Fanfic: Amor Por Acaso - vondy s2

A última e unica coisa que Dulce se lembrava era de uma discussão breve, um clarão, uma forte batida e várias voltas, mais nada! Acordou aos poucos não reconhecendo o lugar onde estava, a pouca luz a fez entender que não estava em casa, estava num hospital. Espera.. hospital? Então ela e os pais havia sofrido um acidente? Tentou se levantar, mas não conseguiu, estava ligada à muitos aparelhos, um inclusive no nariz e boca, olhou em volta, estava numa sala sozinha, havia um vidro de total transparência onde alguém poderia vê-la, e ela também. Estava muito machucada, e se sentia muito dolorida. 

Se preocupou de imediato. Onde estava seus pais? Sua mãe? Seu pai? Eles estavam bem? Tentou tirar os aparelhos de si mesma, e então alguém entrou na sala, Dulce mirou a pessoa. Era uma enfermeira! Ela sorriu para Dulce, aliviada.

— Ah, querida. Vejo que acordou! — sorriu mais e foi até Dulce. — Está se sentindo bem?

— Não muito! — respondeu em voz rouca. 

— Creio que deve ser assim mesmo, mas também, depois do acidente feio que sofreu. Isso não é nada ao que passam! — suspirou.

— Aonde está meu pai? A minha mãe?

— Querida. Há algo extremamente ruim que devo lhe contar. Não é fácil para mim, e nem foi, e não será para você, mas temos que te contar a verdade.

— Que verdade? — perguntou assustada. A enfermeira ficou com um semblante sério e tenso.

— Seus pais.. ficaram muito machucados! Mais do que você! — Dulce se desesperou. Não, eles não podiam ter.. — E seu pai faleceu! — simplesmente disse, como se tivesse confessando um crime. Dulce sentiu os olhos arderem, uma sensação ruim, uma dor forte no peito e na cabeça. Piscou algumas vezes e sentiu que os olhos estavam começando à embaçar, sinal de choro. E sentiu as inúmeras lágrimas quentes e salgadas caírem por sua face. Não conseguia e não podia acreditar que perdeu seu pai. Que nunca mais o veria, falaria com ele e nem sorriria com ele, ou para ele. Que ele nunca mais voltaria! E ela estava morrendo por dentro. Chorou mais forte, sem contar o sentimento de dor que estava sentindo. A enfermeira fez uma expressão de dó de Dulce vendo-a desse jeito, passou a mão por seus cabelos. — Chore querida, chore tudo o que está sentindo. Se quiser pode gritar no travesseiro, mas o melhor que tem à fazer é transmitir todo esse sentimento que está sentindo. Dulce sentiu mais lágrimas encherem seus olhos e derramarem, continuou chorando com dor, muita dor. Seu pai estava morto! Não podia ser. Mas infelizmente era verdade!

Depois de alguns segundos à mais, chorando. Ela limpou as lágrimas.

— E a minha mãe? Aonde ela está?

— Está na UTI, querida. Ela se machucou demais. Você teve sorte de que não ficou por muito tempo lá, voltou para o quarto bem rápido! E está bem. Isso é bom! — sorriu um tanto compreensiva.

— Não. Não é bom! Porque agora eu estou só! Estou sem o meu pai. — e voltou à chorar. Os soluços foram inúmeros, fortes e altos. — Isso não podia ter acontecido!

— Eu sei, querida. Mas é a vida, se o criador quis assim, não podemos julgar contra! Tudo ficará bem, você verá. Mas quero que fique tranqüila, e seus exames chegaram logo! Acho que já estão prontos, só irei buscá-los! — sorriu, e deu um beijo na testa de Dulce. — Volto já!

Dulce quis chorar novamente, mas não conseguiu, não entendeu o porque, mas ficou tranqüila, assim como a enfermeira lhe disse para ficar. Esperou ela voltar, e quando ela voltou, sorriu um pouco. 

— Você não me disse seu nome!

— Ah, sim. Que esquecimento meu. Bom, me chamo Katherine. Mas pode me chamar de Kath! — sorriu.

 (Katherine, enfermeira)

— E onde estamos mesmo? — Kath sorriu.

— Está em casa! — Dulce sorriu de lado. — Bom, deixe-me te entregar seus exames! — Kath pegou os papéis que estavam fechados e entregou-os à Dulce, que abriu um por um. — Dulce. Quero que veja um em especial. 

— Especial? Como assim, Kath? — perguntou sem entender. Kath pegou um outro exame, que estava lacrado, como um exame mais grave. Dulce olhou para Kath preocupada. — O que está havendo comigo? — Kath lhe entregou o exame, o olhou e voltou a mirar Dulce. 

— Você saberá! — e então Dulce abriu o exame, leu e levou uma mão à boca. Sem acreditar no que lia.