Fanfic: Amor Por Acaso - vondy s2

Completado a semana que a família Saviñón passou na chácara, estava na hora dos três voltarem, Dulce não sentiu mais "enjôos", só foi mesmo aquele forte, que ainda não havia entendido o porque de ter sentido isso, mas não deu muita importância. Roberto e Blanca voltaram às brigas feias, e a tensão era forte, discutiam por qualquer motivo, desde um motivo sem motivo até um mais complexo.

— Já chega vocês dois! Será que não conseguem ficar um dia se quer sem discutirem? Eu não estou mais suportando isso! Vocês brigam dia e noite, à todo o momento. Assim não dá! Sabe, estou começando a concordar de vez com essa história de divórcio, assim vocês ficam longe um do outro e o melhor: Sem motivos para discutirem em meus ouvidos! — gritou Dulce muito mais do que estressada. Estava furiosa, irada. — E vamos logo embora que eu não estou boa! — disse saindo do quarto onde eles estavam e batendo a porta. Roberto olha para Blanca, que faz uma expressão de arrependimento, e então ambos seguem para ir atrás da filha.

— Filha! — gritou Blanca vendo-a. Assim que conseguiram alcançar a filha, pararam. — Queremos te pedir desculpa! Não estamos conseguindo ser pais de verdade, e nos arrependemos por isso! — Dulce soltou um forte suspiro, e olhou para os lados, tentando mostrar que não estava magoada. — Sabemos que está magoada! — e então se virou para os pais, e sorriu de lado.

— Sim. Eu estou magoada, mas também estou muito irada com vocês! Desde que colocaram na cabeça a história de separação não pararam mais de ficar um sem provocar o outro, estão sempre discutindo, se encarando e até mesmo às vezes ignorando um ao outro! Eu não consigo mais viver assim. Estou cansada!

— Entendemos! E nos arrependemos de verdade, filha. — disse Roberto, abraçando a filha e dando um beijo na cabeça da mesma. — Nós amamos você! Mais do que tudo no mundo!

— É verdade! Amamos muito você, filha. Você é a pessoa mais importante de toda a nossa vida, aconteça o que acontecer! Sempre estaremos com você, aonde é que estivermos. — sorriu Blanca, abraçando-a também, e beijando sua bochecha rosada. — E prometemos ficar sem brigar até chegarmos em casa! — sorriu para a filha, que também sorriu, enquanto Roberto franzia o cenho.

— Ei! Prometa isso à si mesma, Blanca! — disse sério, e depois que viu os olhares de filha e mulher sorriu sem jeito. — É brincadeira! — Dulce sorriu, abraçando os pais.

— Eu amo muito vocês dois! E acho melhor mesmo que fiquem sem brigar. 

— Certo! Prometemos. — e a família Saviñón sorriu. E então uma hora depois o céu da pequena cidade onde a chácara se localizava estava escuro e prometia forte chuva. Mas a família Saviñón não ligou para isso, já que estavam no carro, à caminho de volta para casa. 

— Bom, parece que de qualquer jeito pegaremos uma tempestade forte! — disse Roberto enquanto dirigia olhando o céu, e a estrada.

— É verdade, pai. Estou preocupada com esse tempo!

— Não se preocupe querida, nada acontecerá! — disse Blanca.

A chuva enfim começou, mais forte do que prometia, a visão do céu claro de antes foi se tornando escura, o tempo mais nublado do que antes. A preocupação da família Saviñón aumentou, a chuva ficou mais forte, os trovões e relâmpagos também. Como num filme de terror possível, aqueles com tudo escuro, frio e estranho.

— Gente. Eu estou achando que é melhor voltarmos e passarmos a noite na chácara! — disse Dulce observando o tempo.

— Não podemos, filha. Pegaremos uma chuva dessas à milhares de quilômetros daqui também! Melhor é continuar a viagem de volta. 

O tempo ruim não passou, a tempestade só piorou, a estrada estava completamente molhada e escorregadia, a qualquer momento algo ruim aconteceria. 

— Meninas, acho que é melhor voltarmos mesmo! — disse Roberto aflito.

— Agora que já estamos perto? Nada disso. Não foi você que disse que de qualquer jeito pegaríamos a tempestade forte? Então, agora estamos aqui, e aqui continuaremos! — disse Blanca dura. 

— Não vem dando uma de durona, Blanca. Sabemos que está com medo dessa tempestade!

— Não seja ridículo, Roberto! — disse irritada. — Melhor prestar atenção aonde está dirigindo, e não no que digo! — disse sorrindo irônica. Roberto revirou os olhos e murmurou algo irritado. 

— Só estou dizendo que você está sendo ridícula, Blanca! 

— Pai, se concentra no que está fazendo! — disse Dulce. Roberto não deu ouvidos à Dulce, e quando menos esperou um caminhão com uma forte luz veio em direção há eles, Roberto arregalou os olhos e pisou no freio, mas não fez nada, ele tentou virar o carro mas ele acabou pegando sua parte no caminhão, a destruindo e virou o carro, que acabou capotando matagal à frente, virando várias e várias vezes. Quebrando tudo, e deixando os três completamente imobilizados e machucados, virados para baixo.