Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Crime Sangue Derramado

Fanfic: Sangue Derramado


Capítulo: Capítulo 1 - Crime

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Psicopatas: pessoas de mente fria e calculista, com uma inteligência maior que a normal, frieza, narcisista. Estas seriam algumas palavras que muitos dos que os estudaram diriam se você perguntasse claro que seria deveras estranho se uma pessoa possuísse adoração por tal ser a ponto de saber mais á fundo sobre sua mente e seu modo de pensar. Mas, por dentro, todos nós temos uma pequena curiosidade sobre os detalhes de seus crimes, as histórias deles e o motivo por qual matavam. A resposta seria um pouco óbvia se pensarmos direito. Dinheiro, poder ou por satisfazer sua própria mente sádica mesmo que fosse por métodos lentos e dolorosos. Ficávamos pensando que nunca os encontraríamos, mas isso seria uma pura mentira pelo caso que uma pessoa psicopata pode naturalmente viver ao seu lado. Mas, e quanto aos Seriais Killers? Claro que estes teríamos tal medo que nos faria hesitar em tocar no nome de algum, só de pensar na dor de suas vítimas nós nunca poderíamos sequer pensar em qual era a sensação que estes sádicos tinham.


Voltando ao dia em que tudo começara, eu estava em meu quarto observando um trecho de uma reportagem de um jornal, eu ainda estava ajeitando meu uniforme enquanto ouvia alguma música do AC/DC. Eu tinha acabado de me mudar para Los Angeles para morar com meu primo, Joseph Slayth, que já me esperava fora de casa, no carro. Apressei-me, mas a manchete ainda segurava a minha atenção de forma direta, como eu havia acabado de me mudar, nada mais havia chamado a minha atenção até aquele momento.


“O serial Killer chamado pelos estudantes do colégio Santorian High School como o assassino vermelho atacou novamente sendo agora o alvo o comerciante perto das redondezas do colégio, o nome da vítima era Allen Cram (30) e fora assassinado em seu quarto com um corte em sua barriga e tendo seu coração arrancado, o assassino novamente não deixou um rastro sequer”


Eu ainda não entendia o que era o “assassino vermelho” e o porquê do nome, apressei-me ainda tentando imaginar a cena do crime. Ao sair de casa, fechei a porta e entrei rapidamente no carro onde meu irmão já parecia impaciente em esperar, ligava o carro mudando sua expressão, mexera nos cabelos castanho-claros e começando a dirigir olhou-me rapidamente. Eu ainda mexia em meu cabelo que batia até a cintura, o encarei.


- Joseph. O que é o “assassino vermelho” que os jornais daqui tanto falam?


Ele ficara em silêncio por alguns minutos.


- É um assassino que os alunos do colégio Santorian High School, um colégio para ricos, apelidou de “vermelho” por que toda vez que a polícia ou a perícia olhava a cena do crime tudo estava vermelho de sangue... É grotesco e perturbador, ele é... Um monstro. – falava com certa raiva na voz.


- E pegaram esse apelido para o assassino só por que foi inventado por alunos ricos? – perguntei enquanto ele parava o carro em frente do colégio Santorian. Eu saí do carro pensando na famosa história que meu mais novo colégio possuía.


- Gabriela. O primeiro assassinato dele... Foram dois professores deste colégio. Por favor, tome cuidado. – ele falou enquanto ligava o carro e voltava a dirigir, eu acenei para ele com um meio sorriso. Ajeitei minha mochila e ao colocá-la nas costas sem querer acabei batendo a mochila em um garoto que passava ao meu lado, ele parou para me encarar com uma cara de quem tivesse se irritado um pouco, vi que ele tinha uma pele muito branca e era o tipo de garoto de cabelos pretos e olhos claros. Apenas bufou e continuou andando sem falar comigo, eu revirei os olhos e decide rapidamente ir para minha sala, tentei apressar-me para não correr o perigo de encontrar outra pessoa tão estranha quanto o aluno, percebi que alguém me seguia sem antes pensar, me virei e avistei um garoto de cabelos pretos e de óculos que parava e estendia a mão para me cumprimentar.


- Desculpe, sou o representante do primeiro ano, você é a novata Gabriela Slayth? Prazer.


- Sou sim... – apertei-lhe a mão.


- Sou Mike Tayford, deixe que eu te leve para a sala. Digamos que meu dever é nada mais que ajudar novatos e ser o líder do time de futebol. – ele falava enquanto andava até o final do corredor, onde entramos na sala do primeiro ano onde os alunos já estavam andando pela sala e conversando, pude avistar o mesmo garoto estranho de antes. Ele apenas desviou o olhar mostrando total aversão á todos dali, sentei-me na única carteira vazia que era a que ficava á frente dele. Sentei-me sem me dirigir á ele e pude observar Mike sentar ao meu lado e logo vieram alguns garotos para falarem com ele sobre algum assunto qualquer, logo pude perceber que ele era não só o representante de classe e líder do time de futebol, mas também um dos garotos mais populares pelo menos da classe. Respirei profundamente até observar o garoto estranho levantar-se e ir até a porta para falar com um garoto que aparentava ser um pouco mais novo e que possuía uma tatuagem no pescoço de algo escrito em francês. Bufei olhando pro lado até que dois gêmeos ficaram á minha frente com um sorriso simpático, os dois tinham os cabelos tingidos de azul, porém um tinha os olhos verdes mais claros do que do irmão.


- Bem vinda ao Santorian High School. Sou Ash e este é meu irmão Hyde Latimore. Prazer. – o que tinha os olhos mais claros falou, eu dei um meio sorriso vendo a diferença que os dois possuíam.


- Prazer em conhecê-los, sou Gabriela Slayth. – falei.


- Pode parecer loucura sermos gêmeos, mas é fácil de nos diferenciar. Eu, Ash Latimore, sou mais alto e tenho os olhos mais claros enquanto meu irmão... – falava quando fora interrompido pelo garoto estranho, que o tocara no ombro.


- Ash. Hyde. Vai começar a aula. – ele falara e voltara para seu lugar, eu encarei o chão junto com Hyde que ficara pálido ao ver o garoto, Ash respirou profundamente.


- Não ligue para ele, Aeron nunca é simpático como nós ou como Mike... Mas, acho que ele está assim por causa do assassino. Todos ficam frustrados quando há um assassinato... – Ash falava já acenando para mim e indo para o fundo da sala com o irmão. Eu tentei chamá-lo para falar-me mais sobre o assassinato, mas pude perceber que realmente o professor havia chegado á sala. O professor entrara com uma roupa social, ajeitava os óculos enquanto remexia uma mexa de seus cabelos loiros que caíra insistentemente sobre seus olhos. Ele sorriu levemente, mais parecia um aluno do que um professor.


- Bom dia a todos. Sei que todos estão tensos e frustrados com a possibilidade do assassino vermelho ir até vocês neste exato momento e tirar-lhes o coração e o pâncreas e crucificá-los como serão se não passarem de ano... Brincadeira. Quero todos vocês juntando as mesas com o colega de trás e comecem a fazer um questionário sobre a vida de vocês! Só para aliviar a tensão! – o professor dava um leve sorriso após a brincadeira tipicamente sádica, lia seu livro de biologia enquanto todos se juntavam, eu bufei novamente ao pensar que teria de falar com Aeron, o estranho. Eu virei minha carteira e juntei a minha á dele, ele encarou-me com um sorriso meio irônico. Eu pensei repetidas vezes em me acalmar, abri meu caderno e ele fez o mesmo já anotando alguma coisa que eu decidi não querer ver. Ele mordeu levemente seu lábio inferior enquanto escrevia, fitou-me com seus olhos verdes.


- Vamos acabar com isso de uma vez. – falei olhando para meu caderno a fim de acabar com aquela “tortura”.


- Entendo, mas este exercício serve só para conhecermos aos colegas de classe e eu não preciso fazer perguntas para saber de você. – falava.


- Duvido que saiba coisas de mim, nos vimos há poucos minutos e é impossível que saiba pelo menos meu sobrenome.


Ele riu levemente, esticava a mão segurando na minha.


- Ouvi você conversar com Mike, seu nome é Gabriella Slayth, acabou de chegar à cidade e aparentemente detestou este colégio. Evita a todo custo a aproximação evitando até de olhar-me nos olhos como fez agora a pouco, parece gostar do rock das antigas, por não sorrir muito presumo que é uma pessoa reservada e pela conversa que teve com Mike, tem interesse no assassino vermelho. E eu também vi seu irmão te deixar no portão do colégio. A família de vocês parece ter muito dinheiro por causa do carro em perfeito estado. Viu? Pessoas detalhistas são bem mais espertas. – ele falava como se divertisse da situação, eu o encarei um tanto assustada.


- Para mim você é só um cara estranho e antipático, Aeron. – falei com um tom seco em minha voz para disfarçar meu incômodo.


- Pelo menos sabe meu nome, G. Mas, inicialmente me chamam de cínico, canalha, bipolar, frio e desgraçado. Mas, pode me chamar de Aeron. – ele riu em tom baixo, o fiz largar minha mão e pude ouvir o sinal tocar, ele deu um meio sorriso voltando sua carteira para o lugar, eu encarei meu caderno por alguns minutos e vi os gêmeos e Mike saírem de sala, os segui não querendo ficar perto de Aeron. Corri até eles os acompanhando.


- Você sobreviveu isso é bom... Na terceira série tive de fazer um trabalho de ciências com o Aeron e tive que fazer terapia por dois anos. – Hyde falava como se fosse o maior trauma de sua vida, seu irmão deu um leve tapa em sua cabeça enquanto Mike ria.


- Ele me dá medo, descobriu até os meus gostos só de me observar...


Os três me encararam como se ficassem aliviados de saber que eu tinha medo.


- Se tem medo, isso é bom! Muito Bom Gabriella! – Ash falava apoiando seu braço no ombro de Mike.


- Por que é tão bom eu ter medo dele? – perguntei.


- 90% das garotas do colégio gostam dele, mas ninguém é “bom” pra ele, entende? Eu prefiro a minha namorada, mas se eu fosse gay... – Mike falava com um meio sorriso, os gêmeos davam um tapa em sua cabeça.


- Ah... Entendo.


Ash e Hyde ainda batiam em Mike quando eu encostei-me á uma parede quando os três ainda ficavam naquela brincadeira tipicamente de garotos, depois de alguns minutos notei que um garoto loiro se aproximava de Mike. Os três paravam a brincadeira e cumprimentavam o garoto.


- Tudo bem com vocês? – ele perguntava ajeitando o cabelo.


- Raphael, estávamos falando do Aeron. Incrivelmente existe uma garota que não gosta dele e... Ah é, Raphael esta é Gabriella Slayth. – Mike falava enquanto ajeitava o uniforme, o garoto estendia sua mão para me cumprimentar. Eu apertei sua mão com um meio sorriso. Ele era nada mais nada menos que o melhor amigo de Mike e também era do time de futebol do colégio, por mais que parecesse estranho eu realmente comecei a pensar que talvez a minha vida em Los Angeles não seria tão mal assim, procurei relaxar e assim, depois de Ash e Hyde me enxerem a paciência, resolvi sair com o meu mais novo grupo. Sem pensar em Aeron, quem eu jamais gostaria de conversar.


Mais tarde, eu já estava em uma das praças da cidade esperando os demais, eu ainda ouvia uma música dos The Beatles quando Mike chegara com uma garota alta e de cabelos negros como eram os cabelos de Aeron, balancei a cabeça afastando aquele estranho “ser” de meus pensamentos. Eu sorri para os dois.


- Gabriella, esta é Jessica Sthark. Minha namorada.


- olá, prazer em conhecê-la. – a garota estendeu a mão para me cumprimentar, eu apertei sua mão com um pequeno sorriso, era a primeira pessoa que eu ia logo de cara. Ela parecia tão branca como uma boneca de porcelana. Levantei-me ao avistar Raphael, que vinha dando um tapa na cabeça de Mike, parecia que ele estava acostumado a ser “batido” tantas vezes. Jessica riu vendo a situação, eu olhei para o lado esperando que a brincadeira dos dois acabasse logo pararam e Raphael sentou-se em um dos bancos que havia ali, nos chamando como se tivesse um segredo para contar.


- Raph, o que foi desta vez? Quero logo saber aonde vamos! – Jessica falara indo até ele já impaciente, Mike sentou do lado do amigo enquanto eu ficara ao lado de Jessica.


- Silêncio, Jess!


- O que houve? – Mike ficara impaciente.


- Descobri uma coisa sobre o “assassino vermelho”! – ele falava em tom de voz baixo, eu prestei atenção já surpresa, Jessica abraçou o meu braço com medo.


- Não brinque com essas coisas... – eu falei olhando pro lado, escondendo meu interesse no assunto.


- Meu tio é da polícia, ele deixou escapar que o assassino um fio de cabelo cair... Estão perto de pegá-lo.


Um fio de cabelo, um único. Essa era a pista que a polícia tanto esperava, logo saberíamos quem era o assassino. Porém, Raphael não estava se arriscando demais falando? E se, de algum modo, o assassino ouvisse? Bem, era rezar para que não acontecesse e eu queria me manter longe da tal pista para não me prejudicar ao mesmo tempo em que eu desejava no fundo de minha alma assistir mais um pouco a esperteza do Serial Killer de Santorian, no fundo, eu tinha a utopia de vê-lo cara-a-cara. Tentei guardar este meu desejo para mim mesma, por saber que me chamariam de louca de sentir meu sangue ferver quando havia notícias de novos corpos mutilados pelo Serial Killer, ninguém jamais sabia como era sua aparência ou seus motivos. Eu queria tanto conhecer o assassino de Santorian, mas preferi guardar isso para mim mesma. Tudo ficaria bem, eu sabia que a polícia o pegaria. Porém, ao conversarmos com Raphael sugerimos que ele ficasse calado, não o queríamos em perigo. E realmente pensamos que tudo ficaria bem se assim ele o fizesse. Foi quando, depois de formos embora, ele andara pelas ruas escuras com as mãos nos bolsos de seu casaco começara a esfriar e começara a ouvir mais passos sem serem os dele, olhara para os lados, não havia ninguém ali, olhara para o chão como se começasse a rezar, suspirou profundamente e pensou “seria coincidência demais se fosse ele”. Pegara o telefone e discara o número de Mike, ficara nervoso pela demora para Mike atender, começara a aumentar a velocidade dos passos esperando pelo pior. Já começara a suar desesperadamente sentindo a frustração e a sensação do medo consumir seu coração naquela hora tão inoportuna, começara a tremer por Mike não atender ao telefone, arrependia-se de estar andando ali, sozinho e naquelas ruas escuras, começara a pensar na possibilidade da pessoa andando atrás dele fosse o assassino. Sua respiração ficara ofegante, lembrava-se que no parque vira alguém passar por eles na hora em que ele falara da tal pista, estava chegando a casa e já suspirava aliviado quando a pessoa, sem mais nem menos, o empurrara para um beco escuro e silencioso. Ele já estava frustrado, no chão olhara o assassino e de fato era ele.



- Não...! Por favor...! – implorava colocando o braço para proteger o rosto, estava apavorado e com medo de morrer, tentara fugir, mas o máximo que sentira foi uma facada em suas costas, o início da dor. Sentira o assassino colocar uma sacola em sua cabeça, o impedindo de respirar.




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Autor(a): akaisora

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