Fanfic: Sangue Derramado
Eu ainda estava dormindo naquela manhã silenciosa de sábado, abri meus olhos levemente e pude ouvir algumas vozes vindas da sala, pensei que eram meras visitas. Talvez alguns amigos de Joseph, levantei-me e andei silenciosamente até a sala, cocei minha cabeça como se eu me sentisse um tanto confusa. Lá estava Joseph sentado no sofá e conversando com uma garota e um garoto, ambos vestiam ternos pretos e tinham um ar sério. Forcei um leve sorriso. Joseph deu um meio sorriso a me ver.
- Bom dia, Gabriella... Poderia se sentar? – ele falou com um ar meio preocupado, o encarei sem entender.
- O que foi?
Os dois se olharam.
- Gabriella Slayth, certo? Meu nome é Drake Hanth e esta é minha colega Mariana Laken, somos da polícia de Los Angeles e gostaríamos de conversar com você. – o garoto falava, eu sentei-me ao lado de Joseph, olhei para meu celular que tinha uma mensagem de um número desconhecido, voltei a olhara para os dois investigadores.
- Sabemos que estuda no colégio Santorian High School, gostaríamos que nos falasse sobre os jovens Raphael e Mike. Os conhece? – a garota perguntou tentando falar com cautela, eu olhei para Drake.
- Raphael era o melhor amigo de Mike, mas foi morto pelo Assassino Vermelho..., - eu encarei o chão colocando a mão na boca, encarei Joseph com certo temor no olhar -,... O que... Aconteceu com o Mike?!
Os dois tentavam me acalmar quando meu celular tocou novamente, olhei e via o número de Jessica. Atendi e não consegui ouvir de primeira nenhuma palavra sequer que ela falava, até que por alguns minutos ela respirara fundo e falara que recebera uma mensagem de Mike com um endereço, encarei os investigadores e vi que não conseguiria e nem queria enganá-los sobre a mensagem enviada para Jessica. Desliguei o telefone e os encarei fazendo um sinal para que esperassem.
- Mike queria se vingar e foi atrás do assassino e acho que ele também foi atrás de Mike. – falei.
- Como assim? Sozinho? – Drake se levantava já anotando o que eu falava em um pequeno caderno.
- Raphael nos contou que sabia das pistas que seu tio tinha sobre o assassino, depois de morto Mike quis ir atrás para se vingar. – falei, olhando para os dois.
Joseph coçara a cabeça, Mariana fazia um sinal negativo com a cabeça.
- Sabe o paradeiro de Mike? Os pais dele ligaram para nós dizendo que ele estava desaparecido. – ela falava cruzando os braços. Eu permaneci quieta, olhando para o lado.
- Gabriella... Você sabe o paradeiro?
Eu os encarei ficando contrariada.
- Jessica. A namorada de Mike. Ela me ligou dizendo que ele teria mandado uma mensagem de texto para ela com um endereço e pela voz dela, não é boa coisa. – falei seriamente, depois de dar o endereço que Jessica falara com dificuldade pelo celular, fomos diretamente para o local que era perto da praça onde Mike começa a “investigar”. Descemos do carro de meu irmão já ansiosos para saber o que acontecera, Joseph fora embora para a faculdade sabendo que eu ficaria com Jessica naquela tarde. Andamos e chegando perto de uma ponte, vimos Jessica que correra balançando seus cabelos negros e me abraçando fortemente soluçando de tanto chorar e podia-se ver um desespero em seu olhar. Tentei acalmá-la, Drake pegara o celular e já entendendo o que havia acontecido ligara para a polícia e a perícia.
- Jéssica, o que aconteceu? – perguntei tentando acalmá-la.
- Mike tinha me mandado uma mensagem e só hoje de manhã que eu fui até aqui... É horrível!
Mariana entregou á Jessica um lenço de papel.
- Se acalme, somos da polícia e estamos investigando os recentes assassinatos do Assassino. O que aconteceu?
Jessica respirou profundamente e andou lentamente até perto da ponte, olhou para o lado apontando para mais baixo da ponte. Eu hesitei, mas olhei, senti como se aquilo não fosse real, Mariana andara até a terra, vira o sangue espalhado e uma sacola rasgada, tirara do bolso do terno duas luvas e as colocava abrindo lentamente a sacola, seu olhar já estava mencionando algo trágico. Balançou a cabeça negativamente e virando-se para nós, falou em voz baixa: “Sinto muito”. Drake desligara o telefone, eu abracei Jessica fortemente enquanto Mariana se levantara e fazia um sinal para Drake.
- Um corpo? – ele perguntara em voz alta descendo para perto do local em que Mariana estava, observava o sangue na terra, ela fez sinal para que ele falasse em voz baixa.
- Quieto Drake. É a cabeça de Raphael Jessen, a vítima que o Assassino Vermelho deixara apenas o braço direito na cena do crime... Não é Mike. – falava em voz baixa, abaixando-se e abrindo a sacola mostrando a cabeça decapitada de Raphael, Drake abaixava-se para ver mais de perto.
- Será que o sangue é de Raphael ou de Mike? O assassino pode ter levado Mike... Será que as duas têm mais detalhes? – ele falava em voz baixa.
- A namorada não está em condições de falar nada, mas também não podemos nos arriscar perguntando. Todos são suspeitos até que se prove o contrário.
Drake encarou a cabeça novamente.
- O assassino não levaria o corpo em uma sacola em um lugar público como esse talvez tivesse um automóvel ou alguma coisa do tipo.
- Ele está sendo mais cauteloso, este caso ficará mais difícil... Mas, não acha muito estranho ele ter atacado alunos do Santorian? Ele saber que Raphael tinha pistas e depois ter matado Mike? Talvez ele já soubesse que os dois eram amigos, talvez ele soubesse o que Mike faria...
Drake fez que sim com a cabeça, eu segurei na mão de Jessica e percebendo que não seríamos mais úteis ali, resolvi andar um pouco com ela para que se acalmasse. Ela parecia sem saber o que fazer, não era para menos, éramos novas demais para presenciar um assassinato daqueles. Mas, agora eu que estava brava com o assassino. Pra quê matar Mike? Se a polícia não conseguia nada quem garantia que ele conseguiria? E mesmo assim aquele ar que todos são suspeitos, isso era confuso. Os assassinados eram alunos do Santorian agora, era claro que todos ficariam com medo e era claro que Mike sendo morto muitas das pessoas que gostavam dele gostaria de matar o assassino. Mas, quem seria? Ninguém sabia de nada, ou melhor, sabiam sim... Eu, Jessica e os gêmeos. Ash e Hyde não seriam, se fossem o Serial Killer faria a pose de “pessoa justiceira” e saberia dos detalhes que Mike falara, sabendo da investigação de Mike logo saberiam os lugares por onde ele passaria e o mataria. Porém, os dois saíram dizendo temer a morte. E quanto á Jessica? Ela não possuía motivos para matá-lo, mas se eu fosse um assassino e visse que alguém próximo de mim estaria sabendo demais era lógico que eu o mataria. E também, ela que me ligou dizendo da mensagem enviada por Mike. Ela sabia mais do que eu dos lugares que ele freqüentaria e ela aceitou que ele fosse. Mesmo assim, preferi não me apegar ás minhas teorias. Andei mais um pouco com ela até a praça.
- Onde que ele escondeu Mike...? – Jessica perguntava para si mesma.
- Ele parece que nos vigia, vai ser difícil pegá-lo. – falei ainda andando até o banco que sentei junto á Mike e Jessica no dia em que Raphael fora assassinado.
- Ele só pode ser um dos alunos do Santorian, tenho medo de saber quem será a próxima vítima...
- Ele matou Raph e Mike por que os dois estavam realmente atrás deles e aparentemente os dois tinham chance de pegá-lo.
- Acha que um dia vão pegá-lo? – ela perguntava esperançosa.
Fiz que sim com a cabeça, ela sentou-se ao meu lado, olhei para o lado vendo a árvore que tinha perto do banco em que estávamos sentadas. Dei um leve sorriso relembrando aquela tarde quando pude notar algo que apenas uma pessoa detalhista veria, um “M” escrito na árvore. Cutuquei Jessica já com um meio sorriso, de fato já era de se esperar que Mike fosse morto pelo assassino, mas Mike não era o garoto mais burro que eu já conhecera. Talvez ele mesmo já soubesse do que veria a acontecer.
- Que foi? – ela virou-se para me olhar.
- Olhe! – falei me levantando e indo até a árvore apontando para o “M” escrito na árvore, ela me encarou revirando os olhos.
- Gabriella, pode ter sido qualquer pessoa...
Eu toquei o escrito tentando imaginar no que ele pensara na hora. Bufei sem saber o que fazer e chutei a árvore até sentir que havia pisado em algo, me retirei da terra e vi um pedaço de papel meio que enterrado na terra. Abaixei-me o tirei dali, abri o papel e dei um sorriso, Jessica se abaixou para ler o que estava escrito:
“Jessica e Gabriella,
não achem estranho isso acontecer, se não são vocês que pegarem este carta então eu certamente fui muito burro. O celular de Raph realmente tem GPS e conseguirei o endereço de onde o celular está e mandarei as informações para Jessica, por precaução escrevi este bilhete rezando para que vocês o encontrassem. O endereço sendo mandado para Jessica o resto está em suas mãos, o assassino matando Raph por causa das pistas pode muito bem querer matar o tio dele, o policial Edward Jessen. Quero que vocês duas vão COM CUIDADO até lá e fale das informações, tudo bem? Rezo por vocês.
Um abraço, Mike.”
Nós duas nos olhamos com um meio sorriso, ele realmente sabia o que deveria acontecer. Eu perdi meu sorriso ao relembrar a situação atual, Mike e Raphael estavam mortos e este era um fato importante e até assustador. Como apenas duas garotas que agora possivelmente são suspeitas poderiam achar o assassino? O que faríamos se o encontrassem? De fato éramos suspeitas, afinal, sabíamos de todos os planos de Mike. Fiz um sinal para Jessica ficar em silêncio.
- Jessica. Não podemos contar sobre este bilhete para a polícia está bem?
- Mas, por quê?!
Eu fiz sinal para que ela ficasse em silêncio novamente.
- Não vê que agora nós somos as principais suspeitas pelo menos da morte de Raphael e de Mike? Sabíamos de tudo, das pistas e até dos planos de investigação de Mike... Provavelmente irão nos investigar, claro que não temos nada a temer por sermos inocentes, mas...
- Não queremos que eles descubram que estamos investigando sobre quem é o autor dos crimes? O Assassino Vermelho? – ela perguntava em voz baixa, eu fiz que sim com a cabeça.
- Se perguntarem algo terá de negar, caso contrário nos impedirão de investigar.
Jessica olhou para o lado ficando incomodada, pegara a carta e a escondera no bolso.
- Como iremos investigar? Provavelmente seremos mortas se irmos atrás do assassino.
- Aí que está! Mike foi sozinho e sem nenhum plano B. Para acharmos um assassino, teremos de pensar como um... Ter uma mente propriamente calculista. – falei com um meio sorriso.
- Mas, nós temos uma mente calculista?
Eu a encarei com uma expressão meio de desconforto, cocei minha cabeça bufando e olhei para o lado.
- Não, mas conhecemos uma pessoa que possuiu uma mente assim. Infelizmente teremos de pedir ajuda desta pessoa..., - a encarei, Jessica balançou a cabeça negativamente até que eu concluísse-,... E esta pessoa é Aeron.
- Não! Eu tenho... Medo dele! Ele nunca fala nada, nunca sabemos o que ele está pensando...!
- Mas ele pode ajudar! Por favor, Jessica!
Ela olhou para o lado finalmente aceitando a proposta, eu dei um meio sorriso escondendo o meu desconforto. Era pura humilhação eu ter de pedir ajuda ao garoto que eu mais detestava até aquele momento, justo ele podia ser de grande ajuda! Respirei fundo e junto com Jessica, tentamos pensar em outro jeito de resolver o problema, mas era claro que não havia outro jeito. Ou era isso ou irmos atrás do assassino sem nenhum plano e acabarmos como Mike.
[Casa de Aeron Grifath – 15h00min]
Ele ainda estava com os cabelos desarrumados e abrira a porta com um sorriso irônico que me fizera ter vontade de arrancar um de meus braços e atirar em sua cabeça, eu e Jessica não evitamos a expressão de desânimo ao vê-lo atender a porta como se nós duas rezássemos para que ele tivesse saído. Por um lado, eu sabia que não havia outra forma. Estávamos ali, ele ainda nos encarava com uma leve risada, mexera no cabelo, sua cara era de tranqüilidade como se tivesse acabado de acordar de um longo sono, apesar de tudo sua camiseta preta com uma foto de uma guitarra estava impecável e o cigarro que levava á boca estava pela metade.
- Fumante. – Jessica falara de forma ríspida, não resistindo e já mostrando uma cara de nojo, ele soltou uma risada.
- Bons dias para vocês. Resolveram me visitar nessa tarde de sábado?
Eu respirei profundamente tentando me manter calma.
- Aeron. Precisamos de sua ajuda, por favor. – falei, ele dera uma tragada no cigarro e parecia mais sério, fizera um sinal para que entrássemos, andamos entrando pela porta, ele fechara a mesma já apagando o cigarro em um cinzeiro que tinha sobre uma mesinha, andamos até o sofá e nos sentamos, ele se sentara lentamente em outro sofá que ficara á nossa frente, ele olhara em meus olhos e fizera um sinal positivo com a cabeça.
- É sério?
- Queremos investigar sobre o Assassino Vermelho, parece que ele matou Raphael e Mike. Precisamos de sua ajuda. – falei olhando para o lado.
- Pra quê irem até um Serial Killer? É suicídio. – ele comentava enquanto se espreguiçava, Jessica bufava tirando a carta de Mike do bolso e entregando para Aeron.
- Isso é importante, queremos deter esse assassino..., - eu o encarei ficando séria -,... Ajude-nos, é só isso o que eu peço.
Aeron nos encarou sem sorrir, mexera no cabelo e ainda sem ler a carta de Mike dera um leve sorriso levantando-se e andando em volta do sofá. Parava de andar nos encarando novamente.
- Posso ajudá-las. Porém, apenas peço uma coisa em troca disso.
- E o que seria? – Jessica perguntava, ele mostrava um meio sorriso nos lábios.
- Uma troca justa. Tendo uma troca justa, terão de manter sua palavra... E eu manterei a minha. Assim ninguém correrá perigo. – ele falava voltando a se sentar no sofá, eu e Jessica nos olhamos ficando confusas.
- Eu não entendi... – falei.
- As ajudarei, se me derem algo em troca eu manterei a minha palavra que as ajudarei até o final. Digamos que serei a ajuda e ao mesmo tempo, a proteção de vocês. Não se esqueçam que a pessoa com o qual lidaremos será um Serial Killer. – ele explicava enquanto lia a carta de Mike.
- Mas, o que podemos dar em troca? – Jessica perguntava ainda pensando, ele encarou a mão direita dela que havia um anel que Mike havia dado á Jessica.
- Seu anel.
- Mas, é uma lembrança de Mike...! – falei ficando indignada, ela encarou o anel.
- Ah... Entendi o que quer dizer, quer algo importante para nós por que assim é um jeito para nos fazer manter a promessa. – Jessica falava já tirando e entregando o anel á Aeron, que deu um meio sorriso.
- G, não precisa me dar algo agora. Agora quero que digam tudo o que sabem esta carta realmente é de Mike? – ele perguntava balançando a carta.
- Sim, é. Ele escreveu já vendo a possibilidade de ser morto, ele foi atrás do sinal do celular de Raphael e parece que ele... Achou uma sacola preta, estava um pouco aberta e pude ver que era a... Cabeça de Raphael... – Jessica falava com dificuldade já relembrando a cena que vira antes, eu segurei em sua mão querendo acalmá-la.
Ele ficara pensativo.
- Ele deve estar vigiando todos que se aproximam das cenas dos crimes, parece que Mike só foi ao caminho que o próprio assassino pensara antes. Assim foi fácil, ele deixou a cabeça em um lugar isolado e esperou Mike aparecer... Não devem nunca mais aparecer por perto das cenas dos crimes, ele pode sacar que estão investigando. – ele falava andando até a lareira que tinha na sala em que estávamos, jogara a carta no fogo. Jessica correu até ele.
- O que está fazendo?!
- As pistas têm de serem queimadas, não podem andar com isso. – ele falava, eu levantei-me e andei até os dois.
- E então? Qual é o plano?
- Mike escreveu certo. Devem ir á Edward Jessen, o tio de Raphael, e falar tudo o que sabem... Com certeza ele falará alguma coisa. Mas, temos de ser rápidos por que é bem provável que ele seja a próxima vítima da lista. Por ser policial e o único que conseguiu pistas. – Aeron falava ainda observando o fogo queimar a carta.
- Vamos amanhã? – perguntei.
- Sim. Eu irei com vocês, devemos ir bem cedo. E usem luvas para ir até lá, por saberem dos planos de investigação de Mike devem ser suspeitas e tudo o que um assassino quer é alguém que leve a culpa toda, alguém que esteja no lugar errado e na hora errada. Apenas uma digital de alguma de vocês lá e pensarão que se trata do assassino. Não se esqueçam que Edward Jessen é uma vítima em potencial. Quero vocês duas aqui ás 05h00min da manhã. – ele falava sentando-se perto da lareira, Jessica fez um sinal positivo com a cabeça compreendendo o plano de Aeron.
- Tudo bem, então já vou indo pra casa. Você vem comigo, Gabriella?
- G, preciso falar com você. – Aeron falava antes mesmo que eu pensasse em ir com Jessica.
- Ah, tudo bem... Vemo-nos amanhã, Jessica.
Jessica olhou-me com preocupação, eu disse em voz baixa que estava tudo bem, ela deu um meio sorriso e acenando para mim abrira a porta e saindo a deixou encostada, indo embora. Aeron não se importou de deixar a porta encostada sabendo que eu não ficaria ali por muito tempo, ele ainda olhava com atenção as chamas da lareira quando eu me aproximei e sentei-me ao lado dele. Encarei o fogo também, comecei a pensar em como seria se eu encontrasse o assassino. Eu o encarei ainda me sentindo um tanto humilhada em pedir ajuda logo para ele.
- Troca justa, não é? Achei injusta pegar logo o anel que Mike dera para Jessica, se é assim então você deve uma troca “injusta” também. – comentei, ele dera uma leve risada.
- Tudo bem, se isso fizer você parar de reclamar. – ele bufava e revirando os olhos pegara um estojo velho que estava encostado á parede, o abrira e o tirara algo que eu não quis prestar atenção, ele pegara um canivete e fizera um pequeno corte no próprio braço, eu arranquei o canivete de sua mão já vendo o sangue escorrer por seu braço, peguei um lenço que eu levava no bolso e tentava limpar o sangue.
- Seu idiota...! – eu falei já irritada e tentava limpar o sangue, ele incrivelmente apenas fez uma cara de irritação ao fazer o corte e voltara a encarar a lareira com um sorriso irônico.
- Viu? Você não queria uma troca justa?
- Eu não queria que você se cortasse e nem nada! Que coisa! Mas, o que você quer que eu te dê? – perguntei deixando o lenço com Aeron que já limpava o sangue do braço.
- Não se preocupe com isso, tudo bem? – ele falou de um jeito estranhamente simpático, coisa que não era o feitio de Aeron. Ele sorriu levemente e por um minuto eu dei uma leve risada como se aquilo fosse uma piada, o garoto que eu mais detestava agora estava ali me ajudando a achar o assassino que matara Mike e Raphael. Encarei a lareira novamente agora sem falar nada, queria saber no que Aeron estava pensando, quem se arriscaria para ajudar duas garotas malucas a irem atrás de um Serial Killer? Só mesmo sendo Aeron, simplesmente ele. De certa forma ele já não parecia tão ameaçador, tão assustador e tão arrogante. Somente era uma pessoa em que eu tinha de confiar, estava me jogando á sorte. Se ele não ajudasse á mim e á Jessica, ninguém mais ajudaria. Mas, pelo menos naquele momento eu realmente pensei: “Realmente, Aeron não era tão ruim quanto eu mesma pensei”.
Autor(a): akaisora
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