Fanfic: Concubina (Terminada)

Dulce
logo começou a tossir e os olhos de Anahí se encheram de lágrimas, mas estava
acostumada ao cheiro de tabaco, que seu pai gostava de fumar. Mas o cheiro não era apenas de taba­co,
incluía ópio, chás temperados e homens,
muitos homens.

- Hey ho! Mais uma! - uma voz masculina gritou
em cantonês.

Vivas
masculinos responderam e de repente alguém lhe se­gurou o braço. Anahí tentou se
libertar, mas ele era grande e forte e, quando olhou para o rosto dele, viu que
era um homem branco. O medo foi tão grande que não conseguiu gritar, mas Dulce
sim.

- Demônio branco!

Ouviu-se
o som de uma pancada e a cabeça de Dulce foi jogada para
trás.
Anahí conseguiu gritar, mas seu captor ergueu a mão ameaçadoramente. Preparou o
corpo para chutar o bruto entre as pernas, mas uma voz a fez parar.

- Não tenham medo, virgens. - Era Duan Xu, o assistente
favorito do chefe dos eunucos. - O imperador quis que
fossem trazidas aqui para divertirem nossos hóspedes. - Deu um passo à frente, um cachimbo nas mãos. -Aqui, fume, ajudará você a relaxar e perder o
medo.

-Isso é ópio - adivinhou Anahí.

- É um presente especial do
imperador para você.

- Não, não é.

Olhou
em torno, procurando um meio de fugir. Viu uma dú­zia ou mais de homens,
brancos e chineses, todos sentados em torno da sala. Alguns fumavam ópio, outros bebiam ou
olhavam com luxúria para as virgens. Todas tinham um cachimbo aper­tado
nos lábios.

O
homem branco pegou o cachimbo e aproximou-o do rosto dela. Estava dizendo
alguma coisa e sorrindo, como se quisesse acalmá-la. Ela chutou e bateu,
mas ele era grande demais. Es­tava presa a uma parede, com ele de um lado e um
eunuco do outro. Apertaram-lhe a cabeça e empurraram o cachimbo
para dentro de sua boca. Não podia mover a cabeça, mas isso a aju­dou a
manter os lábios cerrados.

Sentiu
uma dor forte no ventre... o eunuco a esmurrara! Arquejou em choque, os joelhos
perdendo a força, e o homem branco lhe segurou a cabeça. E então uma fumaça quente e doce lhe encheu
os pulmões.

Olhou
para o lado e viu Dulce no mesmo estado que ela. Não estava mais lutando
depois de fumar o ópio.

- Não - disse Anahí -, está errado, somos virgens im­periais.

Alguém respondeu. Ela não compreendeu as palavras,
mas os homens sim e suas risadas encheram a sala. O eunuco a em­purrou para a
frente, embora ela tentasse lutar. Estava se mo­vendo em direção a uma linha de homens,
que estavam tirando as calças! Todos em linha, as calças no chão, a masculinidade
orgulhosamente em exibição.

- O que estão fazendo? Não devia estar vendo isso! - disse uma das virgens.