Fanfic: Fanfic sem Título

Sorrir. Havia deixado de saber como que é sorrir à anos. Há anos sendo uma nova Dulce. Uma Dulce má e cruel, sem escrúpulos e vivendo uma vida sem regras. Uma Dulce sem amigos, familiares, nada. Não pude ter a chance de escolher entre viver ou morrer, e acabei assim. Com presas, faminta por sangue (humano) e me escondendo de tudo e de todos. Mas tive a sorte de ter herdado o anel que protege nós vampiros dos fortes raios do sol, que por mais pouco e fraco que seja algumas vezes, é forte o bastante para nos fazer virar pó em estantes.

Claro que, por mais que seja ruim viver na pura escuridão e esconder quem você realmente é de todos, ser um vampiro, no meu caso – uma vampira –, tem seus bons momentos. Você é simplesmente um milhão de vezes mais forte, mais rápido, mais esperto e mais habilidoso que qualquer humano no mundo. Sentimos qualquer tipo de presença, pode ser de um simples animal, um humano e até um de nós chegando perto, para atacar ou não. Sabemos o que você quer de nós, mas só os que realmente sabem ler a mente de qualquer um consegue. Prever o futuro, se transformar em algum animal voador e de preferência, forte e grande. Tudo isto faz parte do nosso mundo, do meu mundo! O mundo que freqüento à séculos, com os meus trezentos e quarenta e seis anos. 

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– Falando sozinha pela escuridão? – não tremi, mas a voz me congelou por meio segundo, me virei e sorri um pouco. Reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Qualquer mesmo! 

– Damon! Que prazer te rever depois de.. hum, quase meio século? – perguntei sarcástica demais. Damon, alto, moreno, forte e sedutor, sorriu com malícia.

– Exatamente! Vejo que não mudou nada nesse seu jeito sarcástica de ser. Acertei? – perguntou ele com uma sobrancelha levantada. Afirmei com a cabeça e ele sorriu convencido.

– Exato. E você já pode levar o ouro! – sorri enquanto passava delicadamente sobre seu lado, Damon me seguiu com o olhar, podia sentir através de seu olhar que parecia me perfurar sobre as costas. – Pare já com isso! Sabe que não me sinto a vontade com você olhando assim para mim.

– Own, assim você me ofende. Olhar não tira pedaço! – sorriu irônico.

– Mas se dependesse de você já teria arrancado uma boa parte. 

– Jura?

– Eu aposto! – sorri com toda a minha certeza. Damon sorriu, sem corar e nem nada. 

– É verdade! Dulce. Você sabe que por séculos eu te desejei com todas as minhas forças.

– E eu sei mesmo. E por isso prefiro que mantenha distância de mim. Pelo menos com sua malícia toda! – disse enquanto mordia o lábio inferior. 

– Sei.. Mas então. Como anda a sua querida tia?

– Porque não tenta prever como ela está neste momento? Sabemos que você é um especialista nisso. – garanti sorrindo convincente.

– Talvez! Mas prefiro saber por ela mesma. – ele se preparou para correr, mas fui mais rápida e o impedi com apenas um golpe habilidoso e rápido de minha parte.

– Nada disso. Você vai ficar aqui mesmo! – fiz uma pausa, o soltando. – Damon. O que faz aqui?

– Hum.. Deixe-me ver, vim para cá com muitos planos. Mas o maior deles é estar perto de você, minha primeira dama! – ele sorriu galante. Enroscando seus braços sobre minha cintura. – Sabia que você está cada vez mais linda? Mais habilidosa. Mais rápida e gostosa! – ele sorriu feito um babaca. E então eu o empurrei com força, fazendo-o esbarrar sobre uma pedra grande que saiu do lugar em um piscar de olhos. Meio segundo depois Damon estava parado sobre minha frente, me fitando. – Você está cada vez mais perfeita! Não sabia que à cada século isto acontece com você.

– Chega dessa, Damon. E me diga. O que realmente quer aqui? – disse estressada.

– OK! Quero fazer um acordo com você, Dulce!

– Que acordo? – perguntei, já sabendo que boa coisa não era.

– Bom, eu fiz algumas paradas¹ com alguns amigos meus, no entanto não consegui fazer com que essas paradas dessem tão certo assim, e agora preciso da sua ajuda para conseguir pagar os caras.

– Como é? – perguntei com uma sobrancelha levantada, assim sorri irônica e neguei com a cabeça. – Correu quase sem mil quilômetros apenas para me encher com seus problemas ridículos? – perguntei indignada. – Um aviso: Suma o mais rápido que puder de mim! – avisei num tom ameaçador.

– Caramba, Dul. À séculos atrás você não era assim tão ameaçadora. O que anda havendo com você? Aposto que deve ser o sangue ruim que anda bebendo! – negou com a cabeça.

– E você não era tão estúpido assim! Escuta, eu preciso ir para o colégio, quando voltar conversamos! E.. tente pelo menos não se meter em problemas, enquanto eu estiver no colégio, ao menos! – sorri e então corri.