Fanfics Brasil - Capítulo 2 - O Braço Direito Sangue Derramado

Fanfic: Sangue Derramado


Capítulo: Capítulo 2 - O Braço Direito

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As manchetes anunciavam algo que era o mais sombrio e o mais cruel que eu já teria visto talvez, ao chegar ao colégio pude encontrar o jornal nas mãos de Jessica que estava na frente do colégio, por que fazia faculdade de artes e era sua semana de folga, era estava vermelha de tanto chorar, aflita apenas mostrou-me a manchete que tinha a foto mais desesperadora que eu já vira, era a foto de um braço, apenas ele. A olhei sem entender. Li um trecho da matéria.


“Ontem, 23 de fevereiro, o assassino vermelho atacou novamente e desta vez apenas deixando o braço direito da vítima, o lugar estava completamente sujo de sangue. Não sabemos qual o nome da vítima ou onde o restante do cadáver se encontra. O braço foi encontrado em um beco escuro perto da casa do policial Edward Jessen...”


Eu encarei Jessica balançando a cabeça negativamente como se eu não quisesse acreditar no que havia acontecido, minhas mãos começaram a tremer. Corri para dentro do colégio encontrando Mike batendo em todas as cadeiras da sala, desesperado e gritando como um louco, eu e Jessica seguramos seu braço fazendo um sinal negativo com a cabeça, ele abaixou-se chocado.


- Aquele maldito! Ele matou o meu melhor amigo...!


Eu encarei Jessica ainda sem acreditar.


- Parece que, de alguma forma, o assassino ouviu e foi atrás de Raphael... Dizem que a casa do Raph está toda bagunçada e as provas sumiram, o tio dele deixara as provas lá e agora a polícia voltou novamente com a investigação inicial... – Jessica falava para mim com a voz trêmula.


- Nunca saberemos quem ele é... – falei olhando para o lado, apesar de tudo eu sentia o que Mike estava passando, parecia que tinha sido ontem que eu conheci Raphael e agora crescera uma agonia em nossas mentes, nunca mais o veríamos e sequer sabiam onde o restante do corpo dele se encontrava. Esperto, engenhoso. O assassino demonstrava ser ainda mais inteligente, matara a pessoa que tinha as pistas. Ouvira Raphael comentar sobre a pista, o seguira e enquanto o tortura possivelmente o mandara falar onde que as provas estavam e as destruiu. Cortara e deixara o braço como um pequeno aviso talvez, algo como se quisesse falar: “É isso que acontecerá se vocês tentarem me achar”. Pensei novamente e por algum motivo o celular de Raphael veio á minha mente, mas balancei a cabeça pensando que o celular não seria nenhuma prova.


- A polícia não fará nada, eu mesmo vou dar um jeito de investigar! – Mike levantava-se tentando organizar seus pensamentos, Jessica falava repetidas vezes para que ele desistisse de tal idéia, afinal, não era por menos que ela estava com medo. Perdemos Raphael exatamente por que ele sabia “demais”.


- Mike, desista... Já perdemos o Raphael, não queremos te perder também para esse monstro! – Jessica falava balançando a cabeça negativamente.


- O perdemos por que ele sabia demais... E do que adianta? As pistas foram pegas pelo assassino... – falei, tentando tirar a idéia da cabeça de Mike, ele encarou Jessica, a abraçou fortemente como se não soubesse o que fazer. Olhei para porta e pude ver Aeron entrar na sala nos olhando do mesmo jeito indiferente de sempre, sentou-se arrumando alguns livros sobre a carteira.


- Ficar de chilique não irá resolver seus problemas, não há nada para se fazer. Vocês mal sabem onde o cadáver está. – falava ainda sem encarar Mike, eu fiquei na frente de Mike sabendo que poderia dar briga.


- Do que está falando?! Alguém tem que achar! – Mike ia até Aeron o forçando a se levantar, o puxando pelo braço.


- Pare, por favor...! – Jessica segurava Mike enquanto Ash e Hyde chegavam o afastando de Aeron que ajeitava a camisa social.


- Por que fica tão bravo? Querendo ou não, este foi um crime perfeito. Não há nada para se fazer, se a polícia não conseguiu nenhuma pista sequer... O que o faz pensar que conseguirá? – Aeron falava andando para fora da sala.


- Infelizmente ele tem razão. – Hyde falava soltando Mike.


Eu fiquei quieta por alguns minutos.


- O celular de Raphael está desaparecido, o assassino levou o corpo e o que estava junto ao corpo provavelmente. Mas, de nada adianta... Não temos nem um suspeito. – falei, Jessica olhou para o chão.


- Sei que é suicídio, mas podemos achar pelo menos um suspeito. Quando Raph falou da pista, estávamos em um parque aqui perto... Podemos perguntar se viram alguém suspeito. – ela falava ainda segurando o braço de Mike, que olhou para nós com um meio sorriso que nos incomodou.


- Não falem nada com ninguém, vamos ter mais cautela desta vez, tudo bem? Vamos achá-lo. – Mike falara de uma forma confiante que me dera um grande medo, uma sensação estranha. Hyde coçou a cabeça olhando para o irmão que logo disse que estava fora e que dava valor á vida dele. Jessica, porém, apoiou a decisão do namorado ainda se sentindo um tanto contrariada.


- Tudo bem, mas... Tome cuidado. – ela falava já temendo o pior.


- Eu estou fora. – os gêmeos falaram de forma sincronizada com um ar meio cômico.


- Gente, até parece que vou morrer de primeira...


Jessica e os gêmeos ameaçaram espancá-lo.


- Nunca fale isso! Dá azar, sabia?! – ela disse já ficando brava, eu os encarei um tanto preocupada.


- Não estamos sendo muito intrometidos? E se algo realmente acontecer? – falei.


- Se tivermos cautela, não acontecerá. – Mike falou.


Eu balancei a cabeça negativamente saindo da sala vendo que a minha opinião não iria valer, pelo menos ali. Suspirei profundamente e resolvi andar até o corredor, olhei para a janela ainda distraída até perceber que o corredor estava vazio. Todos estavam na aula de Educação Física, pude ouvir alguns passos indo á minha direção e resolvi andar, um pequeno medo começava a crescer em meu coração até sentir uma mão tocar em meu ombro.


- Calma, não sou um assassino. – Aeron falou contendo uma risada, eu dei um tapa em seu ombro já ficando mais aliviada.


- Isso não tem graça, principalmente depois do que aconteceu com Raphael!


Ele riu.


- Mike é muito é estressado, está bem que quem morreu foi o melhor amigo dele... Mas o que ele pode fazer? – falava enquanto andava ao meu lado.


- Por que não descobre olhando para ele? Não foi isso que fez comigo? – falei com um tom irônico em minha voz.


- G, digamos que as pessoas são como ratos de laboratório para mim. Ele é só um animal burro que sabemos quais serão as decisões dele enquanto você se parece uma pesquisa científica, é inteligente. Podia dar um resultado enquanto guarda outro para o momento certo. – ele falou dando uma leve risada, eu o encarei meio hesitante.


- Você é irritante e cínico, mas..., - parei de falar por alguns minutos -,... Esquece.


Aeron olhou-me de lado, dando um meio sorriso.


- Você é inteligente, quero que me mostre que estou errado. Vá em frente e diga algo que eu não saiba.


- Não sei no que você pensa, cada palavra sua parece adentrar na mente das pessoas. Era isso que eu ia falar.


- Não era. – ele ficara impaciente em questão de segundos, segurava-me pelo braço e começara a andar mais rápido até o laboratório de ciências, entramos e eu já sentia uma forte dor em meu braço. Ele largava-me e ia à direção de um armário que tinha as portas de vidro. O encarei sem entender.


- Você é maluco. Está querendo ser tele pata para saber o que penso de você?


- Mas, eu estou errado? Queria falar outra coisa, mas desistiu. Por que tomou a decisão de não falar?


Eu encarei o chão, dei um passo para trás.


- Esquece.


- Estavam falando sobre o assassinato de Raphael, depois você vem e começa a me insultar... O que realmente quer? Mas, você ia falar alguma coisa e desistiu.


- Ao mesmo tempo em que é irritante, é inteligente. Pensei que poderia ajudar a acharmos o assassino...


- Por que hesitou em falar isso? Por acaso acha que eu seja o assassino vermelho? – falava com uma leve risada.


- Todos são suspeitos.


- Então você também é. É inteligente, esteve com Raphael... Você muito mais chances. – ele falava encarando-me.


- Idiota. – eu falei virando-me e indo embora, o deixando ali, possivelmente rindo de minha grande irritação de só lhe dirigir a palavra, mesmo assim eu ainda não deixava de sentir certa irritação, certa sensação estranha ao pensar que Mike investigaria. Do jeito que ele era possivelmente ele iria sozinho, procurando por pistas.


[parque, 18h00min]


O vento já batia um pouco forte anunciando que logo iria chover, mesmo assim Mike já estava lá, andando e esperando lembrar-se de onde estava conversando com Raphael antes de sua morte. Respirou profundamente e encarou um banco perto de uma árvore, foi até ele fazendo sinal positivo com a cabeça, olhou para os lados. Ninguém suspeito á vista. Pegara um caderno pequeno e escrevera algo, arrancara a folha e a enterrara deixando uma parte mínima da folha na terra, perto da árvore. Pegara um canivete e escrevia um pequeno “M” na árvore. Suspirou profundamente, fechou os olhos e lembrou-se que uma pessoa passara ao lado do grupo, não conseguia lembrar-se do rosto por não ter prestado atenção. Só sabia que a pessoa em questão usava um casaco preto, sorriu levemente ao lembrar-se. Andara até um pouco longe da árvore. Começara a pensar seriamente já que a casa em que Raph e Edward, tio dele e o policial moravam ficava perto do beco e que ficava perto dali.  Sentou-se, cansado e tentando desesperadamente achar alguma pista.


- Espere... – Mike colocara a mão na boca como se lembrasse de algo que pudesse ser de grande ajuda. Levantou-se e como quisesse refazer os passos de Raph, andou no caminho para a casa do amigo, pegara o celular e o ligou lembrando-se que o celular dele e de Raph tinham GPS, podendo achar a localização do celular de Raph caso o assassino não tenha tirado o chip. Para a esperança de Mike, o chip estava no celular e localização era de um lugar afastado. Parou por alguns minutos, mandando uma mensagem para Jessica com a localização que o GPS dava. Andou rapidamente á caminho do lugar, o sinal parou. Ele perdera o sorrido, olhou mais á frente e via uma ponte, andara para mais perto e vira uma sacola preta em um pedaço de madeira, a sacola boiava sobre a água. Ele sentiu suas mãos tremerem como nunca, encarou a sacola por alguns minutos.


- Raphael...! – correra até perto do rio, puxava a sacola e a abria desesperadamente mesmo que sentisse um medo assustador de saber o que encontraria. Abriu e ficara chocado, suas mãos continuaram a tremer, com um susto largara a sacola na terra indo para o lado e vomitando, ali estava a cabeça decapitada de seu melhor amigo. Ainda pálido e com aquela imagem em sua cabeça, voltava-se para a sacola, sentiu que alguém estava ao seu lado, levantou sua cabeça e encarou a silhueta de uma pessoa que em uma mão segurava o celular de Raphael e em outra apontava uma arma com silenciador para a cabeça de Mike. Ele ainda estava pálido, tentara falar algo.



- Bons sonhos. – dera um tira na cabeça de Mike, o corpo do garoto caíra ao lado da cabeça decapitada de Raphael. O assassino dera uma leve risada e guardara a arma e o celular nos bolsos do casaco. Voltara com uma faca e ajeitando as luvas que usava, cortara o peito de Mike, retirando a faca decidira colocá-lo no carro que tinha estacionado ao lado da ponte. Colocara o corpo, dera uma leve risada e saíra dali silenciosamente.




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Autor(a): akaisora

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