era,
mas não assim! Não para que ela seduzisse o
impem dor!

- Se tivéssemos nos conhecido antes
de eu me tornar uma virgem do imperador, se viesse à porta da minha casa em
vez de se esconder na minha liteira, então eu descobriria um modo
de me tornar sua esposa. Teria esperado, forçaria minha mãe a aceitar seu pedido.

- Mas não fiz isso.

- Não, não fez. - Ela libertou a mão e rapidamente de­samarrou
a faixa. O tecido escorregou e ficou preso no órgão ereto.

- Se ambição é tudo que me restou, Poncho,
então
me agar­rarei a ela.

Ergueu
o olhar e ele viu, como havia pensado, quanto estava determinada a tirar o
melhor proveito de sua vida. Poncho esten­deu a mão e acariciou-lhe o rosto.

- Já está se tornando dura, Anahí,
a ambição faz isso.

- Planejei ser expulsa ontem, quando os ferimentos
eram piores. Fui à procura da médica, mas ela não estava, e você se esqueceu de mim.

- Nunca! Mas você fez sua escolha.

- Não, minha mãe escolheu por mim, não me deixará voltar para casa. E você me esqueceu.