Fanfic: Amor Por Acaso - vondy s2

— Giovanni! — disse perto dele, Giovanni se virou assustado.

— Dulce! O que faz aqui? Pensei que ainda estivesse mal.

— Estou melhor! Como pode perceber. E então não havia motivos para continuar em casa..! Bom, Precisamos conversar! — disse numa voz dura. 

— Tudo bem. Vamos conversar lá para baixo?

— Vamos! Até mais porque o que tenho a te dizer deve ser mantido em segredo por enquanto!

— Porque? Quem você matou? — fez cara de assustado. Dulce revirou os olhos, enquanto ambos andavam corredor à baixo.

— Eu não matei ninguém! Mas se não ficar quieto vou acabar assassinando você! — disse ameaçadora, e então se virou para a frente.

— Dulce. Sabe o que percebi?

— Não faço a mínima idéia!

— Que depois do acidente você ficou estranha.

— Hã? — se virou rapidamente para ele, olhando para os lados com os olhos, como se estivesse ficando nervosa. — Estranha como?

— Não sei direito. Parece que você está ficando mais mulher.

— Mais Mulher? Não sei do que está falando. — disse enquanto chegava na biblioteca antiga.

— Vamos ficar nessa biblioteca antiga?

— Sim! Algum problema?

— Não. Nenhum!

— Ótimo! Entra logo, antes que alguém veja. — ambos entraram na biblioteca, Giovanni ficou em pé, fitando Dulce.

— Então..?

— Você se lembra bem da minha primeira vez, não é? — Giovanni sorriu malicioso, fingindo esforço para se lembrar.

— Hum.. Sim. Eu me lembro perfeitamente!

— Certo. Depois daquilo que nem chegamos à usar a proteção. Brigamos, ficamos um tempo separados. Eu com os problemas em casa e aqui também, depois daquele fim de semana com os meus pais na chácara dos meus avós, eu sofri o acidente na volta e o meu pai morreu. Minha mãe ficou na UTI, e só eu fiquei digamos que.. intacta! — Giovanni se sentiu um tanto arrependido de ter ignorado o estado de Dulce e o ela havia sentindo depois de tudo. Mas não entendia o porque dela estar dizendo tudo aquilo.

— Porque está dizendo tudo isso para mim?

— Apenas escute! — suspirou, arrumando forças para continuar à contar o que havia acontecido. — Enfim. Eu acordei no hospital não me lembrando quase de nada, e a enfermeira que estava lá me entregou todos os meus exames. E quer saber o que havia escrito em um deles?

— Não! O que havia escrito? — engoliu seco. Dulce mirou a barriga e tocou nela. Giovanni a acompanhou com o olhar, e semi cerrou os olhos não acreditando naquilo que ele já sabia mas que ela ainda não havia contado. — Não! Eu não acredito nisso, Dul. — andou de um lado ao outro, passando as mãos nos cabelos. — Você está grávida!

— Estou! E você é o pai. — disse seca. 

— Eu não posso ser o pai dessa criança! Depois de mim você pode ter transado com outro.

— Não seja tão estúpido assim. Você foi o único até agora! 

— Eu não consigo acreditar nisso. Não consigo entender como isso foi acontecer! Não é possível, Dulce. Não é possível! — gritou desesperado.

— Claro que é possível! E é verdade. Nós transamos, eu fiquei grávida e você é o pai! É simples de dizer isso.

— Simples? Está louca? Eu não posso ser pai nessa idade! Nós não podemos ser pais assim, Dulce. Você tem noção de como isso é grave?

— Claro que tenho! Fui a primeira à pensar nisso. Mas eu não posso fazer nada. 

— Pode sim. Abortar! — disse frio.

— O quê? Está louco? Não vou abortar um filho. Não posso! — gritou Dulce indignada. — O que tem na cabeça para me mandar fazer isso, Giovanni? Escuta aqui, você pode estar louco com essa idéia, mas pensa um pouco, você não se protegeu, a culpa não foi só minha e apesar de tudo, esse filho é só nosso! E eu não vou carregar toda a culpa sozinha! — disse seca, e então pegou a bolsa e saiu da biblioteca. — E vê se pensa nisso. Porque eu já estou de um mês completo! — e saiu apressada.

Giovanni sentou aonde Dulce estava, passou a mão na cabeça e a abaixou, estava furioso com aquilo.

— Ela escondeu de mim. E agora quer que eu assuma assim? Não. Ah, Dulce, eu sei que você é esperta, mas não como eu. — e depois saiu da biblioteca.