Fanfic: Concubina (Terminada)

Poncho
bateu os punhos na mesa.

- Ela não é um brinquedo num jogo
infantil! Case com ela, faça sexo com ela, faça muitos filhos nela! Mas
não
faça
jogos assim, ela merece mais!

Ucker
ergueu as sobrancelhas, divertindo-se com a raiva de Poncho. Era o mesmo jogo
de quando eram meninos. Não importava o que Poncho fizesse, se era mais rápido ou mais inte­ligente,
Ucker sempre vencia porque era o filho do imperador. No fim, tudo era de Ucker.

O
imperador relaxou e se sentou no divã, uma expressão de triunfo nos olhos.

Poncho
gemeu, o espírito atormentado.

- Ucker, o que quer de mim?

- Se ela for virgem na noite do nosso casamento, terá o cargo e o salário que quiser.

- Quantas vezes você me fez essa promessa?

- Desta vez é verdade, eu a escrevi. - Jogou um pergaminho
selado sobre a escrivaninha.

- Terá o que você quiser, com o salário que exigir. Mas ape­nas
se ela for virgem na noite do nosso casamento.

A
boca de Poncho ficou seca, as mãos trêmulas enquanto abria o
pergaminho e via que o amigo não mentira.

- Você pretende fazer dela sua
imperatriz?

- Ela é a melhor?

- Sim.

- Faça-a gritar meu nome
quando fizer sexo com ela. Então o imperador se levantou
e saiu.

Poncho
não
dormiu aquela noite. Caminhou pelas escuras pas­sagens da Cidade Proibida,
observou o palácio das virgens im­periais e lutou contra a
necessidade de vê-la, de falar com ela. Afastou-se e foi para a
plataforma na árvore, para ver mais um "espetáculo" das concubinas,
mas a visão lhe causou náuseas. Seria esse seu
futuro, observar espetáculos depravados, lembrar momentos roubados com a
mulher que logo seria a imperatriz? Teria de partir, não poderia ficar perto da
imperatriz sem pen­sar como era ter as mãos no corpo dela, a boca
se entregando à dele. Jamais seria capaz de esconder seus
sentimentos de Ucker, que não admitiria que seu mais
próximo
assessor dese­jasse sua imperatriz. Pediria um cargo bem distante da Cidade
Proibida, talvez como embaixador na Inglaterra ou outra terra bárbara. Talvez se casasse e
tivesse filhos, então não pensaria mais em Anahí.

Estava
amanhecendo quando finalmente aceitou que era um tolo. Saiu da Cidade Proibida,
sabendo que não havia esperan­ças para ele e Anahí, e, no
entanto... sabia que havia um mundo além das muralhas da cidade
imperial, além da China. Um mun­do onde poderia encontrar um
lugar para si mesmo e para Anahí. Se ousasse... se ela ousasse...

Mas
tinha de ser muito cuidadoso. Não sabia se havia algum
espião observando-o. Não ousava correr riscos.
Chamou um jinriquixá e voltou para casa. Entrou e se deitou. Quando
teve certeza de que não era mais vigiado, levantou-se, escureceu a pele
com carvão, vestiu roupas de trabalhador e saiu de casa em
direção ao porto.

Quem Annie escolhera, Poncho ou ser a imperatriz de Ucker... que parece nada satisfeito de perder essa virgem pra seu melhor amigo... Será que Ucker escolhera Annie como imperatriz apenas pra impedir seu melhor amigo ser feliz?

não percam proximos capitulos, cometem ok!!